segunda-feira, 31 de maio de 2010

Electricidade requintada...

Continuamos a copiar apenas as piores medidas que se tomam por essa União Europeia afora. As boas não praticamos no nosso país. Só para sermos originais. O preço da electricidade desce cerca de 4,5% em quase todos os países da União. Mas no nosso país o preço aumenta 1,5%. Ainda acham que é muito barata a electricidade por cá. É uma medida à medida de Sócrates, passe a redundancia. Aumentar o preço da electricidade é uma boa medida para acalmar um pouco a contestação no país e "dar um cheirinho" de velha e boa censura. Aumentando o preço, as pessoas vão deixar de poder ver tantas horas de televisão. Assim sendo, vão ter de optar entre deixar de ver as novelas ou os telejornais. Claro que as audiências dos telejornais irão baixar porque cá em Portugal só vemos programas de interesse nacional e de elevado conteúdo cultural: novelas. Deixando de ver o telejornal, as pessoas não estarão informadas sobre as recentes asneiras de Sócrates e a contestação há-de diminuir. Passaremos a deixar de poder ler jornais à noite porque não poderemos ter a luz acesa durante muito tempo. Menos tempo para ver as "estaladas" que Sócrates nos vai dando. Além disso, como passaremos a carregar menos vezes o telemóvel, é quase certo que ficaremos sem bateria alguns dias e já não conseguiremos ler as SMS que nos mandam a combinar a hora e local das manifestações contra o Governo. Aparecerá menos gente a confrontar o Sócrates e a comunicação social deixará de se interessar por tal coisa. Se tudo isto não é censura, então não sei o que censura significa. Será que a nossa electricidade é assim de tão boa qualidade que justifique este aumento? Terá a nossa electricidade melhor qualidade que a electricidade alemã, por exemplo? Nós não queremos electricidade topo de gama. Queremos electricidade "rasca", da mais barata que houver. A electricidade "gourmet" que fique para quem tem dinheiro. Não quero electricidade que provenha de barragens onde a água que faz funcionar as bobinas seja límpida e cristalina, onde se conseguem ver todos os peixes existentes e que fica numa zona declarada património mundial pela ONU. Para mim, as bobinas até podem funcionar apenas à base da corrente de esgotos ou de um simples rio poluído. Ficamos à espera que os chineses se interessem por esse ramo do comércio. Quando uma loja de "chinesices" tiver nas suas prateleiras a distribuição de electricidade, eu serei um dos seus primeiros clientes. Mas eles interessam-se mais por bandeiras portuguesas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quem avisa... merece castigo!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e mudam-se também as formas de insultar os árbitros. Ainda sou do tempo em que o insulto passava por referir a profissão duvidosa da mãe; passava também por lhe chamar carinhosamente boi preto e de perguntar se precisam de óculos; e o insulto acabava sempre por meter a mulher do desgraçado ao barulho. Esta história toda vem a propósito de uma notícia que surgiu nos últimos dias em que, supostamente, vários sujeitos mandavam SMS aos árbitros a insultá-los e ameaçá-los. Indivíduos que estão agora a ser julgados. Curiosamente, o conteúdo de uma das SMS que foi considerada das mais ameaçadoras e repugnantes dizia o seguinte:"Sei que a tua mulher está sozinha em casa...". Isto é um insulto? Ou ameaça? Desde quando? Acho que é bom os árbitros saberem que quando estão fora de casa as suas esposas não "convidam" o padeiro ou o homem do gás para entrar. O facto de elas estarem sozinhas é bom sinal. Assim como é bom saber que há pessoas anónimas dispostas a vigiar a casa sem ser preciso pagar nada. É só coisas boas. Mas eles não gostaram! Antigamente, dizia-se aos árbitros para irem para casa porque a sua querida esposa estava a dar abrigo a um moçambicano. E em resposta víamos amplos sorrisos estampados nas caras dos homens do apito. Sorrisos trocistas. E agora que lhes dizem que afinal a sua querida esposa está sozinha em casa, eles levam a mal e vão fazer queixinhas aos tribunais. Se dizemos que a mulher é uma badalhoca e não deixa arrefecer a cama, eles não nos levam a sério. Se dissermos que a mulher é fiel, eles levam a mal. Cada vez percebo menos o ser humano. Um dia hão-de receber uma SMS a dizer que o canalizador não foi apenas mexer nas torneiras lá a casa e eles nem vão ligar. Nem a isso nem ao facto de terem pão sempre fresco em casa e não terem gastos nenhuns com isso. Se eles não conseguem ver isto, como é que vão conseguir ver um penalti ou um fora-de-jogo?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Meio bilhete, s.f.f...

Estou a pensar criar um grupo no Facebook intitulado "Pessoas que não querem concertos na Queima". Se repararmos bem, a supressão dos concertos só traria benefícios à maioria dos estudantes. Até mesmo a quem já não é estudante. Eu, pessoalmente, já sou contra concertos porque não consigo chegar a tempo de ver nenhum. Estou a mentir... Consigo ouvir os derradeiros acordes da última música que está a ser tocada. Mas ainda que chegasse a tempo iria preferir sempre a música pimba que se ouve nas barracas. E, normalmente, no estado em que a maior parte do pessoal entra no Queimódromo, já não dá para distinguir entre Quim Barreiros e os Franz Ferdinand. Começa tudo a parecer a mesma coisa. Começamos a misturar a "Garagem da vizinha" com o "Take me out". E se pensarmos mais um bocado, os concertos só servem para que os bilhetes de entrada fiquem ainda mais caros. O dinheiro que se pouparia se não contratassem aquelas bandas e o próprio palco já poderia servir para nos pagarem ainda mais bebidas nas barracas. Ou mesmo cachorros e pães com chouriço. O preço dos bilhetes poderia ser reduzido em cerca de 70%. Em vez de pagarem balúrdios ao Quim Barreiros para lá ir actuar, poderiam pagar 10€ a um caloiro e ele cantava as mesmas músicas e com mais ânimo. E a um preço bem mais baixo. Os gajos da FAP não têm olho para o negócio. Aposto que se fizerem um inquérito, a maior parte das pessoas irá preferir bilhetes mais baratos a concertos na Queima. Se eu quiser ouvir um concerto vou a um dos muitos festivais de Verão. Na Queima o que queremos é emborrachar-nos... ainda mais. Aliás, muitos dos estudantes que vão à Queima acabam por ir também ao Rock in Rio. E aí já vêm concertos. É uma vergonha termos aquele palco enorme no recinto do Queimódromo, quando todo aquele espaço poderia ser utilizado para colocar mais barracas e mais casas de banho. Mais barracas originavam maior oferta de bebidas e havendo maior oferta os preços teriam forçosamente de baixar devido à concorrência. É a lei de mercado que defende isto. E mais barracas significariam também mais miúdas decotadas a servir bebidas. Pagar tanto dinheiro e não ver concertos é que não tem lógica. E como continuaremos a chegar tarde à Queima, mais vale pedir apenas meio bilhete. Quem quiser entrar a partir das duas da manhã no recinto só deveria pagar metade.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ut semper...

Que os nossos políticos são músicos, creio que já não é propriamente novidade para ninguém. Música não tem faltado aos portugueses sobretudo da parte do senhor quase engenheiro. Mas o facto de serem bailarinos é que já é uma grande novidade. Em plena capital espanhola, quando confrontado a propósito da "aliança" com o PSD para a tomada de medidas mais severas, o nosso Primeiro-Ministro teve a graciosidade de dizer que para se dançar o tango são precisas duas pessoas. Mas eu ainda acrescentaria mais alguma coisa à frase de modo a reforçar a ideia de Sócrates: são precisos dois para dançar o tango mas basta um para nos deixar de tanga. Depois de ter sido aprovado o casamento homossexual, o que nos faltava mesmo era ver o Sócrates e o Passos Coelho com aquelas roupas justas, muito agarradinhos, deixando-se levar por todo aquele ambiente sensual... e, claro, Sócrates com uma rosa na boca. Se a rainha Santa Isabel fosse viva, o seu milagre teria mais impacto na sociedade. Assim que a rainha chegasse aos seus aposentos, um T1 numa habitação social, vinda do seu emprego numa fábrica que já não paga salários à 3 meses, e com um monte de dívidas no regaço, o rei lhe perguntaria: "Santo Deus! Por ventura trazeis vós mais dívidas, mulher?" Ao que a santa rainha lhe diria:" São os Rosas, senhor...!" No fundo, esta alegoria do bailarico com tangos só serve para termos plena consciência de que estamos a passar de país desenvolvido da Europa para um qualquer país em vias de desenvolvimento da América do Sul. Por isso é que o Benfica aposta tanto em argentinos. Eles aqui sentem-se em casa. Não precisamos de TGV's, nem de aeroportos ou auto-estradas. Precisamos, isso sim, de novos clubes de danças latinas. Transformaram o Palácio de São Bento na maior escola de tango da Europa. Logo vi que aquelas caras sisudas com que Sócrates e Passos Coelho saiam das reúniões no palácio não poderiam resultar apenas de horas de debate político. Aquilo era a face visível de pura exaustão de horas e horas em tangos. Mas que José Sócrates tenha cuidado. O estado do país e as previsões para os próximos tempos são mais propícios à Lambada que ao Tango.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

E a profecia cumpriu-se...!

Rendam-se às evidências, seus hereges!!! ;p A maior equipa do Mundo e provavelmente os melhores adeptos do Mundo...!!! CAMPEÕES!!! CAMPEÕES!!!