quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estalada, estaladinha, estaladão...

Parece um feitiço mas não o é. Jesus pecou e todo o mundo assistiu ao seu pecado. Contudo, é preciso ter em atenção que Jesus pecou mas não errou... até porque lhe acertou em cheio. Jesus pode ter toda a paciência do mundo para conviver entre romanos, árabes e judeus. Porém, os seus últimos actos mostraram que ainda não tem maturidade suficiente para conviver entre brasileiros e argentinos. O "salvador" irá ser punido, certamente. Não é preciso chegar ao ponto de o crucificar mas umas chicotadas parecem-me castigo suficiente. O que me causa uma certa alegria é ver os comentários inflamados de um certo treinador de um certo clube que passa a vida a falar do Benfica em vez de se preocupar com a sua equipa. Fico com a ideia de que Villas-Boas fala mais no Benfica que o próprio Jorge Jesus. Villas-Boas chora porque o Benfica tem mais protagonismo na comunicação social; chora porque diz que o Benfica é ajudado pelos árbitros e a ele ninguém o ajuda; chora porque se sente perseguido pela Comissão de Disciplina que insiste em castigá-lo pelo simples facto de ser expulso do banco. Villas-Boas nunca foi treinador do Porto. Ele sempre foi apenas a marioneta de Pinto da Costa, que só fala quando o mestre mexe os dedos e só diz aquilo que o amo quer que diga. Se tivesse de comparar Villas-Boas a um quadro, ele seria o Menino da Lágrima. O penteado até é parecido. E as virgens ofendidas do Dragão (pura ironia, claro está, já que toda a gente sabe que no Dragão há de tudo menos virgens...) querem que Jesus seja punido de igual modo a Hulk e Sapunaru. Mas esqueceram-se de referir qual punição: a primeira ou a atenuada? É que, para mim, o Luiz Alberto também não é um interveniente no jogo. Ele parecia um tractor a derrubar tudo o que era jogador do Benfica durante o jogo. E que se saiba, um tractor não é considerado interveniente no jogo. Ouvir o Pinto da Costa dizer que do Benfica só queria o Elmano Santos faz-me deixar de acreditar que podemos recuperar terreno em relação ao Porto. Dado o passado deste senhor, com a sua apetência para receber árbitros ajudando-os a pagar as dívidas do pai, é caso para pensar que o campeonato já era. Não nos podemos esquecer que Pinto da Costa disse exactamente a mesma coisa sobre João Moutinho quando ele jogava no Sporting. E agora já está no Porto. Elmano Santos também já deve estar contratado. Se fosse outra pessoa qualquer a dizer tal coisa, a frase seria de um humor bastante refinado. Sendo Pinto da Costa, tratou-se apenas de um mero descuido verbal sobre o secretismo de tal negócio. E depois de tanto falarem de João Ferreira, eis que o senhor do apito resolveu agraciar Villas-Boas com mais uma prenda. Não é estranho que um árbitro se dirija ao banco do Porto mesmo antes de começar o jogo para cumprimentar Villas-Boas, depois de este ter colocado em causa todo o seu carácter, qualidade e profissionalismo? Bem, parece que agora é normal. Se fosse ao Jesus, o árbitro já estava comprado. Como foi ao Villas-Boas, tratou-se apenas de um cumprimento cordial e um gesto bonito. E para quem tanto fala em túneis e penalties da época passada, aqui ficam uns meros dados estatísticos. Na época passada, o Benfica teve sete penalties a favor e o Porto teve cinco. Sendo que apenas um desses sete penalties serviu para o Benfica ganhar o jogo, que foi em Leiria. Bom, esta época o Porto tem seis penalties e o Benfica também... Afinal, parece que não. O Benfica só tem dois penalties. Curiosamente, na tabela dos penalties, em segundo lugar aparece o Leiria com cinco, o tal outro clube que também perdeu pontos por tentativa de corrupção. Coincidências. Ora bem, os dois penalties a favor do Benfica não tiveram influência na atribuição dos pontos. Já o Porto, em seis penalties, três serviram para ganhar o jogo por 1-0. A super-equipa de Villas-Boas que assenta nos poderes sobrenaturais de Hulk bem se pode queixar da falta de empurrões. Em caso de dúvida, não há dúvida. Marca-se e depois vê-se se tinham ou não fundamento para marcar penalti. Se acertarem, óptimo. Se não acertarem, a viagem ao Brasil ninguém lhes tira. Alguém falou em fruta? Nem se admite tal coisa. No ano passado, o Benfica foi levado ao colo. Este ano, o Porto é levado ao empurrão. E toda a gente sabe que ao empurrão se chega bem mais depressa do que a ser levado ao colo. Palmadinhas? Sim. Mas só na "frutinha"...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Portáteis, saca-rolhas e modas...

Horrível, monstruoso e tenebroso. Este recente crime que gerou a indignação e a revolta da sociedade portuguesa promete dar ainda muito que falar. Psicólogos e psiquiatras terão neste crime muita matéria onde explanarem as suas mirabolantes teorias. E é preciso ter muita imaginação para se conseguir explicar aquele horrível acto. Certamente que nos próximos dias teremos montes de notícias em jornais onde se falará sobre o porquê de o ser humano ser capaz de elaborar e praticar um crime tão horrendo. Eu próprio tenho a minha teoria. O mundo da fama não dá saúde mental. A fama cria loucos e insensatos e é fonte de perdição para quem quer subir na vida a qualquer custo. Só isso poderá explicar o facto de alguém ter chegado ao ponto de cometer esse crime horripilante: chamar Lyonce Viiktórya a uma filha. Luciana Abreu e Yannick Djaló mostraram ao mundo a sua faceta mais pérfida e obscura, pois com o simples baptismo eles afastarão a criança de qualquer caminho de sucesso no futuro. O que fizeram à filha não se faz a ninguém. Podemos não gostar dos filhos; podemos até abandoná-los em qualquer sítio. Mas chamar-lhe Lyonce é desumano. Quando questionada sobre a escolha de tão famigerado nome, Luciana Abreu limitou-se a responder que Lyonce é uma fusão de Luciana e Yannick. Ou eu sou muito parvo (e admito que o seja) ou esse nome tem tanto de fusão de Luciana e Yannick como o meu tem. Pensando bem, acho que até o meu próprio nome tem mais a ver com essa suposta fusão que Lyonce. Se fosse Beyonce até entendia e aprovaria com gosto. Mas Lyonce... Coitada da rapariga. Tem um nome que mais parece resultar da fusão de leão com onça. O que até faria sentido já que o pai joga no Sporting cujo símbolo é o leão e a mãe, segundo dizem, tem um feitio muito peculiar, bem ao género dessa fera de nome onça. E se o primeiro nome já era horrível, então o segundo bate recordes na tabela dos desequilíbrios mentais. Viiktórya. Temos dois "i", um "k" e um "y". Aprender a ler e escrever daria uma grande ajuda a estes pais na escolha de nomes. Há crimes que deveriam ser punidos com prisão perpétua. E um desses deveria ser o mau gosto. Ainda para mais quando se estraga o futuro de uma criança. Contudo, nesta história nem tudo é mau. Sabermos destas histórias leva-nos a dar ainda mais valor aos nossos pais e ao seu exímio bom gosto relativamente a nomes. Imaginem que os nossos pais tinham aderido a esta brincadeira da fusão de nomes. Já me estou a imaginar a ser tratado por Mariuel, fusão de Maria com Manuel. Muito pior do que brincadeiras com saca-rolhas. Se deixam esse nome ser aprovado no registo civil, então estaremos mesmo entregues à bicharada.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E tudo o banco levou...

2011 começa com campanhas. Ou melhor, deveria começar com campanhas. Contudo, aquilo a que temos assistido nos últimos dias é mais digno de um espectáculo circense do que propriamente com campanhas eleitorais. Na luta pela cadeira do poder, a palavra mais utilizada é "banco". Denota-se, desde logo, um claro retrocesso ao nível do mobiliário político. Há candidatos que são acusados de pertencerem ao gang do BPN; outros são acusados de pertencerem ao gang do BPP; e há ainda outros que são acusados de extremismo político. Dá a sensação de que no dia 23 não iremos eleger o próximo Presidente da República; parece, isso sim, é que vamos dar poderes ao próximo Vito Corleone de Portugal. Não irá ganhar, com certeza, o mais inocente nestas histórias todas mas antes ganhará o menos culpado. Se não é o candidato madeirense a trazer algum humor a esta campanha, este país ficaria ainda mais monótono. Simpatizo com o homem e até acho que deveria ganhar já que tem um argumento muito forte a seu favor: não esconde que é palhaço, ao contrário dos outros candidatos que tentam parecer sérios. Nenhum dos candidatos merece ganhar e a única pessoa que poderia tomar conta do país não se quis candidatar: o director do jardim zoológico de Lisboa. De todas as pessoas deste país, acho que é a única com capacidade e experiência para liderar esta bicharada toda que anda por aí. Se o país está entregue à bicharada, porque continuamos a ostracizar as únicas pessoas competentes? Deixemos os "tachos" para os cozinheiros e não os entreguemos a economistas ou poetas. Não conheço um economista ou um poeta que saiba cozinhar bem. Os primeiros, porque cortam demasiado nos ingredientes e nas quantidades; os segundos, porque enquanto declamam um poema, deixam queimar o refugado.
E agora falemos de quem merece. Mourinho ganhou o prémio de melhor treinador do mundo de 2010. Nada mais justo. Ainda para mais ganhando a dois espanhóis. Arrogante, provocador, polémico. Mas o melhor. Temos o melhor treinador do mundo, um dos melhores jogadores do mundo e o melhor empresário de jogadores do mundo. Por que raio continuamos a sentir-nos pequenos?
Para terminar faço uma pergunta: onde é que o Mourinho costuma estar durante os jogos? Pois é, no banco. Como vemos, todas as notícias explosivas deste novo ano andam sempre relacionadas com "bancos". Não há maneira de eles nos largarem.