sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sai 2010... Entra 2011...

Mais um ano que termina. E 2010 até foi um ano recheado de acontecimentos importantes para o Mundo e que marcaram definitivamente a evolução do ser humano. Vejamos os factos mais marcantes de 2010 que mudaram o planeta (ou poderiam ter mudado, caso não fossem... parvos):
Janeiro: A rede internacional Holiday Inn resolveu oferecer um serviço no qual os funcionários dos hotéis aquecem a cama aos hóspedes. Os funcionários vestiam um pijama de lã e deitavam-se na cama, aquecendo o leito de forma lenta e carinhosa. A crise obriga a cortes no aquecimento por ar condicionado optando-se pelo calor humano.
Fevereiro: No Brasil, uma actriz porno fez sexo com 700 homens em apenas 48 horas e promete chegar aos 2000. E é bem capaz de atingir essa marca antes de Sócrates atingir os famosos 150 mil postos de trabalho.
Março: Um bebé chinês nasce com cauda. Uma marca da nova geração que foi "elaborada" a ver episódios do Son Goku. É o que dá comer carne de cão. E se não saiu a ladrar já foi uma sorte.
Abril: Indonésios que aumentem o pénis são impedidos de servir o Exército ou a Polícia. Justificação: com o implante, os indonésios correm o risco de confundir "cacete" com "cassetete".
Maio: Nos E.U.A., um condutor apanhou uma multa de trânsito de 35 dólares enquanto a sua mulher dava à luz no banco traseiro do veículo. Tudo isto porque se esqueceu de colocar moedas no parquímetro. O que vale é que ainda existem polícias como antigamente.
Junho: Homem com o mesmo nome do guarda-redes inglês que deu um frango no Mundial pretende ser rebaptizado porque está farto das piadas de que era vítima. O homem chamava-se Robert Green, tal como o guarda-redes. Curiosamente, pouco depois verificava-se um fenómeno muito parecido em Portugal. Mais curioso ainda é relacionarmos os nomes dos intervenientes: Robert na Inglaterra e Roberto em Portugal. Será coincidência apenas?
Julho: Na Austrália, um polícia abriu uma garrafa de cerveja com o piercing genital e acabou despedido. Não se pode ajudar ninguém neste Mundo...
Agosto: Nos E.U.A., um bêbado foi detido após discutir com a sua bicicleta. É verdade. Tudo porque utilizou linguagem obscena para com a viatura. "Vou-te montar!". Conclusão: passou a noite na prisão.
Setembro: Novamente nos E.U.A., um homem que esperava por um "comboio fantasma" foi morto por um comboio verdadeiro. O homem estava no local onde reza a lenda que no dia 27 passa um "comboio fantasma" relativo a um antigo acidente ferroviário, mas o que é certo é que não foi bem um fantasma que lhe passou por cima.
Outubro: Na Indonésia, um menino de 2 anos parou de fumar. Ardi Rizal fumava 40 cigarros por dia, algo que deixa envergonhado qualquer fumador em Portugal.
Novembro: Na Itália, um autarca publicou um decreto que proíbe os moradores... de ficarem doentes. Se querem doenças, mudem de cidade.
Dezembro: Na Sérvia, o último censo admite que as pessoas se declarem ET's. Foi criada a opção "extraterrestre/alienígena" e quem optar por essa classificação não precisará de informar detalhes sobre a sua vida sexual, religião e etnia.
Por tudo isto, espero realmente que o 2011 traga luz a algumas criaturas pouco iluminadas. Um bom ANO NOVO para todos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Eles mostram tudo...e não escondem nada...

A Assembleia da República acaba de aprovar uma lei que reduz a distância entre um espaço naturista e um aglomerado urbano, escola, colónia de férias, convento ou santuário de 1500 para 750 metros. Os naturistas, vulgo nudistas, estão cada vez mais perto. As pessoas que teimam em andar na praia com pelo menos uma peça de roupa, das quais eu faço parte, são acusadas de "fascismo corporal"; somos vistos como gente ultrapassada, gente do "campo" que se escandaliza com tudo o que seja diferente. Como também não acho que os naturistas sejam muito normais, os insultos acabam por se anular mutuamente. A verdade é que eles andam por aí com a franga à solta no Verão e cada vez mais próximos do nosso guarda-sol. Mas sejamos sinceros: seria agradável estar numa praia só com naturistas? Numa praia com as habitantes da Mansão da Playboy talvez fosse. Mas imaginem-se num ambiente naturista numa praia comum portuguesa, rodeados das pessoas "normais" que encontramos à beira-mar... Acho que essa visão não é muito agradável. Pais, filhos, avós... Tudo a conviver e a socializar ao natural. Os típicos jogos de bola à beira da água tornar-se-iam um pouco incómodos. Um bando de pessoas nuas a correr atrás de uma bola... Imaginem-se agora a pedir uma bola de berlim a alguém que as vende... completamente nu! Imaginem o tio Manel a entregar-vos a bola que pediram e vocês a verem certas partes do corpo dele que começaram a ceder à gravidade. Repito: a imagem não é nada agradável e pode chocar pessoas sensíveis. Não podemos esquecer que a questão da higiene pessoal é algo dispensável para certas pessoas. Com o naturismo também deixamos de reconhecer as pessoas pela cor do bikini ou dos calções, o que é uma chatice. Outra questão que me faz ser contra o naturismo é que torna os homens menos inteligentes. As peças de roupa que tapam o corpo da mulher aguçam a fértil imaginação masculina. Perdemos horas e horas a imaginar o que estará por detrás do tecido. E esse exercício de imaginação desenvolve o cérebro. Está comprovado cientificamente. Ora, se já estiver tudo à mostra, uma parte do cérebro ficará adormecida. E a partir de agora os naturistas andarão "colados" a nós. Temos de ter cuidado. Entrar, sem se dar conta, numa praia de naturistas deve ser traumatizante. Até porque deveremos ser olhados como petiscos, tal e qual são olhadas as mulheres que praticam o topless em praias "normais". É a eterna questão da qualidade da carne humana. Diz-se que o homem peca porque a carne é fraca. Eu sou da opinião contrária. Acho que, para o homem pecar, é porque a carne é muito boa...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Onde está o sal?

Depois de ver estes vídeos sobre diferentes formas de se fazer política, fiquei com a triste ideia de que em Portugal além de faltar açúcar nas prateleiras dos hipermercados, também nos falta muito sal na política...

Política na Ucrânia...


Política na Coreia do Sul...


Política na Bolívia...


Política em Taiwan...


E agora,a política em Portugal...

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Segredos...

Dezembro é, por tradição religiosa, um mês de boas novas, de revelações importantes. Mas todas as revelações que têm surgido esta semana estão a quebrar a bela imagem que eu tinha do mês de Dezembro. A tão badalada conferência da NASA sobre vida extraterrestre foi espectacularmente parva. Quando já todo o Mundo estava à espera que a NASA anunciasse que os astronautas da Estação Espacial estavam a jantar com um ET, eis que a NASA resolve informar os terrestres que encontraram uma bactéria que vive em arsénio num lago dos Estados Unidos. Um facto que alterará os padrões de busca no Espaço. Tanto espalhafato com uma conferência, tanta divulgação pelo mundo inteiro para ficarmos a saber que a NASA anda a remexer em porcaria de lagos americanos e que o mais provável será encontrarmos algum ET numa lixeira espacial. Mas se esta revelação já por si só era bastante fraquinha, as outras que surgiram praticamente na mesma altura estarão ao mesmo nível. O site WikiLeaks, que tanto se tem esforçado nos últimos tempos para fazer concorrência à casa dos segredos, acaba por desvendar segredos ainda mais parvos do que informar o mundo que António teve um bar de alterne. A primeira revelação: a China perdeu a paciência com a Coreia do Norte. De facto, é um grande segredo. Neste momento, o mundo inteiro já perdeu a paciência com a Coreia do Norte pelas suas brincadeiras com mísseis. Mas foi necessário andarem a vasculhar em documentos top-secret do governo americano para descobrirem tal facto. Segunda revelação: o Kwait não quer de volta os terroristas presos em Guantánamo. E com toda a razão. Esta é a época em que quem tem de aparecer é o Pai Natal e não uns homens-bomba. As diferenças são pequenas entre ambos: é apenas a cor da barba e a constituição dos "pneus" da barriga. Mas ainda assim é preferível o Pai Natal. Terceira revelação: a Arábia Saudita propôs aos Estados Unidos implantar chips electrónicos nos presos de Guantánamo para os poderem seguir depois de serem libertados. O Rei Abdullah diz que "assim se faz com cavalos e os falcões". E quando há argumentos tão fortes, não há como recusar essa proposta. Cavalos, falcões e terroristas. Dava um bom título para um filme pornográfico. Quarta revelação: Karzai perdoa traficantes de droga. Segundo a embaixada americana, 150 dos 629 prisioneiros de Cabul foram libertados sem julgamento. As semelhanças entre a justiça iraquiana e a portuguesa são evidentes. Aqui em Portugal também não são julgados. E vão estar os iraquianos preocupados com traficantes de droga quando têm a maior taxa de terroristas por km2? Quinta revelação, a minha preferida: o Príncipe Charles é menos respeitado que a Rainha de Inglaterra. Qual o espanto? Até por uma questão de posto: a Rainha acima de Príncipe. Pode não parecer muito normal para os americanos que uma Rainha seja mais respeitada que um Príncipe mas essa é a dura realidade em que vivemos. E acho que até a Júlia Pinheiro sabia esta.
Estes segredos do WikiLeaks estão ao nível dos segredos dos pastorinhos. São segredos não muito secretos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cinco chagas e três cruzes...

Dizem que a História não se repete. Uma treta. A única coisa que não se repete neste mundo é uma frase dita por um doente de Alzheimer, pois logo que a diz ele esquece-se dela e as probabilidades de a repetir são praticamente nulas. Dois mil anos depois, Jesus voltou ao local do crime e a história repetiu-se. Não aprendeu à primeira. Há duas semanas atrás, Jesus já se tinha perdido cinco vezes no templo do Papa Pinto da Costa mas não aprendeu nada com tal lição. No Dragão, o Messias teve uma pré-crucificação. Conseguiu arrancar os pregos mas já não foi a tempo de evitar cinco chagas no corpo, mais uma vez. Mas as semelhanças entre o Salvador e o que necessita ser Salvo não se ficam por aqui. Em Israel, viu-se um Jesus completamente resignado à sua sorte, tal e qual há dois mil anos atrás. Jesus conseguiu curar um enfermo que custou oito milhões de euros mas os seus apóstolos estão cada vez menos crentes. O apóstolo David Luiz já só pensa em lançar as suas redes noutros mares. Javi Garcia anda cansado e não há-de faltar muito para que São Pablo Aimar negue Jesus três vezes. Só falta mesmo um jogador do Benfica marcar um golo e ir ao banco dar um beijo na face a Jesus. Aí sim, Jesus estaria mais do que condenado. Como se não bastasse já tanta trapalhada, Jesus e os apóstolos acabam a tomar a última ceia no fim do jogo...no Mc Donald's. O que até é bom para Jesus já que lá dificilmente se juntarão treze pessoas numa mesa. O Pilatos Rui Costa já não fala, já não vem a público defender o treinador. Ou seja, Rui Costa "lava as suas mãos" em relação ao futuro de Jesus. Claro que a culpa não é apenas de Jesus. Todos os apóstolos têm culpa. Mas já se sabe que é mais fácil arranjar uma cruz do que ter de arranjar umas vinte e cinco. No fim do jogo com o Hapoel, Jesus iniciou irremediavelmente a sua via sacra. E até teve sorte. Na chegada a Lisboa, a primeira das estações, Jesus até se livrou dos maltratos. Mas as chicotadas são inevitáveis. A diferença entre as chicotadas de há dois mil anos e as do presente,é que as actuais são psicológicas. E tem ainda mais sorte de não lhe terem colocado já uma coroa de espinhos. Contudo, a crucificação do actual Jesus não se fará a troco de apenas trinta e três dinheiros. Custará bem mais do que isso ao Benfica. Fechou-se um ciclo. O Benfica já mudou de treinador em Agosto. Este não é o treinador que foi campeão. Não fala, não berra. Estranho. Deve andar com medo de perder a voz com tanta rouquidão que apresentava a época passada. Três com o Hapoel e cinco com o Porto em poucos dias... Já outros foram despedidos por muito menos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mofo ou bafio...

Hoje é dia de greve geral. E também é dia de manifestação geral de trabalhadores. A conjugação destes dois factos quase que paralisou o país. A sorte do Governo é que o país já se encontrava completamente paralisado. O Governo fala numa adesão de 20,1% na função pública e uma adesão muito reduzida no privado. Mas estes são os valores da adesão à greve geral. O Governo esqueceu-se de referir também qual a percentagem de adesão à manifestação geral de trabalhadores, curiosamente de igual modo marcada para o dia de hoje. E começo a achar que marcar uma greve e uma manifestação geral para o mesmo dia não pode ser obra do acaso ou da mais pura coincidência. Há algo de maquiavélico por detrás de tudo isto. Os sindicatos são terríveis. Além de confundirem o Governo com uma greve e manifestação geral no mesmo dia, acabam por confundir também os próprios trabalhadores. Muitas pessoas devem ter ficado na dúvida sobre se participariam numa ou noutra. Há relatos de pessoas que sairam de casa a caminho da greve e acabaram com bandeiras e altifalantes bem na frente da manifestação. O povo português é mesmo assim. Até as greves têm de ser complicadas. 20,1% em greve geral. Outros tantos devem ter estado na manifestação geral, segundo os dados do Governo. Ou seja, os restantes 45% da função pública devem ter ficado em casa com baixa médica. Quase metade dos trabalhadores do Estado contrairam uma doença misteriosa que os fez ficar em casa no mesmo dia. Basta uns dias de frio e acontece logo isto. Numa altura em que tanto se fala da pouca produtividade da função pública nacional, nada melhor que apresentarem ao país e ao mundo uma bela greve geral acompanhada de uma manifestação também geral e mal passada. Tudo bem que joga o Benfica para a Liga dos Campeões e o jogo é muito importante. Mas o jogo é ao final do dia! Não precisam de desculpas para faltar ao trabalho só para ver o jogo. Sempre desconfiei que a cor vermelha sempre presente nas manifestações não tivesse que ver directamente com o Comunismo. Há comboios apedrejados, pessoas atropeladas... Será isto uma greve ou uma manifestação? Nem uma nem outra. É uma espécie de feriado.

domingo, 21 de novembro de 2010

Virilidades verbais...

Queixam-se os portugueses da lentidão da Justiça. Bom, através da divulgação de certas sentenças que os jornais nos vão dando a conhecer, eu fico é com a ideia de que temos tantos processos parvos em tribunal que a Justiça em Portugal pode até ser bem mais rápida do que aquilo que se pensa. Estanto os juízes ocupados com determinadas acções completamente inúteis, é óbvio que os restantes processos acabarão por se acumular. Vejamos o caso do cabo da GNR que, após ter visto recusado o seu pedido de troca de turno por parte do seu comandante, resolveu dizer-lhe frontalmente: "Não dá para trocar, então pró caralho!". Uma coisa muito simples, portanto. E andavam os juízes da Relação a debater se esta palavra "caralho" originaria um crime de insubordinação. Com tantos processos sérios neste país e andam aqueles caralhos a perder tempo com a palavra "caralho". Em primeiro lugar, este processo só poderia ter mesmo lugar na Relação de Lisboa, já que toda a gente sabe que "caralho" no Porto é vírgula. Em segundo lugar, ficamos a saber que a Polícia Judiciária Militar não tem nada mais interessante com que se preocupar do que com um cabo que diz "caralho" numa espécie de discussão com o seu superior. Andam os portugueses a pagar horas de trabalho aos inspectores que estão preocupados com tal palavra. Se fosse a Santa Sé a nomear um diácono detective até se perceberia. É feio dizer pecados, é o que aprendemos em criança. Castigar quem proferir tal palavra com umas Avé Marias faria algum sentido. Mas daí a abrirem um processo contra quem a profere ainda vai uma grande distância. O juíz relator realçou que dizer para alguém "vai pró caralho" é bem diferente de dizer "ai o caralho" ou simplesmente "caralho". "Caralho" será ou não um insulto? Aqui está uma questão do caralho. Segundo o tribunal, trata-se de mera virilidade verbal. Por isso, quando estiver num tribunal e achar que o processo está a demorar demasiado tempo, qualquer português poderá levantar-se e peguntar ao caralho do juíz: "Porque caralho é que isto está a demorar tanto?" E ele apenas nos poderá acusar de sermos verbalmente viris. Os juízes deram-se ainda ao trabalho de procurar a origem da palavra "caralho" para fundamentarem a sua decisão. E ficamos a saber que "caralho" terá a sua origem no latim "caraculu". Ou seja, isto é tudo muito ordinário mas a culpa é dos romanos, esses caralhos que se diziam tão cultos. Há coisas do caralho. E este post é escrito sem censura pois esta palavra aqui repetida por diversas vezes não serve para insultar ninguém mas para mostrar a minha insatisfação ou o meu espanto, tal como referem os juízes. E estou espantado p'ra caralho com esta história toda. Uns caralhos duns juízes sem caralho algum para fazer, decidem deliberar quando é que podemos dizer ou não "caralho", perdendo tempo p'ra caralho e ganhando uns salários do caralho. Que caralho.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Olhos em bico...

O texto seguinte irá ser escrito com base no novo acordo ortográfico estabelecido entre o Primeiro-Ministro de Portugal e o Presidente da República Popular da China (que de república não tem nada e de popular tem muito pouco).
"Já se sabia que em momentos de apelto as pessoas tendem a tolnal-se completamente maquiavélicas, não olhando a meios pala atingilem detelminados fins a que se plopuselam. Daí que o númelo de climes aumente na plopolção dilecta do aglavamento de clises sócio-economicas. Só este desespelo pode justifical a plesença consecutiva de climinosos em Poltugal. Plimeilo, apalecelam uns alegados memblos da ETA. Depois, lecebido de blaços abeltos e com plomessas de amizade etelna, chegou Hugo Chávez. Agola, pala completal o quadlo, hospedamos no nosso país Hu Jintao. O Plesidente da Lepública Populal da China quel ajudal Poltugal a salval-se desta enolme clise económica. Não é talefa fácil mas se há povo que o conseguilá selá, sem sombla de dúvida, o povo chinês. Os jolnalistas poltugueses bem tentalam ajudal o Plimeilo-Ministlo e lançalam o boato de que Hu Jintao estalia disponível pala complal a dívida extelna poltuguesa. Obviamente que Hu Jintao não é tão ingénuo quanto Hugo Chávez e saiu de Poltugal sem se complometel com nada. Falou pouco e do pouco que disse ainda menos se aploveitava. Contudo, os plesidentes dos maioles bancos nacionais bem como os plesidentes da EDP e da PT lá conseguilam uns acoldos pala lecebelem "dinheilo amalelo". Em contlapaltida só temos de vendel o país. Muita gente leclama de que nos estamos a "plostituil" a uma nação que não sabe o que são os Dileitos Humanos. Tenho pala mim que os Dileitos Humanos na China estão na mesma situação que o Dileito do Ambiente está em Poltugal. É algo de que se fala em suldina, que se diz que existe e que selvilá pala salval o Mundo, mas os intelesses económicos soblepõem-se semple a tais matélias. Selá que intelessa mesmo à maiol palte dos poltugueses sabel que o dinheilo que nos ajudalá plovem de uma ditadula? A mim, pelo menos, não intelessa. Nós temos é de sail do bulaco. E quando estivelmos a salvo então sim, podelemos voltal a almal-nos em glandes defensoles dos Dileitos Humanos e refelil novamente que fomos dos plimeilos países a abolil a pena de molte e a esclavatula. Mas até esse momento chegal temos de lecebel ainda mais chineses e comel muito alloz. Os que não gostam que aplendam a gostal. E deplessa. Glande palte das acções da EDP e da PT selão compladas pol investidoles chineses. Tudo bem. Neste momento, já todos os poltugueses ficam de olhos em bico quando lecebem as factulas da electlicidade e do telefone. Já não se notalá difelença. E o Jelónimo de Sousa sentilá na pele os efeitos leias do Comunismo e velá que afinal não é assim um legime tão bom. Já tinhamos vendido Macau à China. Agola, é só vendel mais um bocado do tellitólio."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vivem para servir...

Limpar o pó ou fazer a cama são tarefas que apesar de parecerem simples acarretam uma enorme carga de trabalhos. O acto de fazer a cama parece até um castigo dos deuses, semelhante ao de Sísifo. O pobre Sísifo estava condenado a transportar um rochedo às costas até ao cimo da colina e, quando lá chegava, deixava escorregar o rochedo que voltava para o ínicio da viagem. E lá voltava a carregá-lo e a deixá-lo escorregar. Isto assim sucessivamente, "ad eternum". Ora, nós podemos considerar-nos bem mais inteligentes que Sísifo mas a verdade é que acordamos, fazemos a cama e ao fim do dia voltamos a desfazer a cama. E no dia seguinte repete-se o processo. Quando Adão e Eva provaram o fruto proibido e foram punidos por Deus, penalizaram a Humanidade com o pior dos castigos que o "Barbinhas" alguma vez se poderia ter lembrado: fazer a cama diariamente. Deus, além de vingativo, é extremamente cruél nos castigos que aplica. Daí que a expressão "fazer a cama" a alguém só possa significar prejuízo para outrem. E foi a pensar em árduas tarefas como fazer a cama que um grupo de estudantes universitárias da República Checa resolveu criar uma empresa chamada Crazy Cleaners. Para além de um nome extremamente sugestivo, esta empresa caracteriza-se por facultar serviços de limpeza muito agradáveis com funcionárias despidas. Por 150€/hora, qualquer pessoa pode ter em casa uma jovem universitária fazendo limpezas em tudo o que seja preciso... E podemos escolher três modalidades: lingerie, topless ou nu frontal. Fantástico. O serviço de limpezas pode até nem ser muito eficiente mas tornará sempre as limpezas em algo muito menos penoso. Muito homem deixará de tomar banho para beneficiar dos serviços dessas "moças". Eu próprio já não tomo banho à uns dias. Parafraseando Katka Kopecka, "ninguém gosta de limpar e toda a gente gosta de apreciar um belo corpo". Esta mulher lê os pensamentos. E à distância. Mas como em tudo na vida, também esta empresa tem os seus perigos. Ou se especifica muito claramente no pedido de limpeza de que se pretende uma funcionária ou corre-se o sério risco de se receber em casa um loiro de dois metros em fio dental. A imagem não será propriamente muito agradável. Numa época de crise, para quando uma filial em Portugal?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vamos fazer amigos...

"Mi amigo José Sócrates..." A frase só poderia ser dita por alguém que mora do outro lado do Atlântico e que faz da censura à oposição a sua principal arma política. A prova de que Hugo Chávez é mesmo um mau político e um péssimo gestor de recursos económicos do seu país foi revelada com a visita a Portugal. Só alguém parvo e sem cultura económica é capaz de vir até cá e investir qualquer coisa como 1100 milhões de euros sem ser nos casinos. Aliás, se esse dinheiro fosse gasto em casinos a probabilidade de a Venezuela receber alguma contrapartida seria bem maior do que com a compra de "Magallanes". Mas se, por um lado, Chávez não percebe nada de Economia, a verdade é que o líder venezuelano se encontra perfeitamente enquadrado com a realidade automobilística do país. Tanto assim é que a primeira coisa que Chávez fez quando saiu do avião foi mandar sair o motorista da carrinha que o transportaria até Viana do Castelo e conduziu ele próprio. As notícias dos acidentes nas estradas portuguesas e os hábitos de condução dos lusitanos chegam já até à Venezuela, está visto. Contudo, há algo de que ninguém poderá acusar Chávez, que é o facto de não ser um bom e fiél amigo. Costuma dizer o povo que é nas alturas de necessidade e aperto que se vêem os verdadeiros amigos. E estes trocos venezuelanos chegam em óptima altura para Sócrates. Chávez disponibilizou-se a "dar as duas mãos" a Portugal. O problema é que as suas duas mãos irão custar-nos os olhos da cara. E esta permuta anatómica deixará o país ainda mais na ruína, a menos que passemos a acreditar que a Venezuela anda a meter aqui dinheiro a fundo perdido. Perdidos estamos nós. Engraçada esta expressão de "custar os olhos da cara". Era necessário referir que os olhos são da cara? Que outros olhos terão os seres humanos? Ai, ai... Este povo é tão ordinário... Dada a actual situação sócio-económica do país, se calhar até nem iremos pagar com os olhos da cara...
Em vez de andar a negociar directamente com o PSD o Orçamento de Estado, José Sócrates anda por aí em passeios românticos e a tomar chã com Hugo Chávez. Lá diz o povo:"uma mão lava a outra... e as duas juntas lavam a roupa". O que me custa mais é ver Sócrates numa tentativa disparatada de falar castelhano. Bem sei que o castelhano é das línguas mais utilizadas em filmes pornográficos e que esses filmes para adultos reflectem em grande parte aquilo que o Primeiro-Ministro nos anda a fazer. Mas mesmo assim era escusado. Falar em português é das poucas coisas em que ainda não se cobra imposto. Até ao dia...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sondas e Orçamentos...

No Chile, conseguiram tirar literalmente 33 mineiros do buraco dois meses depois de ficarem soterrados. Do outro lado do Atlântico, num país chamado Portugal, efectua-se hoje mais uma tentativa de tirarem 10 milhões de pessoas de um buraco onde já se encontram há vários anos. Torna-se mais difícil o salvamento em Portugal porque, para além de serem obviamente muito mais pessoas a necessitarem de ajuda, não temos uma sonda Fenix concepcionada pela NASA. Em vez da sonda, temos um Orçamento de Estado concepcionado por Sócrates. Lá no Chile, o meio de salvamento foi pensado pelos melhores engenheiros da maior agência mundial; em Portugal, o meio de salvamento foi pensado por alguém que nem sequer terminou o curso de Engenharia. Por isso, se algum dia nos perguntarem qual a diferença entre a sonda Fenix e o Orçamento de Estado será fácil adivinhar a resposta: a diferença é que a sonda é obra de verdadeiros engenheiros.
Os mineiros chilenos tiveram de ser submetidos a uma dieta de líquidos para aguentarem a dureza da travessia. Cá em Portugal, os portugueses estão a ser submetidos a uma dieta nos rendimentos líquidos, de forma a conseguirmos passar no buraco.
A sonda Fenix paralisou não só o Chile como o resto do Mundo, deixando as pessoas presas ao ecrã, muito emocionadas. O Orçamento de Estado irá produzir quase o mesmo efeito: paralisará um país, já que as greves estão marcadas, e deixa as autoridades da União Europeia e do FMI de lágrima no canto do olho de tanto se rirem das nossas asneiras.
Enquanto estavam presos na mina, havia instrucções para que só dessem boas notícias aos mineiros, de modo a evitar depressões e mantê-los animados e esperançados. Em Portugal, quanto mais afundados estamos, piores são as notícias que nos dão. A psicologia também não é o forte de Sócrates.
Por tudo isto é que os chilenos conseguiram sair do buraco enquanto que por cá as previsões não são assim tão optimistas.
Mas olhando para o que se passou no Chile, será que algum português gostaria mesmo de sair do buraco? É que não nos podemos esquecer que as primeiras pessoas que iríamos ver e que nos tentariam abraçar seriam o Sócrates e o Cavaco Silva. Valeria a pena sair de um buraco para receber tal punição? No mínimo, será discutível.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vinicultura não deixa de ser cultura...

Uma semana depois de ter anunciado um conjunto de medidas que nos tornará no povo mais pobre e triste da União Europeia em simultâneo com um jogo do Benfica, José Sócrates volta a surpreender todos os politólogos. Este homem é das pessoas mais surpreendentes e imprevisíveis a nível mundial. Questionado sobre as previsões do FMI de uma futura recessão em Portugal, o nosso Primeiro-Ministro resolveu ignorar esse tema e tratou de realçar o papel económico do vinho. Desta vez tenho de admitir que o Sócrates deu uma goleada ao FMI. Digamos que prever uma recessão económica para Portugal não é nada de extraordinário nem de elevado grau de dificuldade. Nem era preciso ler nas entranhas de um animal. Qualquer bola de cristal comprada nos chineses revelaria essa situação. Curiosamente, a reputação do FMI varia muito perigosamente consoante as previsões: quando são más, o nosso Primeiro-Ministro ignora-as; quando são boas, Sócrates não poupa elogios ao trabalho do seu Governo e às rigorosas previsões do FMI. Compreendo. Eu também gosto mais de elogios que de críticas acentuadas. Mas eu não sou Primeiro-Ministro. Mas realçar o papel do vinho na economia é um verdadeiro golpe de génio capaz de "abafar" as previsões do FMI. Os portugueses sempre suspeitaram das capacidades "milagreiras" do vinho para a economia e é por isso que desde sempre nutriram um especial carinho por tal bebida. Já Jesus Cristo atribuíra especial importância ao vinho ao equivaler o seu sangue ao vinho e não à água, por exemplo. E com razão. Pão e água fazem inchar bastante o estômago, enquanto que o vinho até faz aquecer os pés. Voltando à questão, Sócrates defende que o vinho pode ser importante para uma recuperação da economia e realça o bom trabalho das produções vinícolas. A crise nunca assolará completamente o país enquanto houver vinho que nos proteja. É fácil de ver porque é que o vinho interfere na economia: todos aqueles que bebem vinho sem moderação ficam soltos de quaisquer complexos financeiros e desatam a investir, nomeadamente em mais vinho. E o que este país precisa é de investimento. Troque-se o Hemiciclo por uma qualquer plantação vinícola do Douro; troquem-se os impostos por pipas e tonéis. O país pode não ficar melhor mas ao menos deixará de se preocupar com a crise. O cheiro a vinho deixaria de ser um indicativo de saloios e passaria a ser sinal de riqueza e prosperidade. Entreguemo-nos ao vinho de corpo e alma e felicidade não nos faltará. Nem cirroses. Os abstémios serão acusados de acentuarem a crise. E os alcoólicos anónimos serão considerados um grupo hostil face aos princípios fundamentais do Estado de Direito. E assim lá vamos nós, de copo em copo, com um enólogo à frente do destino do país.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Arca de Noé aportou em Lisboa...

Chama-se Gliese 581 G e é o mais recente planeta potencialmente habitável descoberto por cientistas americanos. Não podia vir em melhor altura esta notícia. Este planeta é a solução para a difícil situação dos portugueses. Esqueçam lá os PEC's, as ajudas do FMI ou a fé inabalável de Sócrates e companhia. O futuro dos portugueses passa pela emigração interplanetária. Este planeta já se tornou demasiado pequeno para podermos escapar às garras maquiavélicas deste ministro das Finanças que adora meter a mão em bolso alheio. Se o Teixeira dos Santos andasse vestido com uns jeans e uma t-shirt, certamente seria apelidado de carteirista. Mas como anda de fato e gravata é tratado por ministro das Finanças. Fujamos para o Gliese 581 G. Fica a apenas 113 trilhões de milhas. De TGV chega-se perfeitamente lá em 2 horas. Os cientistas afirmam que se trata de um bom planeta para a expansão de formas de vida inteligente, ou seja, podemos andar seguros por lá porque nenhum membro deste Governo se ambientaria em tais condições. A incompetência é como a paciência: tem limites. Resta-nos pegar nas barcarolas da nossa frota pesqueira (que por incompetência do Governo ainda é do tempo dos Descobrimentos) e partamos à busca de novos territórios onde possamos nós controlar tribos indígenas em vez de continuarmos a ser governados por eles aqui em Portugal. Neste momento, tenho a certeza de que até para o Planeta dos Macacos os portugueses iriam porque lá o IVA é de apenas 17% e não há notícia de que os macacos das classes média e baixa paguem as potentes carroças de madeira dos macacos gestores públicos. Temos de seguir o exemplo dos macacos e desatar a catar os parasitas que nos sugam até ao tutano. Começo até a achar que o TGV e novo aeroporto são bons projectos já que tudo o que nos permita sair rapidamente de Portugal será muito útil num futuro lamentavelmente muito próximo. Deixemos o país entregue à bicharada. Mais ainda...
Este país não é para velhos... E infelizmente também não é para novos e mesmo as pessoas de meia idade sentem enormes dificuldades para sobreviverem. Este país é para cabrões. Vamos para o Gliese 581 G. A má notícia para os portugueses é que parece que nesse planeta não há bacalhau.
E pensar que já fomos donos de meio mundo...

sábado, 18 de setembro de 2010

O próximo seleccionador...

Carlos Queiroz, esse pobre mártir do Desporto, lá acabou por ser despedido. Uma triste notícia para os próximos adversários de Portugal. Nesta história rocambolesca do seu despedimento é preciso salientar uma coisa muito importante: o problema de Queiroz não foi ter sido mal-educado com o Luís Horta; o verdadeiro problema de Queiroz foi não ter insultado alguém mais cedo. Os portugueses sempre viram em Queiroz um homem educado, sério, incapaz de levantar a voz fosse para quem fosse. Ora, desde que voltou à Selecção, Queiroz começou a chamar burros aos jornalistas, andou à pancada no aeroporto com um comentador e acabou a falar de uma determinada parte do corpo da mãe do médico Luís Horta que estaria a precisar de ser examinada, segundo o professor. Queiroz deveria ter demonstrado desde o início da sua carreira de que também é capaz de dizer umas ordinarices e bater em quem quer que fosse. Uma mudança tão radical de comportamentos chocou os portugueses. Deveria ter feito como o Scolari. Esse, mal chegou, fez questão de mostrar o quão rude era. E ainda hoje alguns suspiram por ele. Mas ver um professor a falar de con** com tanto à-vontade, demonstra que afinal eles não precisam assim de tantas formações para darem educação sexual nas escolas. Com o despedimento de Queiroz, a Federação Portuguesa de Futebol deixou-se influenciar pelos programas da moda e resolveu criar um programa próprio para encontrar o novo seleccionador de Portugal, um programa que é uma mistura dos “Ídolos” com o “America’s Next Top Model”. O referido programa designar-se-á “Portugal’s Next Top Coach” e os candidatos serão avaliados de acordo com as suas excentricidades e não pela capacidade de treinar, já que esse nunca foi o critério utilizado por Madaíl. De acordo com as revistas cor-de-rosa, os candidatos são (por ordem alfabética):

Carlos Carvalhal: O estudioso do futebol viu a sua candidatura a seleccionador ser reforçada desde que se transformou em comentador de futebol na RTP, e passou a beneficiar dos ensinamentos desse “monstro” do futebol chamado Luís Freitas Lobo. E chamo-lhe monstro porque da maneira como ele fala de futebol, até parece que este desporto é um bicho de sete cabeças. Carvalhal também só fala em linhas, em blocos e em basculações, linguagem que será mais apropriada a Engenharia Civil do que ao Futebol, sendo certo que a maior parte dos jogadores da Selecção não o conseguiriam entender. Já os do Marítimo e do Sporting não tinham conseguido. Tem a seu favor uma fraquíssima passagem pelo Sporting, precisamente o mesmo critério que levou à escolha de Queiroz. Sendo um homem do Minho, domina perfeitamente o Malhão e a breve passagem pela Grécia tornou-o habilitado no famoso e exigente “Hassápico”.

Diego Maradona: Aquele que dizem ser o melhor jogador de sempre, limitou-se a ser um boneco vivo no banco da Argentina durante o Mundial, notando-se que percebe tanto de tácticas como o Sócrates. Não levou os jogadores em melhor forma ao Mundial, uma característica bastante apreciada por Madaíl. Adora distribuir beijos pelos seus jogadores, o que causará um choque tremendo em Portugal, pois nunca nos passou pela cabeça sequer a imagem do Queiroz a dar um beijo na cara ao Ronaldo. Além disso, tem a seu favor o facto de perceber mais de drogas que o próprio Luís Horta. Os controlos anti-doping deixariam de dar problemas pois o seleccionador saberia como contorná-los. Além de dominar o Tango, as passagens por Espanha e Itália fizeram de Maradona competente nas áreas da Sardana e da Tarantela.
Jaime Pacheco: Tem no seu currículo um campeonato nacional pelo Boavista, sendo um grande especialista na chamada táctica da “pancadaria de criar bicho”, muito semelhante ao 4-3-3. Filósofo e pensador do futebol, tem como expressões de marca alguns tesouros modernos, tais como “ faca de dois legumes” e “bodes respiratórios”. Consegue dizer mais palavrões por jogo que o próprio Bruno Alves, o que facilitará a tarefa ao Laurentino Dias caso as coisas não estejam a correr tal como ele pretenderia. Com tanto palavrão e com aquela personalidade encantadora, o secretário de Estado arranjará facilmente um caso extremamente sério e grave para abrir um processo disciplinar. Grande apreciador dos Pauliteiros de Mirandela, viu o seu currículo enriquecer com as passagens por Espanha e pela Arábia Saúdita, tornando-se um erudito em Zarzuela e em Ardha.
José Couceiro: Teria no seu currículo uma Taça de Portugal neste momento, se não tivesse sido guloso e trocado esse grande clube chamado Setúbal pelo Porto a meio da época 2004/2005. Teve mais olhos que barriga e acabou por não ganhar nada. Ou seja, em termos de currículo está ao nível da nossa Selecção. Já trabalhou para a Federação e, como tal, tem perfeito conhecimento da porcaria que por lá existe. Pode-se considerar um homem da casa. Um aspecto positivo a reter: na época 2005/2006, mesmo tendo o melhor marcador do campeonato, Couceiro conseguiu a proeza de descer o Belenenses de divisão, mas acabou por se salvar na secretaria. Ora, mesmo que não nos apuremos directamente para o Europeu, com Couceiro talvez ganhemos algum processo na secretaria. Pode haver algum “Mateus” na Dinamarca. Dança o Fandango desde os 3 anos. Com a passagem pela Lituânia, Couceiro aprendeu Suktinis e, mais tarde, na Turquia aprendeu Zeybek, que dança maravilhosamente em noites de lua cheia.
José Mourinho: “Il speciale” está na mira de Madaíl para vir treinar a Selecção em part-time no mês de Outubro. Também eu queria um part-time destes mas nunca encontrei nada parecido nos Classificados. Estamos a chegar ao cúmulo de mendigar ao mais recente D. Sebastião para aparecer por cá e nos salvar desta encruzilhada. Muito mal estamos nós quando a única solução que dizem que temos é chamar o Super Mourinho, o novo Jesus Cristo. Se Mourinho já era super arrogante, mesmo no que diz respeito ao país, agora é que ninguém o vai calar. Vai achar-se ainda mais “especial” porque vê que em alturas de crise o principal responsável pelo futebol português lhe vai bater à porta com a corda ao pescoço, pronto a beijar os pés ao “Speciale”. No fundo, Madaíl reencarna a figura de Egas Moniz, só que em vez de ir a Toledo vai a Madrid pedinchar. E assim do nevoeiro surge aquele que será o candidato mais forte. Mas o público será soberano e se os amigos de Mourinho não ligarem para votarem nele, o “especial” pode muito bem perder. Especialista no Corridinho, Mourinho aproveitou as passagens por Inglaterra, Itália e Espanha para se pós-graduar em dança Morris, Napolitana e em Paso Doble.
Luis Aragonés: Outro candidato de peso a seleccionador e que tem no currículo um Campeonato da Europa. Como Portugal só chegou a vice-campeão europeu, pode-se efectivamente comparar Aragonés aos muitos licenciados que se candidatam a empregos que exigem habilitações literárias muito abaixo das que eles possuem. Além disso, seria engraçado ter um seleccionador que nasceu antes da 2ª Guerra Mundial. O que seria muito conveniente para Aragonés, já que, como presenciou uma grande guerra mundial, já terá experiência suficiente para aguentar as grandes guerras que correm dentro da Federação Portuguesa de Futebol. Quando Aragonés começou a carreira de treinador ainda nenhum dos jogadores da nossa selecção era nascido. Estamos perante um verdadeiro dinossauro, grande “connaisseur” de Flamenco e de Gobek Dans, que aprendeu na Turquia.
Luiz Felipe Scolari: Tem no seu currículo um Campeonato do Mundo ao serviço do Brasil e um Campeonato da Europa que entregou de forma brilhante a um conjunto de jogadores gregos que tinham vindo a Portugal apenas para fazer turismo. Gosta de pugilismo, fazendo vibrar as plateias a cada soco aplicado ao adversário. Grande responsável pelas inúmeras bandeiras defeituosas de Portugal vendidas pelas lojas dos chinocas, conseguiu converter Madaíl à Senhora do Caravaggio, que não é nada mais que uma Senhora de Fátima com sotaque brasileiro. Herói para muitos portugueses devido à sua personalidade encantadora, Felipão tem como virtude ser dos poucos treinadores do Mundo capazes de desfazer em pouco tempo grandes equipas construídas pelo Mourinho: primeiro na Selecção e depois no Chelsea. Não é fácil. É visto com frequência a sambar, sendo um expert em dança do ventre, que aprendeu pelas passagens pelo Médio Oriente, e é dono de uma escola de Vira em Porto Alegre.
Manuel Cajuda: Tem um filho que participou nos Morangos com Açúcar, o que significa que não tem capacidade para lidar e formar as camadas mais jovens. Caso fosse seleccionador, o mais certo seria que os jovens mais promissores acabassem a contracenar na Lua Vermelha. O seu currículo não ocupa muito espaço na secretária de Madaíl já que não há muito para preencher, mas tem uma qualidade que o presidente muito aprecia: é um pedinchão de primeira. Passou muitos anos a tentar arranjar lugar no Benfica e agora tenta um lugar na Selecção. Cajuda e Madaíl fariam uma dupla terrível: um a pedinchar e outro a mendigar. Poderíamos não nos apurarmos para o Europeu, mas os cofres da Federação haveriam de ficar bem recheados. Tem o Corridinho no sangue, o que o leva a correr de um clube para outro muito rapidamente, servindo-se dos conhecimentos obtidos no Médio Oriente para aprender a Dança das Espadas, que muito jeito lhe dará caso seja o escolhido.
Manuel José: O “Faraó” já venceu mais Ligas dos Campeões que o Mourinho. Tudo bem que foi em África mas currículo é currículo. Tem um ódio de estimação por Pinto da Costa, o que o torna muito parecido com Scolari. Quando fala do futebol em Portugal, Manuel José costuma ser uma espécie de Rui Santos, só que mais crítico e sarcástico. Foi seleccionador de Angola, o que lhe conferiu capacidade e experiência para treinar selecções de países em vias de desenvolvimento, tal como Portugal. E como conseguiu colocar o Mantorras a jogar pela selecção, pode ser que faça o mesmo com o CR7 na selecção portuguesa. Passou muitos anos perto das Pirâmides do Egipto e pode em breve conviver de muito perto com outra pirâmide bastante deteriorada: a pirâmide da estrutura da Federação. Mas as pirâmides do Egipto parecem bem mais seguras e o cheiro a podre não é tão intenso. Dança a Cana Verde como um menino e sempre que insulta alguém vê o seu corpo ganhar vida própria e desata a dançar Zaar, que aprendeu no Egipto, para afastar os maus espíritos. Além disso, não perde uma oportunidade de passar na Amadora para matar saudades da Kizomba.
Octávio Machado: Deve ser das poucas pessoas no mundo que se pode gabar de ter sido treinador de futebol, agricultor e bombeiro. Se bem que Octávio Machado tinha mais tendências para incendiar do que para apagar fogos, como se pode observar pelas suas passagens por Sporting e Porto. Só mesmo esses dois clubes para o contratarem. Caso seja seleccionador, não haverá mais problemas com relvados em estados miseráveis e que lesionam jogadores, ou não fosse este treinador um homem da área. A escolha de Octávio Machado até pode fazer algum sentido: com tantos nabos na Selecção e na Federação, nada melhor que um agricultor para tomar conta deles. Contudo, Octávio seria um treinador em part-time, tal como Mourinho. A Selecção teria de dividir o seleccionador com as vindimas, com a apanha da maçã e com a plantação de couves. O primeiro homem a denunciar os “Big Ladens” que existem no futebol português, formou-se no curso técnico de pisar uvas e todos os fins-de-semana desloca-se a Setúbal para mostrar as suas aptidões no Verde-Gaio.
Paulo Bento: Veio de Espanha a falar com aquela musiquinha bastante ridícula que me faz lembrar o Paulo Futre. E como apregoa tanto a tranquilidade, tenho medo que adormeça de vez os jogadores da Selecção. Por outro lado, se Paulo Bento for o escolhido, teremos um seleccionador com um penteado fantástico, bastante moderno e que atrairá certamente muitos patrocinadores. Tem fama de “sargentão”, à boa maneira de Scolari, o que fará as delícias de Madaíl. Porém, a verdade é que, até hoje, Paulo Bento só treinou o Sporting. Se treinar um clube dessa dimensão já chega para se ser seleccionador, então o Pedro Caixinha também pode enviar o currículo para a Federação. Está habituado a ficar em 2º lugar, o que até dava jeito nesta fase de grupos. Dança agradavelmente bem a Chula e dizem que se tornou grande fã do Funaná.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

1, 2, 3, Diga lá outra vez...

O primeiro round do processo Casa Pia terminou e não houve knock out. A luta há-de continuar num palco perto de si. Todo este processo, que focou a atenção das principais cadeias informativas do mundo no nosso país, ficou marcado por determinados elementos-chave que nos deveriam fazer reflectir sobre o estado do país e, sobretudo, da sociedade. São sete os elementos-chave, precisamente o número de arguidos neste processo. Coincidências. São eles:
1- CASA PIA: Quando Pina Manique fundou esta instituição, ele teria como grande objectivo proporcionar e trazer um futuro melhor às crianças órfãs. Mas o destino é cruel e a única coisa que trouxe a esses jovens foi um andar novo. No fundo, a Casa Pia é uma espécie de Telepizza para pedófilos. Os produtos estariam expostos num site, com o respectivo número de telefone e identificação do produto, e para quem estivesse interessado bastaria ligar e proceder à encomenda. Mais ou menos isto:
"- TeleCasaPia, boa noite. Qual vai ser o seu pedido?
- Ora boa noite. Queria encomendar dois miúdos. Um com todos os ingredientes e outro mais moreninho, mais bem passado e sem borbulhas. Ah! E pão de alho também, já agora... Para a morada do costume."
E, tal como acontece na Telepizza, também nesta situação era um senhor de casaco vermelho que levava a encomenda a casa.
2- AS DENÚNCIAS: Uma das questões que mais inquieta as pessoas é o porquê de estas denúncias demorarem tantos anos a serem efectuadas e como foi possível que estas situações se tenham prolongado por tantos anos. A resposta até é simples: as denúncias iam sendo ignoradas porque o Manuel Abrantes era provador-adjunto da Casa Pia. Ora, os miúdos queixavam-se de abusos sexuais a alguém que abusava sexualmente deles. Era algo do género:
" Zezinho (nome fictício): - Ó sôr Abrantes, sôr Abrantes! Eu queria contar-lhe um segredo...
M. Abrantes: - Ai sim? Então fala lá depressa...
Zezinho: - Ó sôr Abrantes, sôr Abrantes, o sôr Carlos Cruz abusou sexualmente de mim.
M. Abrantes: - Vou já registar a queixa. Agora cala-te lá e continua a chupar."
E era por isso que as denúncias não chegavam ao Ministério Público.
3- O PAGAMENTO: Outra das coisas que o tribunal se esqueceu de referir era se estava ou não provado o pagamento efectuado aos miúdos em troca de favores sexuais. E esta questão também é muito importante. O país precisa de saber se estes jovens andaram a fugir ao Fisco durante todos estes anos. Receber dinheiro e não o declarar às Finanças é algo gravíssimo. Assim, se uns foram acusados com base nos artigos 171º e seguintes do Código Penal, também os miúdos deveriam ser acusados com base no artigo 103º do RGIT. Se eu tenho de declarar, por hipótese, os 20€ recebidos a apitar jogos de futebol, porque é que estes miúdos não são obrigados a declarar o que recebem a "abafar palhinhas"? Tem que haver igualdade fiscal.
4- AS INCONGRUÊNCIAS: Os arguidos têm falado nas possíveis incongruências dos testemunhos e em erros nas descrições dos locais onde decorreram, eventualmente, os abusos. Cá para mim, esses erros são entendíveis e desculpáveis. Digamos que a posição em que os miúdos se encontravam nos locais não deveria facilitar muito a capacidade de observar todos os pormenores que os rodeavam. E ter um "burro velho" a abusar deles tornaria tudo pior. Além disso, se praticar sexo anal passivo fosse bom para a memória, certamente que alguém já teria reconhecido nesse acto uma possível cura para o Alzheimer.
5- A CASA DE ELVAS: Outra coisa que me intrigava: mas porquê uma casa em Elvas e não noutra cidade do país? Porquê lá? Bom, temos de entender que a Casa de Elvas está para os pedófilos como o Ramalhete estava para o Carlos da Maia e para a Maria Eduarda: podia ser apenas uma simples casa mas preferiram torná-la num antro de pecado. E sempre dá um ar de romance a este processo. A Casa de Elvas... E porquê em Elvas? Já dizia a canção: "Ó Elvas, ó Elvas/ Badajoz à vista"! Os miúdos deslocavam-se a Elvas na falsa esperança de ver Badajoz por um canudo e ir aos caramelos. Mas quando lá chegavam, só viam o canudo... Mas também ganhavam caramelos.
6- O SALVAMENTO: Para ser um verdadeiro romance, este caso precisava de alguém que fosse salvo das garras do mal. Foi o que aconteceu a Paulo Pedroso. Enrolado profundamente neste processo, o deputado teve no PS a sua tábua de salvação, que lhe poupou, muito provavelmente, a sete magníficos anos de prisão. Esta situação só serve para mostrar que quem não está filiado num dos partidos do poder terá mais probabilidades de vir a ser condenado por algo que tenha ou não feito. Por isso, meus caros, inscrevam-se no PS, no PSD ou até mesmo no CDS. O cartão de militante será uma espécie de "Cartão de libertação da cadeia", à boa maneira do Monopólio.
7- AS CONDENAÇÕES: É difícil explicar à maior parte das pessoas o porquê de alguém que acaba de ser condenado a 18 anos de prisão continuar em liberdade, com um sorriso na cara e urinando numa qualquer casa de banho pública muito perto de algum de nós. Não há explicação possível para justificar o facto de alguém ser condenado a passar tantos anos na cadeia mas ainda assim sair do tribunal pela porta da frente. Se há indícios e provas tão fortes que se leve a condenar alguém com tantos anos de prisão, então o recurso não deveria ter nunca efeito suspensivo. Penas de prisão iguais ou superiores a 10 anos de prisão nunca deveriam ser suspensas por um recurso. Neste momento ainda é possível, o que traz um maior sentimento de desconfiança em relação à Justiça por parte das pessoas.
Esperemos que o próximo round não dure tanto tempo...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Imaginação fértil...

E em pleno processo de crucificação pública de Carlos Queiróz, eis que se volta a falar da Maddie. E, mais uma vez, não é por bons motivos nem por boas novas. A nova pista para a polícia sobre este caso foi revelada por um pedófilo, essa gente tão prestável, que às portas da morte resolve escrever uma carta ao seu filho dizendo que nada teve a ver com o desaparecimento da miúda. Até aqui nada de anormal. Estranho seria se ele tivesse confessado a participação no crime. O que realmente interessa em toda aquela carta escrita do fundo do coração é a acusação efectuada pelo pedófilo. Escreveu o próprio que a Maddie foi levada por um grupo de etnia cigana. Ou seja, momentos antes de partir para se encontrar com o Criador e provavelmente abusar dos muitos anjos que dizem existir por lá, esse senhor resolve acusar os ciganos. Na minha modesta opinião, além de parva esta acusação é, sobretudo, muito fácil. Desaparece alguém e quem haveremos de acusar? Os ciganos. Em miúdos, quando não queríamos comer a sopa, a quem é que as nossas mães se referiam que nos iriam levar para longe caso a sopa ficasse no prato? Aos ciganos. Ora, é muito fácil acusar os ciganos quando não há provas de nada e se pretende intimidar alguém. O que se retira de tudo isto é que a imprensa anda a dar atenção a pedófilos que dizem coisas parvas. Tão boas reportagens se poderiam fazer com pessoas interessantes e estes jornalistas dão visibilidade a um pedófilo que acusa ciganos. Uma acusação muito conveniente numa altura em que se fala muito de ciganos e da sua repatriação. Se a Amazónia fosse o centro de todas as conversas, talvez os acusados do rapto da Maddie fossem os índios indígenas brasileiros, esse safados que andam nus e brincam com setas. Sobretudo, porque estamos numa altura do ano em que aparecem muitos no Algarve. Se era para acusar alguém que seja o causador de receios infantis, sempre seria melhor acusar, entre outros, o Bicho Papão, o Monstro que existe debaixo da cama ou no armário, o Velho da noite, o Shrek, um grupo de palhaços, o ET, o Big Foot, o Abominável Homem das Neves, ou até mesmo o pior de todos: o Velho que vive no escuro.

sábado, 14 de agosto de 2010

Será o vulcão da Islândia? Não! São os churrascos em Portugal...

Pode ser apenas uma mera impressão minha, aceito perfeitamente essa crítica, mas acho que esta neblina que anda no ar não é nada mais nada menos que fumo. Penso que sim. E atrever-me-ia a ir mais longe: acho que este fumo todo deve-se a incêndios e aos muitos churrascos que acontecem por esse país fora. Não querendo acusar ninguém, até porque penso que se trata da mais pura coincidência, mas a verdade é que esta fumarada torna-se bem mais intensa precisamente naquela altura do ano em que "les emigrants" andam por aí, ávidos da bela tradição portuguesa do churrasco no meio do monte. Mas isto não passa, é preciso realçar, de uma mera coincidência. A explicação para esta intensa nuvem de fumo é outra e muito mais complexa que os churrascos nas matas. Tudo isto que se passa à nossa volta tem dedo político e desconfio de um conluio entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro. Passo a explicar. A Islândia, esse belo país perdido no meio do nada e afundado numa crise económica profunda (mas não tão profunda quanto a nossa, claro...), conseguiu paralisar literalmente meio mundo e ser o centro das atenções durante várias semanas com apenas uma "nuvenzita" de cinzas. Aproveitaram-se do tal vulcão (do qual ninguém consegue pronunciar o nome) para impingir o caos aos outros países e, num ápice, toda a gente já conseguia identificar a Islândia num qualquer mapa-mundo. Ora, como em Portugal ainda não temos vulcões no Continente, a solução para criar uma nuvem de cinzas passa por incendiar o país de norte a sul. E, diga-se de passagem, estamos a conseguir isso com tremendo êxito. A nossa nuvem de cinzas tem qualidade e potencial para rivalizar com a nuvem da Islândia e tornar Portugal numa das maiores potências do lançamento de porcaria atmosférica. Sócrates poderá finalmente anunciar que estamos na vanguarda de alguma coisa. E como ninguém tem visto Sócrates, tenho a certeza de que afinal não deixou de fumar e os incêndios são causados por uma das suas beatas lançadas ao vento. Mas, como já referi, o Primeiro-Ministro não está sozinho nesta história. Esta nuvem de fumo, tal como a da Islândia, não facilitará o tráfego aéreo. Os portugueses serão impelidos a passar férias em Portugal. E quem é que tinha apelado a que os portugueses aproveitassem a crise para passar férias em Portugal? Exactamente. Aníbal Cavaco Silva. Não acredito em teorias da conspiração mas que elas existem, lá isso existem.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Não tive tempo...

O Procurador Geral da República comparou-se à Rainha de Inglaterra. O que era suposto ser uma piada ainda se irá transformar num caso de enorme procura em revistas cor-de-rosa. O PGR e a Rainha de Inglaterra não partilham apenas os mesmos poderes; a beleza de ambos é semelhante e por demais evidentes são as parecenças entre eles; e aquela pronúncia da Rainha sempre me pareceu muito beirã, tal e qual a de Pinto Monteiro. No fundo, acho que essas duas personagens devem partilhar até laços de sangue. Devem ser gémeos separados à nascença, mas cujos destinos acabaram por ser, mais coisa menos coisa, equivalentes. No mínimo, semelhantes são. Em pleno séc. XXI, os dois ainda vivem no mundo da fantasia e do "faz de conta" e o juramento de vassalagem dos seus súbditos deixa muito a desejar. Sobretudo nos súbditos do Pinto Monteiro. Estas queixas do PGR são tudo menos compreensíveis. Estamos em Agosto. Supostamente, o PGR está ou deveria estar de férias. Então de que poderes falará o PGR? Serão os poderes profissionais ou matrimoniais? O Pinto Monteiro deveria estar a queixar-se da falta de liberdade em casa, certamente. Deve ter uma esposa de punho firme e que não deixa o menino andar a fazer castelos na areia à beira-mar. A submissão matrimonial de Pinto Monteiro já é assunto de discussão em praça pública e isso era algo que deveria ter ficado em segredo de justiça. Falando agora um pouco mais a sério, esta questão de o Ministério Público não ter tido tempo de fazer umas perguntas ao Primeiro-Ministro faz-me lembrar os tempos de estudante. Os Procuradores fazem precisamente aquilo que eu fazia quando tinha exames. É fácil fazer a analogia: tanto os Procuradores como eu sabíamos perfeitamente o dia em que seríamos avaliados (no caso dos Procuradores, o dia em que expiram os prazos do processo) e deixavamos tudo para o último dia. E, chegado o último dia, concluimos o que de mais evidente existe no Mundo: não tinhamos tempo para nada. Com a diferença de que eu pagava o curso enquanto estes "marmanjos" são pagos a peso de ouro para, imagine-se, "trabalhar". E, tal como acontece quando eu digo que não tive tempo para fazer algo e as pessoas desatam a rir, também os Procuradores passam pela mesma situação quando invocam a falta de tempo. Como eu os entendo.


domingo, 1 de agosto de 2010

Uma escola para cada um...

Ser Ministro da Educação não deve ser nada fácil. Por muito que se esforce o detentor da pasta da Educação, a verdade é que nunca conseguirá agradar a toda a gente. Se beneficia os alunos, desagrada os professores; se tenta agraciar os professores surge imediatamente a revolta das associações de pais; se atende às reivindicações das associações de pais, os alunos fazem greve às aulas. No fundo, a função de ministro da Educação consiste em tentar perceber qual destas três partes tem menos pontaria para o lançamento dos ovos. Bom, e agora a ministra de "Uma Aventura" pretende continuar com o encerramento de milhares de escolas por todo o país que não possuam um número mínimo de alunos inscritos. Claro que tal medida nunca será bem encarada por ninguém, mesmo que as condições das escolas estejam ao nível do palácio do Saddam Hussein depois dos bombardeamentos americanos. É díficil perceber a teimosia de quem não pretende ver encerrada uma escola no meio da serra sem condições nenhumas e com apenas dois alunos. Para os professores, trabalhar nessas condições não é nada motivador: não podem faltar porque não há outro para o substituir nem têm companhia para tomar café no intervalo das aulas. Para os pais também não é nada agradável porque não podem falar com um professor para dizer mal de outro. Mas são os alunos que mais sofrem com essas condiçoes. Só tendo mais um companheiro nas aulas, os alunos correm o sério risco de ficarem sem alguém por quem copiar nos testes, basta o parceiro faltar; insultar os professores e vandalizar o seu automóvel também não será fácil pois as culpas só poderão ser imputadas a duas pessoas; brincadeiras do género de esconder o porta-lápis perderão toda a graça porque facilmente serão denunciadas ao professor e não haverá o benefício da dúvida em relação ao autor da brincadeira. Trocar o lanche com o parceiro ficará mais complicado porque aumenta a probabilidade de não gostarmos do lanche da outra pessoa e depois não haverá mais ninguém com quem trocar. Entre rapazes, os jogos de futebol perderão toda a piada e se forem duas alunas não haverá ninguém para saltar à corda porque as únicas duas alunas estarão a segurar em cada ponta. Além disso, só estando dois seres do sexo feminino numa escola, a probabilidade de um esgotamento para as duas é muito forte já que não existe uma terceira pessoa de quem elas possam falar mal. Se for um rapaz e uma rapariga ainda será pior pois estarão praticamente condenados a casar um com o outro. E falsificar uma assinatura numa folha de presenças fica fora de hipótese pois era demasiado óbvio. Tudo bem que é porreiro gastar dinheiro do Estado. Mas poupemos algum para que possam pagar a indemnização ao Carlos Queiróz.

terça-feira, 20 de julho de 2010

O ponto G...(de Garabulha)...

Balbúrdia na paróquia! O padre de Fafe foi mandado rodar para outra paróquia e a população exaltou-se. Por seu lado, o padre de S. Torcato foi colocado em Fafe e os crentes injuriam o Arcebispo. Estas histórias de padres a trocarem de paróquias deixam-me extremamente confuso e chega-se a um ponto em que já não sei se ainda estão a falar de religião ou se já descambou tudo para o futebol. Os temas são parecidos e chegam mesmo a ser semelhantes. Não se via tanta confusão com uma transferência desde que o Moutinho trocou o Sporting pelo Porto. Acho muito bem que os paroquianos de Fafe exijam explicações ao Arcebispo por esta troca inesperada. Se bem que o Arcebispo poderá sempre dizer que o padre Peixoto Lopes era uma maçã podre. Ou uma ovelha tresmalhada. A revolta é tanta que mesmo quem não é crente e não frequenta a igreja se sente vilipendiado pelo raio do Arcebispo. Digamos que o Arcebispo não foi nada feliz ao basear a sua decisão da troca dos párocos na política de rotatividade dos padres. Não sei se será boa ideia andarem os padres a trocarem frequentemente de paróquia e, consequentemente, de mulheres. É que os padres vão-se, mas as mulheres paroquianas imbuídas de espírito afável e companheiro para com homens de sotaina mantêm-se na paróquia. E isto de andarem sempre a trocar de companhias não é nada saudável, não esqueçamos a proibição do uso do preservativo por parte dos crentes. Tanta rotatividade pode transformar o mais "panão" dos padrecos num novo "Zezé Camarinha". Em tempos de grave crise económica e social, nada como ter um bispo que ainda nos vem "roubar" o padre. E é por isso que entendo a fúria da população das duas paróquias, sobretudo da de S. Torcato. Os paroquianos desta bela terra chegam a afirmar que "no domingo ninguém vai à missa e vão acabar as esmolas!". Meus amigos, isto é puro terrorismo religioso! Os elementos da ETA, quando comparados com os paroquianos de S. Torcato, são uns verdadeiros meninos. Os crentes de S. Torcato retaliam a intransigência do Arcebispo com buzinas e, imagine-se, com vuvuzelas! Uma bomba num automóvel é um miminho face aos estragos que pode provocar uma vuvuzela. "O padre é nosso!", gritam exaltadas as paroquianas de S. Torcato. E com razão. O sonho de todas as mulheres é ter um homem que não precisa de trabalhar muito para ter um bom salário, que movimente muito dinheiro e que não pague impostos. E que, acima de tudo, seja o alvo de cobiça de todas as mulheres da terra. E esse homem, a existir, só pode ser padre. Ficamos à espera da divulgação dos valores desta troca de papa-meninos... Ups, queria dizer padres! Para quando a comunicação deste negócio à CMVS (Comissão de Mercado de Valores Sagrados)?

sábado, 17 de julho de 2010

O preço da fama...

E, de repente, dois portugueses dão que falar por esse mundo fora. Se no Mundial nos levaram a taça e nos deixaram numa profunda depressão por vermos os vizinhos a festejar, já o título de melhor adepto ninguém nos tira. Dino Supremo, o super homem de bigode, é o super adepto do Campeonato do Mundo. E, para mim, este sempre foi o principal objectivo do Mundial. Não há nada mais importante que termos o melhor adepto do Mundo. Aquela "tacita" em ouro e que pesa meia dúzia de quilos qualquer um consegue. Mas o título de melhor adepto não é para todos. Isto deveria levar os jogadores a reflectirem um pouco, porque não é qualquer selecção que tem adeptos com tanta categoria. Mas bem sei que juntar a palavra "jogadores" ao verbo "reflectir" na mesma frase, só pode resultar numa reflexão utópica. Os outros ganham em campo mas nós vencemos na bancada. E toda a gente sabe que é melhor ser rei na bancada que rei no campo pois é na bancada que estão as moçoilas ávidas de confraternização e deboche. No relvado é só homens. Dizem que a Selecção não tinha grande criatividade no ataque e, no entanto, na bancada não há povo tão original quanto o nosso. Aqueles jogadores não mereciam estes adeptos. Por outro lado, Sérgio Paulinho venceu uma etapa da Volta a França e fez história. Não é todos os dias que um português ganha uma etapa na principal competição de ciclismo. Mais uma vez um português fazia capas de jornais desportivos internacionais e, mais uma vez, por algo que não aconteceu dentro de um relvado. Se, à primeira vista, os feitos de Dino Supremos e Sérgio Paulinho nada tem a ver um com o outro, após uma reflexão mais atenta e cuidada lá acabamos por distinguir pontos comuns entre as histórias. Mas pontos que não vangloriam o povo português. Com estes feitos, fica-se com a ideia de que, para um português conseguir ser alguém e chamar a atenção, tem de andar numa bancada com umas cuecas vermelhas por cima da roupa ou então em cima de uma bicicleta com um sensual e lindíssimo fato de lycra, bem ajustado ao corpo. As imagens não são propriamente agradáveis, é certo. Mas se não for assim, somos votados ao esquecimento. A fama tem o seu preço e é demasiado elevado. Se queremos ser famosos temos de fazer figura de parvo.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Eyes wide shut...

Já toda a gente deve ter passado pela feliz e parva experiência de adormecer num local público. E quem disser o contrário, das duas uma: ou não sai de casa ou então, simplesmente, está a mentir. Adormecer na praia é banalíssimo; dormitar no cinema também não é nada de anormal. Outro dos sítios onde também se dorme muito bem é nas salas de aula. Estudante de Direito que nunca tenha adormecido numa aula nunca há-de ser um bom jurista. A essência do jurista culto de que tanto nos falaram assenta também na ideia de um jurista descansado, que medita de olhos fechados, abstraindo-se de tudo o que o rodeia. O problema de se adormecer num local público é que fazemos uma figura ainda mais parva ao acordar. É comum vermos pessoas a erguerem a cabeça quando estão deitadas na praia, com a baba a escorrer para a toalha e com aquela expressão facial inconfundível de quem não sabe onde está. E isto é muito grave. Uma pessoa acordar e não ter a perfeita noção das horas nem do local onde se encontra deve ser das piores imperfeições com que o Criador nos brindou. Fica-se sem a noção da realidade envolvente e, se por vezes dizemos algo que não queremos quando estamos a dormir, a verdade é que quando estamos a acordar também dizemos coisas ridiculamente cómicas. Só isto poderá explicar algumas das propostas que os nossos deputados levam a votação na Assembleia da República. Um deputado que acorde repentinamente e diga uma asneira corre o sério risco de ver a sua asneira aprovada por unanimidade no Parlamento já que os outros deputados, ao serem bruscamente acordados para a votação, não conseguem ter o discernimento necessário para saberem o que estão a aprovar. E se a votação for da parte da tarde, ainda será pior. O ser humano deveria ter a opção "Hibernar", tal como os PC's, para que, mal acordassemos, o nosso cérebro já estivesse a funcionar a 100%. Mas não temos e é uma pena.

terça-feira, 29 de junho de 2010

E depois do adeus...

Até podiamos ter a sorte de ganhar, mas a verdade é clara como a água: a Espanha é e foi melhor. E depois da inevitável derrota, cada jogador sofreu à sua maneira. Uns ajoelharam-se no relavado, chorando, enquanto que outros cuspiam no "cameraman". Ou seja, se as manifestações de tristeza não foram propriamente homogéneas, todas elas acabam, no entanto, por ter algo em comum: a produção e libertação de fluidos orgânicos. Continua a faltar um líder e alguém que diga ao Ronaldo para não rematar à baliza do meio campo. Não sei porque é que o Ricardo Carvalho e o Bruno Alves subiam nos livres, já que o CR só remata à baliza. É que se marcasse golo até entendia. Assim não. A braçadeira deveria ser entregue imediatamente ao Eduardo. Depois de tanto ter criticado o Eduardo, agora dou o braço a torcer. Assim, até já o queria no Benfica.



segunda-feira, 28 de junho de 2010

Salvem o burro!

Ao assistir a todas estas conferências de imprensa que surgem da África do Sul e que envolvem protagonistas que falam o português, confesso que comecei a ficar muito preocupado com o estado a que a nossa língua chegou. Dão-se mais pontapés na gramática que nas bolas. Os jogadores da nossa Selecção deveriam aproveitar o programa das Novas Oportunidades para se instruirem um bocado. É que até o pobre jogador da Coreia do Norte que teve meia dúzia de aulas de português consegue expressar-se melhor na língua de Camões que a maior parte dos jogadores da nossa Selecção. Mas o cúmulo da violência "gramatical" para com o português ocorre nas conferências de imprensa do Dunga. Se o novo acordo ortográfico é para aproximar a "nossa" língua da língua "deles", então não há dúvidas de que o português está em vias de extinção. No futuro passaremos todos a tentar comunicar em sociedade com o tipo de linguagem utilizado pelo Dunga e pelo Jorge Jesus. Vai ser uma espécie de Torre de Babel dos tempos modernos. Fico ainda mais preocupado quando vejo que a nossa Ministra da Educação desmente que se esteja a tomar uma política de facilitismo nas escolas e que os alunos sejam "obrigados" a passar de ano. A crise chegou até para quem é burro. Se o animal propriamente dito enfrenta uma árdua luta contra a extinção, a verdade é que o "asno humano" parece caminhar para o mesmo fim. Já não se pode ser burro nas escolas portuguesas. Por muito que os aspirantes a burros se esforcem, nunca conseguirão ter sucesso. Não adianta ter inúmeras negativas, não saber escrever e expressar-se através de um vocabulário composto quase na totalidade por palavras como "ah?", "ah!", "sim" e "não" (o "talvez" já é muito rebuscado), porque acabam sempre por sofrer na pele a "ira implacável" de professores maldosos e desumanos que insistem em passar os burros. O elevado coeficiente de burrice, as asneiras ditas nas aulas e a ignorância demonstrada nos exames são factores de valorização para este Governo que tenta convencer o Mundo que Portugal é país de sobredotados. Apenas os Ministros são atrasados. Os burros são forçados a terem até mais do que a escolaridade mínima obrigatória. É uma discriminação total e uma enorme falta de consideração por quem nasce com o dom de ser asno. A tradição de jovens com 16 anos a frequentarem o 5º ano está para acabar. Com tanto facilitismo, a profissão de professor tem os dias contados. A educação passará a ser avaliada por correspondência. Vai-se ao Google "sacar" um trabalho feito por outra pessoa e fica-se com o 9º ano concluído.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Amigos, amigos...

Afinal o Samba e o Vira do Minho deram lugar à Bossa Nova e ao Fado. Alegria houve pouca durante o jogo mas ainda se viram bons golpes de Capoeira. No final ninguém ficou desagradado... Excepto aqueles desgraçados no Parque das Nações. Passar a fase de grupos sem sofrer golos... Marca histórica! Mais ainda se tivermos em conta que o defesa direito era um tal de Ricardo Costa. Não sofrer golos assim só se for por milagre. Que venha agora a Espanha. Estou confiante. Se uma padeira conseguiu dar uma tareia a essa gente, então 23 "marmanjos" também devem conseguir.