quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010...


Já cheira a 2010. Um Grande 2010 para todos, inclusivé para o Carlos Queiroz e companhia que nos hão-de dar muitas alegrias este ano. Beijos e abraços.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal...

Um óptimo Natal para toda a gente. Pelo menos para aqueles que tiveram a infeliz ideia de visitar este blog. ;)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ATENÇÃO!!!

O autor deste blog deixou de ser o Zé Ninguém para passar a ser o Doutor Zé Ninguém...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Ius abutendi...

E se um soutien também fosse capaz de servir de máscara de protecção contra a Gripe A? Bem sei que a ideia parece parva mas nos E.U.A., Japão, China e Índia a palavra "parva" deve ser das mais utilizadas. Desta vez, nos E.U.A., uma médica que nasceu e cresceu na Ucrânia e cujos pesadelos envolvem sempre o desastre de Chernobyl, resolveu transformar esse objecto de culto masculino na mais recente arma contra a propagação da epidemia. Com apenas dois ou três movimentos, consegue-se transformar um soutien em duas potentes máscaras. E não são umas máscaras quaisquer. Ficamos com duas máscaras de renda preta ou vermelha. Muito fashion. Não sei se a medida irá ser eficaz mas uma coisa é certa: vai ser a alegria de muitos tarados sexuais cujo fetiche consiste em meter o nariz em soutiens, sobretudo usados. Longe vão os tempos em que o vestuário servia apenas para que o ser humano não andasse nu por aí. Agora até a peça mais básica terá forçosamente de ocultar outra funcionalidade. Soutiens e Gripe A são uma mistura explosiva realmente. Vai passar a ser normal vermos as mulheres a tirarem o soutien em espaços públicos sempre que ouvirem um espirro. Se esta moda pegar, com a quantidade de mulheres que temos na Assembleia da República, quando alguma pobre alma espirrar ou assoar o nariz em plenário, vamos ter um verdadeiro espectáculo de soutiens a serem desapertados e aquele lugar nobre parecerá uma casa de strip. Mais ainda... Parece que já estou a ver a Manelinha a desapertar o soutien de forma extremamente sexy... Va, não consigo imaginar tal horror. Esta medida só traz um problema. O crime de abuso sexual terá aqui uma atenuante. Quando estivermos numa disco, com todos aqueles decotes a rodear a fraca carne do homem, se alguém espirrar e nós colocarmos as mãos nas mamas das "moças" isso já não será considerado abuso sexual porque poderemos sempre alegar que nos queríamos proteger da Gripe A e a jovem possuia o único meio necessário existente nas proximidades para a referida protecção. Passamos a ter direito de abusar. Para seduzirem um homem elas já não precisarão de andar decotadas. Basta chegarem perto deles e perguntar-lhes se querem brincar com a "sua máscara de protecção". Só grandes invenções. O que virá a seguir? Fio dental que se transforma em cinto de segurança?

sábado, 28 de novembro de 2009

Homo theoreticus...

Uma das coisas mais tristes que pode acontecer é faltar a electricidade. A verdade é que já quase ninguém passa sem esse elemento de comodidade e felicidade. Basta estarmos uns minutos sem electricidade e quase que se gera o pânico na população. E só nesses momentos é que nos damos conta da enorme dependência da electricidade. Sobretudo quando ela falta durante a noite. Quando estamos às escuras, completamente desorientados, a primeira coisa que fazemos é tentar acender a luz. É mais forte que nós. Sabemos perfeitamente que não há electricidade mas mesmo assim parece que a nossa mão ganha vida própria e vai carregar no interruptor. Para nos sentirmos mais parvos ainda. Mas as cenas tristes não se ficam por aí. O mundo parece completamente parado e não sabemos o que havemos de fazer. Surge uma ideia: vamos ver um DVD. Olhamos para a televisão e logo começamos a auto-flagelação de insultos. Já que não dá, vamos para o computador. Outro estalo na cara. Vamos colocar o telemóvel a carregar. Mais um insulto. Não estamos preparados para estar muito tempo sem electricidade. Quando ela falta parecemos umas baratas tontas. Claro que há excepções. Há alturas em que se não houver electricidade até não nos importamos. Mas, regra geral, bastam dez minutos sem conseguirmos ligar a televisão para entrarmos em pré-depressão. Uma coisa que nunca acontece é faltar a electricidade quando precisamos que ela falte. Quantas vezes faltou a luz durante os exames? Nem uma vez. Quantas vezes faltou a electricidade quando estamos a tomar conta de putos terrivelmente melgas e eles nos estão a dar uma tareia na PlayStation? Nem uma. Se não a desligarmos muito discretamente ainda estamos sujeitos a passar maiores vergonhas. Isto tudo resume-se a uma conclusão: já não sabemos viver sem electricidade. Há quem diga que radical é escalar montanhas, fazer Rappel ou Bungee Jumping. Mas o que é mesmo radical é tentar urinar às escuras. Podemos ter alguns pontos de referência mas é sempre uma aventura "mudar a água às azeitonas" quando não vemos o alvo. Podemos arranjar sempre a solução da luz do telemóvel. Mas ela não é eterna e apaga-se de repente... E o pânico que daí advém pode conjurar um desastre natural. Com a aflição de acendermos novamente a luz, é quase certo que haverão danos colaterais.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Grex ovium...

Já se sabia que as crianças inglesas não são propriamente dotadas a nível de raciocínio. Não são. As suas capacidades intelectuais estão geneticamente limitadas. Tantos anos de monarquia não poderiam fazer bem a um povo, sobretudo quando uma mulher está há tantos anos sozinha no trono e o seu sucessor é o Carlitos. A prova do referido "atraso" das crianças inglesas revelou-se quando lhes fizeram a pergunta:"Quem foi Hitler?". E uma das respostas que muitos alunos deram foi:"Hitler foi seleccionador da Selecção alemã de futebol". Esta pergunta demonstra duas graves falhas. Primeiro, fica demonstrado que os professores de História ingleses são piores que os portugueses. E em segundo lugar, ficou também demonstrado que os putos ingleses não percebem nada de futebol. Esta situação nunca ocorreria nas escolas portuguesas porque até a besta mais atrasada neste país tem um conhecimento razoável de futebol e nunca cairia no erro de dizer tal barbaridade. Até porque o manual de leitura mais consultado nas escolas portuguesas é o diário desportivo, quanto mais não seja para ver a miúda que aparece despida na penúltima página. No meu tempo, só apareciam fotos de jogadores no jornal e por isso é que dávamos tanto valor às miúdas que andavam connosco na escola e andavamos sempre atrás delas. Agora não. Até o desportivo traz miúdas despidas e de grande qualidade visual. Por isso é que eles depois olham de lado para as companheiras da escola e torcem o nariz. Com aquela base de comparação elas não têm hipótese. As expectativas ficam demasiado altas. E também é por isso que se fala cada vez mais em casamentos homossexuais. Bom, mas confundir Hitler com o seleccionador da Alemanha só revela que a praga que os portugueses lhes rogaram já está a produzir efeitos. Os portugueses não se esqueceram daquela história do Mapa cor-de-rosa nem do Tratado de Methuen. Mandarem para cá farrapos à troca do nosso valiosíssimo Vinho do Porto? Então fiquem lá com filhos asnos! Se Hitler era o seleccionador então quem era o Himmler? Era o adjunto? E as SS? Eram a claque organizada de apoio... E a Eva Braun seria uma espécie de "Paula", a dos estágios da selecção portuguesa. Mas Hitler utilizava uma táctica que nunca poderia resultar no futebol mundial porque utilizava muitos "extremos direitos"... Uma piada táctica. E porque até a resposta mais parva acaba por ter alguma conexão com a realidade, a ideia de Hitler ser seleccionador da Alemanha até lhe assenta bem. De facto, o que Hitler mais fez na vida foi selecções: ele seleccionava aqueles que eram alemães de "raça pura" daqueles que não o eram; seleccionava aqueles que eram judeus e aqueles que não eram. Tem uma certa lógica. Há seleccionadores, como o Queiroz, que são "queimados" pelas suas escolhas, por aqueles que selecciona. No caso de Hitler era precisamente o contrário. Ele queimava os seleccionados. Imaginem agora o Hitler a fazer aquele anúncio ridículo em vez do Scolari em que este está a convocar o "Manel do talho", o "Quim da padaria" e o "Zé engenheiro" para o Mundial. Claro que no caso do Hitler ele iria convocar o "Manel cigano", o "Quim testemunha de Jeová" e o "Zé judeu".

sábado, 31 de outubro de 2009

A idade é um (o)posto...

Um homem e uma mulher casaram na Somália. E da maneira como anda o mundo, daqui por uns tempos o facto de duas pessoas de sexo diferente se casarem é que vai ser algo de estranho. Espero estar enganado. Mas este casal foi notícia porque a noiva tem 17 anos, o que é algo muito raro na Somália. Já o noivo tinha uns comuns 112 anos. Se tivermos em conta de que a esperança média de vida na Somália é de 46,9 anos para os homens, deduz-se facilmente que Ahmed Muhamed Dore já viveu praticamente o equivalente a três homens da Somália. E ainda tem força para andar por aí de roda no ar. Eu descofio seriamente da idade destes africanos já que muitas vezes não corresponde à realidade. Normalmente, costumam ter cinco anos a mais do que aquela idade que declaram, o que é muito comum sobretudo naqueles que praticam desporto. Se é o caso de Ahmed, a situação torna-se ainda mais grave. Estaremos na presença de alguém que nasceu no séc. XIX; de alguém que trata o rádio como "modernices". Bom, mas Ahmed diz que não forçou a jovem a nada, até porque duvido de que tivesse forças para alguma coisa. Ahmed diz que utilizou apenas a sua experiência pessoal para convencê-la do seu amor. De facto, este senhor deve ter muitas histórias para contar. E 112 anos a bater coros devem dar-lhe já um certo estofo nesta matéria. Porém, Ahmed utilizou basicamente o argumento da hereditariedade para convencer a jovem: disse-lhe Ahmed que já tivera casado com a bisavó e com a avó da jovem e que já tivera um caso fugaz com a sua mãe. Só faltava ela. E a filha dela que há-de nascer um dia. Isto tudo é gravíssimo. Mais de 70 anos de diferença de idades deveria ser considerado pedofilia. Não devem ter grandes coisas em comum. A não ser o facto de ela "perder os três" antes dos 19 e ele ter "perdido os três" no séc.XIX. Este senhor é um ordinarão. Gosta delas bastante mais jovens que ele. Que arranje uma mulher da idade dele, esse velho caduco. Se bem que não deve ser fácil, sobretudo num país onde as mulheres só costumam viver até aos 50 anos. Mas isto também não é desculpa. Este velho tarado que procure noutro país. Que fale com a Lili Caneças. Se é calor no leito que ele quer, que peça para ser cremado.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Frustra canis...

Eu tento arranjar outros temas para os posts que nada tenham que ver com religião. Tento mesmo. Mas não adianta. Ligo a televisão e estão a falar de religião; leio o jornal e lá falam de histórias caricatas envolvendo a religião; vou à net e lá não faltam referências a factos estranhos sobre "religiosos". As religiões andam parvas. Ou melhor, as pessoas responsáveis por essas religiões. Sobretudo no que diz respeito à Igreja Católica. Vamos por partes.
Em primeiro lugar, tivemos um "fantástico" debate entre Saramago e o padre Carreira das Neves. Um debate digno do Gato Fedorento. Muita cordialidade entre duas pessoas ultrapassadas. No fundo, aquele debate só serviu para fazer publicidade a esses dois grandes romances que prometem vender imensas cópias nos próximos meses: o "Caim" e a "Bíblia". Está a dar-se muita importância, mais uma vez, a esse senhor de apelido Saramago que, apesar de ter boas ideias, passa a vida a dizer mal de tudo. Ele é que é perfeito. Portugal não serve para ele. E ainda bem que ele foi para Lanzarote. Quando vem cá só diz asneiras. Colocou em causa o país, agora coloca em causa a Bíblia e o "Barbinhas"... Não me admirava nada que amanhã este senhor coloque em causa a reputação da sua própria mãe. Qual é o espanto de vermos um comunista a falar mal de Deus? Para mim a notícia seria bombástica se Saramago se convertesse.
Ponto 2: foi detido o padre Fernado Guerra, sendo acusado de posse ilegal de armas. Em sua casa foi descoberto um verdadeiro arsenal de luxo, capaz de fazer corar muitos líderes das favelas brasileiras. Muitos paroquianos referiram-se ao padre como um autêntico "gangster" americano. Mais uma vez fico a pensar que a culpa de tudo isto é da rigidez da Igreja Católica. É por causa disso que o padre Fernando Guerra deve ter confundido epístolas com pistolas. Se o Deus da Bíblia é vingativo e implacável, então o padre Fernando Guerra anda a espalhar a Sua palavra... Este senhor enganou muitas paroquianas. Muita mulher da sua paróquia foi induzida em erro ao pensar que aquele inchaço que se notava sob a sotaina na zona púbica do padre se devia aos seus talentos naturais. Quando souberam que afinal se devia a uma pistola, a desilusão era evidente na cara da maioria.
Ponto 3: a Igreja Católica vai aceitar padres anglicanos casados e reconhecê-los dentro da sua estrutura. Tudo para acalmar um pouco as hostes em relação aos anglicanos. Isto não é parvo? Então e os padres "normais" não poderão agora exigir igualdade de tratamento? Sim senhor, a religião é para todos mas as mulheres são só para alguns. Os anglicanos vão poder dormir com os pés quentes, com alguém com quem partilhar o calor corporal. Os padres "normais" vão ter de continuar a pagar por companhia. Não é justo. Uns podem pecar e outros não. Assim não custa ser padre anglicano. É só coisas boas. Boas isenções fiscas, bons benefícios por parte da população e boas mulheres. Mas, e se algum padre anglicano decidir casar...com outro homem?? Será que o Papa também vai reconhecer o casamento homossexual? Isto de ser verdade e incontestável tudo o que o Papa diz é uma grande treta. A infalibilidade papal é daquelas coisas que de mais parvo existe. Quem é que no seu perfeito juízo, em pleno século XXI, acha que um ser humano não erra? Ainda para mais um Papa com um certo historial de extrema direita...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Expensae litis...

Há coisas engraçadas. Olho para a televisão e vejo que ela tem dois anos de garantia. O aparelho de música também. O telemóvel, o computador e o leitor de Mp3 desfrutam do mesmo prazo para garantia. Até a "pen" que me custou quatro euros tem dois anos de garantia. E quantos anos de garantia têm os submarinos que comprámos? Um anito... Das duas uma: ou estes submarinos não são para serem usados ou então quem assinou o contrato de compra dos submarinos confia mesmo no trabalho dos alemães. Um mísero ano de garantia. Porque é que não os compraram na Worten ou na Rádio Popular? Comprei um DVD virgem por poucos cêntimos e dão-me dois anos de garantia. Basta apresentar o talão de compra. Será que já perderam o talão dos submarinos? Como é possível uma coisa que custou poucos cêntimos ter dois anos de garantia enquanto aquele supositório gigante que vai andar debaixo de água com pessoas a bordo durante horas seguidas só ter um ano? Por um lado até se entende. Afinal, os submarinos só custaram 832,9 milhões de euros. Uma pechincha... Uma coisa assim tão "barata" não deve ter problema algum, de certeza. Ou, como já referi, confiámos demasiado nas pessoas. Acho que se não entrar água nos submarinos já vamos ter muita sorte. E então se eles sempre funcionarem vai ser mesmo qualquer coisa de espectacular...!!! Ficamos foi sem saber se nesses 832,9 milhões de euros já estão contabilizados os cerca de 34 milhões de euros que foram desviados para parte incerta. Os submarinos ainda não chegaram mas já afundaram dinheiro. Quase que dá para ouvir os Beatles a cantarem:"We all live in a yellow submarine". Mas o nosso submarino não deve ser amarelo. Da maneira como andou a ser desviado dinheiro destinado à compra dos mesmos, de certeza que eles vão ser azuis, da cor do saco de Felgueiras. Ou da cor do CDS-PP... Coincidências.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Dum tela micant...

Gostava de saber quem foi o infeliz que deu o meu número de telemóvel à D.G.S. e não me avisou de nada. Haviam de lhe cair os dentes todos. Anda agora uma pessoa a ser constantemente incomodada com mensagens de uma tal de D.G.S.. É que ainda por cima não se identifica. A única coisa que se sabe sobre essa pessoa são umas iniciais muito suspeitas. Pensava que a D.G.S. tinha dado lugar à G.N.R.. Estava enganado. Voltando ao tema, foi uma brincadeira de muito mau gosto darem o número sem avisar. É que andam sempre a mandar a mesma mensagem, sempre a repetir-se. Podiam ao menos alterar o conteúdo. Se por um lado até entendo que se brinque com a Gripe A já que é um assunto "in", por outro lado fico indignado com os insultos que a D.G.S. me anda a dirigir. Mandar-me mensagens a dizer para eu reforçar as medidas de higiene? Mas o que é isto??? Estão a dizer que cheiro mal?? É gravíssimo recebermos este tipo de mensagens insultuosas. Um banho por mês chega perfeitamente. Aliás, o banho mensal é uma grande medida de prevenção. Quantos menos banhos tomarmos, menor é a probabilidade de constiparmos com correntes de ar. Logo, é menor a probabilidade de apanharmos Gripe A. Esta ministra da Saúde é uma vergonha. Encerra-nos urgências e maternidades, mantém as taxas moderadoras e obriga-nos a ficar em casa se tivermos sintomas de gripe. Já não pode uma pessoa envaidecer-se e mostrar a toda a gente que também tem Gripe A? Temos de nos manter na clandestinidade, à espera do 25 de Abril do H1N1. Preferia que mandassem mensagens antes de eu pedir uma francesinha especial com batatas a dizer:"Cuidado, olha o colesterol...". E quando quisesse pedir um bolo outra a dizer:"Cuidado com os diabetes, gordito!". A D.G.S. que guarde essas mensagens para avisar as pessoas sempre que o médico de família não vá trabalhar, o que acontece com alguma frequência. Esperamos um mês por uma consulta, chegámos ao centro de sáude e dizem-nos que "o Doutor informou que iria faltar". Mas informou quem? A mim ninguém me disse nada! Não recebi nenhuma mensagem do médico a dizer que ia faltar. Mas nestas situações já não há mensagens da D.G.S. para ninguém.

sábado, 26 de setembro de 2009

Certaminis gaudia...

Afinal, quem é que anda travestido? O Sócrates dizia que era o Jornal Nacional. Por seu lado, o Marques Mendes disse que o PS é que anda travestido. Esta campanha eleitoral acaba por ficar marcada por homens que se vestem de mulheres. O que me preocupa é o seguinte: que casas de reputação duvidosa é que os nossos políticos andam a frequentar para tanto falarem de travestis? Será que a crise já chegou à classe política ao ponto de os nossos políticos já não terem dinheiro para as tradicionais prostitutas? Vão passar a andar com travestis? Por isso é que eles já querem adoptar o casamento homossexual. É que o aspecto negativo de experimentar coisas diferentes é mesmo o de se ficar a gostar. Contudo, esta alegoria do travesti até encaixa muito bem como a verdadeira imagem do real estado do país: estamos mascarados de uma coisa que não somos, andamos a tentar mostrar que somos uma nação desenvolvida quando estamos muito atrasados; a maquilhagem, por muito que se use, não disfarça as imperfeições naturais, por isso não adianta construirmos aeroportos, linhas do TGV e auto-estradas pois isto não faz com que o dinheiro nos apareça nos bolsos; e, tal como os travestis, Portugal tem algo na sua intimidade que, por muito que se tente esconder, acaba sempre por ser notada, que é o défice das contas públicas. Somos um país travestido recheado de políticos mascarados. Mas é bom notar que os nossos políticos também vão evoluindo, que não falam sempre das mesmas coisas a que já ninguém liga tipo saúde, educação ou economia. Até esse dinossauro da política e criminologia portuguesa chamado Valentim Rex Loureiro vem falar em espermatozóides. O nível de linguagem da política aproxima-se a passos largos do nível das conversas de café. O que aumentará claramente o interesse pela política. Mas se o Marques Mendes é realmente um espermatozóide que anda por aí perdido, é bom que o Ministério Público averigue quem foi o ordinarão que o soltou em público. É um fluido natural, sim senhor; é biodegradável, também; mas fazer essas coisas em público é que não pode ser. Sendo a política um mundo de homens, estas bocas de travestis do Sócrates e do Marques Mendes deixam uma dúvida no ar: será que a Manelinha é mesmo uma mulher?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Escutas ou voyerismo?

A curiosidade afinal não é apenas um grande defeito das camadas mais baixas da sociedade. Onde menos se espera haverá sempre alguém atento às conversas, aos movimentos... Para logo de seguida contarem tudo o que se passou, ponto por ponto, vírgula por vírgula. Até no Palácio de Belém temos bufos. Depois de o acessor do Presidente da República ter sido demitido por alegadamente andar a vigiar o Cavaquinho, fica-se com a ideia de que vivemos num Big Brother, onde todos os nossos movimentos são controlados por um ser invisível. Mas fica a pergunta no ar: não haverá gente mais interessante para vigiar do que o Presidente da República? Tudo bem que ele é a pessoa mais importante do Estado, mas acho que as conversas dele devem ser tudo menos interessantes. E os momentos de intimidade entre o Cavaco e a Maria não devem ser, com certeza, um bom espectáculo. Porém, há fetiches e fantasias para todos os gostos. Só que este tipo de voyerismo é estupidamente ridículo. Não controlem mais políticos. A vida deles é simplesmente um tédio. Se as suas rotinas diárias fossem como a do Berlusconi, aí sim teríamos grandes espectáculos. Porque em Itália é que a Lei da Paridade é bem aproveitada. Elas são escolhidas a dedo, atendendo aos seus "volumosos" talentos. Ninguém conseguiu entender esta atitude do Cavaco precisamente porque não deu explicação nenhuma, logo ele que tanto gosta de falar quando não deve. O mistério fica no ar. Quanto a nós, comuns e anónimos cidadãos, temos de ter cuidado com as nossas conversas. Se ouvirem ruídos estranhos no telemóvel durante alguma chamada, não se apoquentem. Provavelmente, isso deve-se ao facto de terem um telemóvel muito fraco.


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bonum summum...

Mais uma bomba vinda directamente da TVI, mas desta vez não está relacionada com a extinção de um jornal: a Júlia Pinheiro disse numa entrevista o seguinte que passarei a citar: ""Uma canção para ti" é aposta de continuidade"! Porque será que deste canal não sai nada em condições, nada que ajude o país? Até a Selecção passou a ter dificuldades desde que os jogos passaram a ser transmitidos pela TVI. Como este canal pertence a uma empresa espanhola, mais ênfase ganha o adágio de que de Espanha nem bom vento nem bom casamento. Mas esta revelação da Júlia Pinheiro é algo tão grave que ameaça até desviar as atenções sobre as campanhas eleitorais. Vamos ser obrigados a ver mais uma centena de emissões deste programa horrível e cansado. Já não bastava termos o tempo de antena e aqueles programas eleitorais? Para piorar a situação, o Manuel Luís Goucha vai fazer dupla com a Júlia Pinheiro. Isto é um enorme atentado ao pudor. Este tipo de programas destroiem as noites dos nossos fins-de-semana. A televisão portuguesa em canal aberto durante esse período de tempo é mais que miserável, dado que os outros canais também irão manter programas do género para haver concorrência. Concorrência para saber qual será o programa mais parvo, onde as pessoas fazem mais figuras de urso. Aos sábados e domingos à noite, a nossa televisão é inundada por pessoas que cantam pior que a Floribela e por pessoas que dançam bem pior que eu... Com estes programas não acaba o Sócrates...UPS! Queria dizer era a direcção da TVI... Já não chegavam as trezentas novelas por dia? Parece que não. Vamos ser obrigados a ver novamente um grupo de frustrados que sempre sonharam ser o novo Emanuel. Ou então umas jovens armadas em santinhas, que choram por criancinhas passarem fome e acabam a pôr silicone nas mamas e a aparecerem em revistas pouco católicas. Era preferível que voltassem os Big Brother's. Porque lá os animais sempre estavam em cativeiro.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Auras diverberat...

Muito se tem falado sobre a Ministra da Educação. E quase sempre as palavras sobre a senhora e o seu ministério são tudo menos agradáveis. Critica-se o estado da Educação em Portugal, questiona-se o nível de conhecimentos dos alunos portugueses. E a área onde mais se fala em sub-rendimento é a Matemática, para não variar. Números e contas, as grandes perdições dos portugueses. A culpa de tanta ignorância deve-se também, como não podia deixar de ser, à crise. O facto de os portugueses não terem dinheiro para gastar, o problema de não terem nada nos bolsos além de lenços sujos por causa da Gripe A, leva a um grande retrocesso na evolução da mentalidade científica dos portugueses. Quando tinhamos pouco dinheiro éramos uns especialistas na área porque estavamos obrigados a fazer inúmeras contas para saber quando e onde investir uns míseros patacos. Mas agora que já não temos nada, essa questão já não se coloca. Há uns anos atrás estavamos de tanga. Agora, até isso nos tiraram. E, como é óbvio, quando estamos nus a última coisa que nos passará pela cabeça serão números e contas. Mas também estou a ser injusto e quiçá exagerado. Os políticos tiraram-nos a tanga mas em contrapartida deram-nos o rendimento social de inserção. Deixam-nos nus e dão-nos dinheiro. Isto é o mais flagrante caso de prostituição social desde o Grito do Ipiranga. E a aposta no Simplex em detrimento do clássico Correio Postal, também serve para nos rebaixar mais ainda: depois de sermos abusados pelo Governo, acordamos e encontramos dinheiro não na mesa de cabeceira, mas na conta bancária. Pior que nós em contas, só mesmo no Afeganistão. Já tinha começado a desconfiar disso quando começaram a enviar para lá alguns agentes da Guarda Nacional Republicana. As suspeitas confirmaram-se quando se ficou a saber que nesse país uma simples recontagem dos votos eleitorais demoraria qualquer coisa como seis semanas... São bem mais rápidos a planear atentados.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vestis virum facit...

Chama-se Lubna Ahmed al-Hussein e nasceu no Sudão, esse belo país que há-de ficar em algum ponto do planeta Terra. O que torna esta mulher especial? Trata-se de uma jornalista que escapou a 40 chicotadas. Bem sei que apenas isto não a tornaria especial. Aqui em Portugal também há muitos jornalistas que mereciam bem mais chicotadas. A Manuela Moura Guedes e o seu escudeiro Vasco Pulido Valente seriam das primeiras pessoas a saborear o chicote. Mas Lubna foi notícia por ter sido condenada a uma multa de 140 euros por usar calças, multa essa que se transformou em dias de cadeia por ela se ter recusado a pagar. O tribunal sudanês considerou que as calças são "roupa indecente". A alguns milhares de quilómetros do Sudão, num país chamado Portugal, acontece precisamente o oposto. No país de Afonso Henriques, o tal que batia na mãe, há mulheres a serem perseguidas e condenadas por tirarem as calças. Continuam as investidas contra as casas de "companhia fácil", sendo presas e até deportadas algumas das trabalhadoras que muito suam para garantir o seu salário. Esta será talvez a maior diferença cultural entre Portugal e o Sudão, o uso ou o não uso das calças. Se a globalização é uma realidade, vamos ter de chegar a um consenso com o Sudão. E nesta história nós é que estamos mal. Temos de deixar em paz as mulheres que gostam e querem tirar as calças. Será a solução para ultrapassarmos a crise. Ou então para não pensarmos nela. Estamos a ser demasiado conservadores. Até porque as pessoas que condenaram e continuam a condenar essas mulheres, são as primeiras a recorrer a essas casas alternativas na procura da "equidade". Aprendamos com os sudaneses. Eles é que sabem. Vamos punir as mulheres que usem calças. Mas não é puni-las com chicotadas porque para muitas delas isso não será propriamente um castigo. As mulheres que usarem calças não poderão ir às compras. Deve ser castigo suficiente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Una voce...

Imaginem a seguinte situação: vocês estão prontos para sair de casa, devidamente vestidos e perfumados depois de terem demorado apenas dez minutos a arranjarem-se; juntamente convosco está um grupo de pessoas igualmente impacientes para irem para o "gandaio". Está toda a gente na sala à espera de um ser infeliz que demora a aprontar-se e que atrasa consideravelmente a hora de saída. O tempo vai passando enquanto a criatura se vai produzindo e o sono vai apoderando-se de todos os corpos presentes na sala. Até que, após várias horas de espera, surge a criatura na sala com o maior dos sorrisos por estar finalmente pronta para sair de casa. E qual é a primeira palavra da "criatura"? Será que pede desculpa pelo atraso? Será que se desfaz em mil perdões por nos ter feito esperar? Não. Este ser atrasado apenas abre a boca e solta um ligeiro "Vamos lá?". Bom, aquilo que tenho reparado é que toda a gente tem esta reacção. Até eu próprio já o fiz várias vezes. O que me leva a acreditar que o ser humano não é apenas palerma como também é parvo. Não adianta sabermos perfeitamente que estamos atrasados que o nosso subconsciente irá sempre convencer-nos a dizer o "Vamos lá?". Engraçado era alguém sair-se com esta frase e quem está à espera dizer: "Não, já não vamos sair. Depois de tanto tempo à espera decidimos ir ver televisão. As televendas estão melhor que nunca. Animadíssimas..." O pior de tudo é que estas frases parvas nos saiem com uma naturalidade assustadora.
Isto faz-me desejar que o D.Sebastião nunca apareça. Depois de tanto tempo à espera que ele nos venha salvar da crise, eu até já tenho medo que a primeira coisa que ele diga quando chegar seja:"Vamos lá?". Continuo a preferir o "We can". Mas da maneira como gostamos de trabalhar e caso D.Sebastião falasse inglês, ele não diria "We can" mas sim "Week-end".

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Tempora acta...

Eu não sou pessoa de ler revistas cor-de-rosa. Longe de mim tal coisa! Sou completamente contra esse tipo de revistas que não têm nada de cultas, onde até as palavras-cruzadas estão relacionadas com pistas sobre a vida alheia. A única coisa inteligente que se retira daqueles textos é o segredo de manter a mente feminina ocupada durante dias e dias seguidos, alheando-as de todos os assuntos que nós homens não queremos que elas se debrucem. Bom ,estava eu a folhear uma dessas revistas (por puro engano) quando me deparo com uma citação do ser humano mais plástico desde a criação do BigMac: a tia Lili Caneças. Este ser "esticado" dizia na revista que planeava viver até aos 200 anos. Portugueses! Depois de termos perdido Raúl Solnado, estamos prestes a perder esse grande vulto da cultura cor-de-rosa que marcou gerações! Se o que ela diz for verdade, só devemos ter mais 5 anos de Lili Caneças, que fará no próximo mês de Setembro 195 anos. Esse é precisamente o número de plásticas que a referida musa do Jet Set nacional já realizou. Mas pior que essa afirmação é a foto que acompanha o artigo. Como é possível publicarem uma foto da Lili Caneças em triquini?? Não há ninguém que censure tal coisa?? Acho que nem a múmia da Cleópatra se encontra num tal estado de decomposição. Mostrar o corpo é uma coisa bonita até certa idade. A partir dessa idade as pessoas deviam ser pagas para aparecerem o mais vestidas possíveis. Tudo por uma questão de saúde pública. Os cadáveres não devem andar destapados por aí, ainda para mais nesta época de altas temperaturas. Até a Maya já aparece nas capas de revistas masculinas. Mas porquê?? Como é possível?? Ela nem sequer devia aparecer num ínfimo canto de uma dessas revistas, quanto mais na capa! O que se passa com este tipo de revistas? A Maya?! Querem tornar impotentes os portugueses? É desta forma que o Governo vai aumentar a natalidade deste país?! Parece-me que tudo isto faz parte de mais uma medida anti-natalista do Tio Sócrates. Uma medida que visa também o aumento da concentração no trabalho para os funcionários públicos. Porque assim que estes forem à net, durante o expediente, procurar sites ordinários, ao encontrarem as fotos da Maya eles vão logo desligar os computadores e concentrarem-se no trabalho para esquecerem a horrível visão que tiveram.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Scelus omnia vincit...

Portugal é um país de personagens únicas, invulgares. Os genes lusos incutem um tremendo carácter de originalidade a quem os possui, fazendo com que não existam dois parvos iguais. Este perfil psicológico invulgar transforma-nos nos maiores criadores de cenas inocente mas muito estupidamente parvas. Umas destas "aves raras" é Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras. Este ser iluminado que acaba de ser condenado a 7 anos de prisão, vai ser novamente candidato à referida Câmara. Isto porque os portugueses são tão boas pessoas, mas tão boas pessoas, que até arranjam "tachos" para os criminosos. A gente séria não merece. Mas o Isaltino demonstrou durante todo este processo que é uma personagem fora do normal e que merece mesmo um novo mandato. Se estivessemos no tempo da Monarquia e caso Isaltino fosse rei, haveriam várias hipóteses para o seu cognome. Ei-las:
Isaltino, o Patriarca: durante o processo, o autarca foi acusado de ter uma conta na Suiça cujo dinheiro depositado era de "origem incerta". Isaltino defendeu-se, dizendo que a conta era da irmã e do sobrinho. Este homem é um exemplo para o mundo nesta época de descrença e da decadência dos valores morais. Isaltino "adoptou" também as contas dos familiares e gere-as como se fossem suas! É que parecem mesmo dele! Compra, investe, transfere. E o capital sempre a aumentar. Um bom exemplo de uma família feliz.
Isaltino, o Poupado: segundo Isaltino, o crédito na conta que detinha na Suiça dizia respeito a dinheiro que havia sobrado das campanhas eleitorais. Quando vemos o Presidente da República a vetar o novo diploma do financiamento partidário, fica aqui mais um bom exemplo de boa gestão. Não é necessário gastar tanto dinheiro em isqueiros, canetas, aventais, bolas e baralhos de cartas nas campanhas. Também é possível poupar e colocar essas poupanças a render na Suiça. Como diz o povo, no poupar é que está o ganho.
Isaltino, o Precavido: em plena crise económica, seria possível que Isaltino cometesse o erro de depositar o dinheiro num banco português? Nada disso. Isaltino é astuto, tem visão e não correria riscos de perder o dinheiro ganho com "muito suor" num qualquer banco falido português. Por isso escolheu um banco suiço. Não há sítio onde o dinheiro esteja mais seguro. Dava um bom ministro da Economia...
Isaltino, o Político: afastou-se do governo de Durão Barroso em que era ministro, depois desta famosa conta na Suiça ter sido descoberta e pelo facto de Isaltino não a ter declarado ao Tribunal Constitucional. Nesse preciso momento, assumiu que não iria exercer qualquer cargo público enquanto estivesse a decorrer o processo. Como bom político que é, Isaltino não cumpriu a promessa. Logo de seguida tornou-se presidente da Câmara de Oeiras. A política consiste em dar o dito por não dito, em não honrar os compromissos. E Isaltino é um "expert". Se bem que, da maneira como ele se apoderou de Oeiras, a presidência da Câmara não será um cargo público mas antes um caso de gestão privada.
Isaltino, o Bem-educado: a boa-educação exige que não recusemos uma oferta, um presente, qualquer que seja ele. A cavalo dado não se olha o dente. Por ser bem-educado, Isaltino acabou por ser condenado por abuso de poder e corrupção passiva, apenas por ter aceite um cheque de 4 mil euros e um terreno oferecido pela Câmara de S.Vicente, em Cabo Verde. Neste país até a boa-educação é crime.
Isaltino, o Parvo: às vezes, quando estamos muito concentrados em nos defender de críticas e ataques pessoais, acabamos por "dar tiros nos próprios pés". A exaltação do Ser Humano baixa consideravelmente os níveis de atenção relativamente àquilo em que pensamos e que dizemos, e acabam por sair verdadeiras "pérolas" do humor mais parvo que pode haver. Isaltino foi confrontado pela juíza por alegadamente ter andado a fugir ao Fisco. E o que diz Isaltino? Que é tudo mentira? Que é uma cabala contra ele? Que o Fisco se enganou? Não. Nada disso. Isaltino assumiu ter fugido ao Fisco e disse que "todo o bom português o faz". Que grande desculpa. Sim, senhor! Há pessoas que fogem ao Fisco e elas servem de desculpa para eu fazer o mesmo. Aliás, eu ando aos tiros aqui na aldeia porque vejo o pessoal na televisão a fazer o mesmo... Ó Isaltino.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Nihil sub sole novi...

Estava eu muito descansado a passear numa ruela e a ver as montras quando ouço uma voz não muito longe de mim que dizia:"Ó Manel, deixa-me só comprar esta santinha". De facto, cada vez mais me convenço de que vivemos num país de corruptos. A verdade é que aqui toda a gente se vende e toda a gente se compra. Já não é a velha questão das cunhas; é a questão das compras. Até os santos são corrompidos. Por um punhado de trocos podemos ter qualquer santo em casa; podemos escolher o tamanho do santo, a cor, os milagres que trazem consigo. No fundo, as imagens dos santos não são mais do que barbies para gente crescida e com fé. Há pessoas que enchem a casa com santos, alguns deles repetidos até. E há pessoas que fazem o mesmo com as barbies. Será que rezar para uma imagem torna a reza mais credível? Será que o Todo-Poderoso atenderá em primeiro lugar as preces de quem tem imagens de santos em casa? Nesse caso, começo a desconfiar que Ele deve ter alguma percentagem nas vendas das imagens... Tipo Cristiano Ronaldo.
Há expressões que não são muito felizes e esta de comprar santinhos é um bom exemplo disso. Se o Ministério Público tiver conhecimento destas frases, o mais provável é termos os santos a serem alvo de escutas telefónicas para descobrirem a que tipo de subornos eles estão sujeitos. Acho muito bem. Porque o problema não é só com "cafés com leite" ou "frutinhas". Sei de fonte segura que o Pinto da Costa também falava em comprar santinhos nas escutas telefónicas. Mas não eram imagens de santos. Ele referia-se era ao Martins dos Santos. Por estas e por outras é que a religião está cada vez mais descridibilizada. Onde já se viu o Papa a comprar um santo?... Se aliarmos isto ao facto de as pessoas deitarem esmolas nas imagens dos santos em capelas e igrejas, deixa de haver dúvidas de que já não há santos como antigamente. As pessoas estão dispostas a fazer de tudo por um milagre, inclusivé a subornar. E os santos lá se deixam corromper. Há até santuários onde os santos ficam tão felizes, mas tão felizes com as generosas esmolas que recebem que até oferecem grandes automóveis aos padres responsáveis pelas igrejas...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Rarus fidus amicus...

Quase que me sinto um criminoso pelo facto do meu blog ser dos poucos que ainda não falaram do ex-ministro Manuel Pinho e da sua majestosa actuação naquele antro de palhaçadas a que chamam Assembleia da República. Mas o que me preocupa não foi o gesto do Pinho; o que me deixa pensativo são as companhias do ex-ministro. Um dia depois do Pinho ter sido apanhado com um lindo par de chifres, vem o Berardo dizer (para toda a gente ouvir) que ofereceu a presidência da sua fundação ao viking do Governo. Nada mais justo se tivermos em conta que foi o Pinho que ofereceu um balúrdio pela Colecção Berardo, dando muito mais do que aquilo que ela realmente valia, desgraçando ainda mais o Estado mas fazendo o seu amigo feliz. E o mais importante neste mundo são as amizades. Por isso, até fica bem ao Berardo demonstrar toda a sua gratidão. Costuma-se dizer que amor com amor se paga. Estranho é o facto do Berardo dizer que deu a notícia em primeira mão à esposa do Pinho, mesmo antes de falar com o próprio. Desculpas à parte do Pinho estar ocupado, esta não é uma boa altura para se ter conhecimento de que há homens que falam com a esposa do Pinho sem ele saber de nada. Tinha de ser logo a seguir àquele gesto? Acho que ele já andava desconfiado de alguma coisa. Se ele fosse comunista até se entendia, afinal eles têm de partilhar tudo... Agora, num governo socialista não fica bem. As preocupações sociais não servem de desculpa. Pinho irá ser sempre lembrado como o ministro da "cabritinha". Em poucos meses, as imagens mais marcantes que passaram no mundo sobre Portugal foram o apertar do pescoço de um diabo ao árbitro auxiliar e agora os galhos do Pinho. É esta a imagem que queremos do país? Os políticos andam a denegrir perigosamente a imagem do nosso Portugal. Primeiro diziam que andavamos de tanga. Agora, já metem cornos ao barulho. Cornos, de tanga e mão de obra barata. Começo a desconfiar de que somos todos umas prostitutas de rua...


domingo, 12 de julho de 2009

Quae patitur meruit...

Há reportagens que dizem mais que um milhão de palavras. E reportagens sobre mães adolescentes dizem ainda mais algumas. Miúdas de 12 e 13 anos a dizer que queriam engravidar já é algo suficientemente preocupante. Não há ninguém que lhes diga que as bonecas dão menos trabalho? Esta juventude não perde tempo. Chegam ao sétimo ano e ficam possuídos. Quando tinha 12 anos jogava ao esconde e ao apanha. Agora, eles também jogam ao apanha. A diferença é que, antigamente, elas fugiam. Actualmente, ou não fogem ou são elas que correm atrás deles. E depois aparecem grávidas.
Nos intervalos da escola as conversas evoluíram bastante. Naquelas famosas tertúlias em que se juntam muitos seres do sexo feminino, elas perguntam umas às outras o que vão fazer no fim-de-semana. Umas dizem que vão andar de patins, outras dizem que vão ao cinema, outras vão jogar PlayStation... Mas há uma que diz:"Olha, este fim-de-semana vou engravidar. Apetece-me." A ideia de sexo seguro nesta idade passa por ter relações em Dezembro porque nessa época não há cegonhas para trazerem bebés. Podiam jogar ao pião, ao berlinde, tocar às campainhas e fugir, fumar umas drogas... Mas não! Vão engravidar! Por outro lado, também se poupa algum dinheiro em festas, porque elas quando vão à comunhão solene aproveitam para baptizar a criança. Mas claro que a culpa não é só delas. Apesar de nessa idade elas terem mais maturidade que eles, isso não é desculpa para eles pensarem que a sua arma de chumbos só serve para assustar e não para aleijar... Ou de que em vez de balas só têm fulminantes... Depois elas acontecem e passam a ter de comprar dois ActionMan: um para eles e outro para o filho.
Como se isto não fosse já suficientemente mau, ainda há casos em que elas não têm a certeza de quem é o pai da criança. Palavras para quê...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pabulum animi...

Antigamente, os adeptos do Benfica era catalogados de pessoas do povo, gente simples e não muito culta. O benfiquista era descrito na Bíblia como "todo o ser que passa a vida em roulotes, agarrados à bifana e à cerveja". Circulavam rumores que para se ser sócio do Benfica era exigido que dissessem dez palavrões numa mesma frase; outros afirmavam também que a palavra "aprumo" só fazia sentido no universo benfiquista se fosse nome de algum reforço. Mas essas pessoas estão totalmente enganadas. Os últimos acontecimentos no Benfica mostraram que os benfiquistas não são aqueles selvagens que andam por aí a rebentar petardos; têm mostrado, isso sim, que para se ser simpatizante do Glorioso é necessário ter um Q.I. acima da média. Ao benfiquista é exigido um vasto conhecimento em áreas como a Ética e o Direito. Só seres iluminados como os benfiquistas falam sobre estatutos, arranjam forma de contornar os estatutos e formas de impugnar actos eleitorais. O benfiquista é um ser pensante, que discute em pleno café os regulamentos estatutários, o seu cumprimento ou incumprimento; o benfiquista fala em providências cautelares; o benfiquista fala em efeitos potencialmente suspensivos da providência cautelar... Isto não é cultura?? Entre um e outro tremoço o adepto benfiquista discute o processo eleitoral do clube. Já não se limita a falar da contratação de jogadores. Isso já são problemas menores. O benfiquista já começa a filosofar, já discute a essência das coisas. A que ponto se chegou...
Mas a problemática dos estatutos não é a única que ocupa a mente do "lampião". Nós também nos debruçamos sobre questões relacionadas com Direito da Família. E tudo isto porque o candidato da lista B acaba de se intitular "pai da BenficaTv". Mas será mesmo o pai? Será a águia Vitória uma tão grande ordinarona que nem sequer saiba quem é o pai da criança,o Vieira ou o Carvalho? Acho que só com um exame de ADN é que isto se resolve. Porém, pode o candidato da lista B ser apenas o pai afectivo. O que causará ainda mais problemas. Serão os laços afectivos mais fortes que os laços de sangue? Depois do caso Esmeralda temos agora um caso BenficaTv. Só espero que o tribunal não requeira o perfil psicológico dos dois candidatos a pais... Acaba tudo internado e o Benfica sem candidatos...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eles comem tudo...e não deixam nada...!!! ;p

Campeões!!! Campeões!!!... Campeonato e Taça... Dobradinha. ;p Pena ser o azul a única cor a dar-me alegrias esta época. Eh,eh,eh...



quinta-feira, 25 de junho de 2009

O homem que mordeu...o moina!!!

Oeiras: terra de boa gente, onde se situa o forte de São Julião da Barra; a terra do Estoril Open e do Estádio Nacional... E a partir de agora, Oeiras também é conhecida por lhe pertencer o primeiro caso de ataque à dentada a um guarda. Não há dúvida de que os criminosos estão cada vez mais criativos e imprevisíveis. Mas atacar moinas à dentada? Aposto que a oposição vai já começar a dizer que a culpa deste incidente é do Governo por causa dos cheques dentários que anda a oferecer. E com razão. Se o pessoal não tivesse os dentes saudáveis nada disto aconteceria porque à primeira tentativa para morder alguém, os dentes caiam. Isto é também um sério aviso aos agentes da autoridade para que cuidem melhor da sua silhueta. É que em noites como estas de grandes arraiais, quando o pessoal que já tem dois copitos vê um guarda com toda aquela barriguinha, a primeira coisa que eles pensarão é em costeletas, fêveras e entremeada, com toda aquela gordura a escorrer... E depois é óbvio que surgem ataques como estes. Os guardas passarão a combater o crime de pistola, de bastão e de... açaime. Mais uma despesa para o Estado. Ai se a Paris Hilton sabe que em Portugal já há guardas que foram mais comidos que ela...


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Obscurum per obscurius...

Investigadores norte-americanos acabam de confirmar aquilo que já muita gente desconfiava mas para o qual não tinham ainda nenhuma prova científica: os portugueses possuem um gene a mais que todos os outros habitantes do terceiro calhau a contar do Sol. Este gene que temos a mais que os outros e que é propriedade única dos tugas, podia ser o gene que fizesse de nós mais inteligentes, mais audazes ou mais criativos. Mas não. Ficou provado que o gene é apenas responsável pelas atitudes parvas dos lusos perante as grandes tragédias. Caiu um avião no meio do Atlântico. E toda a gente, desde o jornalista mais competente ao último habitante da aldeia mais remota do país, o que querem saber é se havia portugueses a bordo. Nada de anormal até aqui. A grande diferença para os outros povos do mundo é que eles ficam contentes quando sabem que não há ninguém da sua nacionalidade entre os acidentados. Por outro lado, parece-me que os tugas só ficam contentes quando descobrem que havia um portuguesito lá no acidente. No mínimo, alguém que tenha um tetravô português, alguém que conheça um português ou que tenha apenas comprado algum produto de Portugal. Mas tem sempre de haver alguma coisa na tragédia que remeta para o nosso país. Caso contrário, fico com a ideia de que a tristeza nos invade. Quando o avião caiu e se descobriu que um português não tinha embarcado porque tinha o passaporte caducado, só faltou os jornalistas o agredirem por ter perdido o vôo. Lá se foram 3.000 horas de reportagem.
E foi em completa euforia e felicidade que os jornalistas informaram o país que finalmente se confirmou o segundo caso de gripe A em Portugal! Já andava toda a gente preocupada pela falta de casos positivos da doença por cá, pela grave falta de sorte do país... O jornalista não conseguiu disfarçar um sorriso de pura alegria. As primeiras manifestações de alegria já vão surgindo, com pessoas a pintarem a cara com a letra A e a inundarem os Aliados fazendo um grande arraial com cânticos de:"Tomem lá! Também temos gripe A!"...
Somos um povo parvo. Eu sou parvo. Tu és parvo(a). Eles são parvos. Somos todos parvos. Já ninguém se lembra do jovem Martunis, aquele que se salvou do tsunami e que apareceu, segundo dizem, com a camisola de Portugal. Na altura, só faltou nomearem o rapaz de príncipe de Portugal. Não faltavam pessoas dispostas a trazê-lo para cá e adoptá-lo. De Portugal, ele recebeu casa, dinheiro, comida e roupa lavada. Hoje em dia, se calhar, mora na rua e passa fome. Já passou de moda. A não ser que haja outro tsunami para aqueles lados, o rapaz nunca mais irá ser tema em Portugal... Que reze ao Senhor por mais um terramoto.

sábado, 30 de maio de 2009

Ne quid nimis...

E o circo chegou novamente à cidade. A tradição, afinal, ainda é o que era em algumas coisas. Quando se trata de circos, a população continua a ter aquele sentimento de curiosidade relativamente ao que se passará no espectáculo deste ano. E este ano parece que as surpresas ainda são algumas. Porém, o espectáculo já não decorre debaixo da tenda. Agora, de acordo com os novos ideais modernos, o "show" acontece dentro de quatro paredes de um edifício majestoso... O convidado especial é Oliveira e Costa. Este famoso ilusionista da gestão veio mostrar mais uma vez os seus dotes na arte de enganar multidões. A sua mais recente ilusão denominada de "Desvia & Siga" promete divertir e encantar o país e o mundo durante muitos anos. Foi giro ver reunidos na mesma sala, algures na Assembleia, todo o tipo de artistas circenses: malabaristas da economia, contorcionistas fiscais, ilusionistas monetários, não esquecendo os bailairinos políticos e os trapezistas das offshores. Tudo numa grande animação. O Oliveira e Costa deve ter também uma costela de palhaço. Bastava ele abrir a boca para dizer uma simples palavra e surgiam logo gargalhadas na sala. Depois das imagens que passaram na televisão de toda aquela boa-disposição, é bom que entendamos de uma vez por todas que estas comissões de inquérito que existem na Assembleia da República não servem para averiguar nada; elas apenas existem para que os bandidos que estão na Assembleia matem saudades dos bandidos que foram detidos. Será que os deputados não têm vergonha na cara de saberem que estão a ser filmados para todo o país e estarem assim numa amena cavaqueira e num ambiente de completa camaradagem e boa disposição com um bandido do pior? Um homenzinho que em cada três frases tem uma que é a gozar com os portugueses? Hummm... Os deputados não gostam é de ser mauzinhos. Gostam de parecer sempre simpáticos...
Oliveira e Costa diz que não sabe o que é uma offshore. E ninguém esperaria que ele soubesse. Ou agora vamos exigir a um gestor de um banco que saiba o que é essa coisa complicadíssima que dá pelo nome de "offshore"? Claro que ninguém que trabalha na gestão de empresas sabe o que isso é. Quem percebe muito disso são os jardineiros e pescadores. Esse senhor ainda vai tentar aproveitar este programa das "Novas oportunidades" para estudar mais um bocado... Depois, para terminar a sua fantástica actuação na Assembleia da República, o Oliveirinha acaba dizendo que ia pedir uma bicicleta para se exercitar na prisão. Eu acho que ele já vai bem servido e não precisa dela para nada. Afinal, com os patins que os "amigos" lhe puseram, vai poder ficar bem saudável lá na cadeia...
Para concluir, e para juntar mais um facto estúpido e parvo a esta semana já bem recheada, o nosso seleccionador diz que temos de ganhar a essa fortíssima selecção da Albânia. Para tal, convocou quatro guarda-redes e apenas dois avançados... Quatro guarda-redes??? É o que dá fazerem as convocatórias no fim do almoço. Precisamos de ganhar, de marcar golos... e convoca-se quatro guarda-redes. O futebol está mesmo muito moderno e diferente do meu tempo. Sim, porque eu ainda sou do tempo da televisão a preto e branco, das chicletes Gorila a dez escudos e da ideia de que para ganhar e marcar golos era necessário convocar avançados. Modenices...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Magister morum...

Se num dia defendemos que devia existir a disciplina de educação sexual nas escolas, no dia seguinte estamos a criticar uma simples professora só porque foi uma grande ordinarona na aula! Não entendo. Os portugueses não são capazes de se decidir. Vamos falar de sexo ou não vamos falar de sexo? Ou melhor, não é de sexo. É de sexualidade. Mais giro e menos agressivo. Estamos a ser demasiado sérios, demasiado puritanos. Que mal tem fazer umas perguntas sobre factos do passado das raparigas numa aula de História? Não é esse o fundamento da disciplina? Provavelmente a professora queria tomar como exemplo a perda da virgindade das alunas para explicar o processo da perda da independência de Portugal: a ambição de uma das partes leva à produção de factos que enfraquecem a parte contrária de modo a sujeitá-la às suas pretensões e ao seu domínio. E como estas questões de lutas normalmente envolvem derramamento de sangue... E quando questionou os rapazes acerca do estado em que encontravam a roupa interior quando acordavam, tudo isso estaria relacionado com a explicação sobre as nossas pretensões ultramarinas no tempo do Estado Novo: o sonho estava lá, a ambição era muita mas o objectivo ficava para lá da nossa imaginação. Resultado: tinhamos os cofres cheios mas o povo passava fome...
Tudo bem que não são os melhores exemplos que a professora poderia ter utilizado para explicar as matérias. Mas, como em todas as profissões, temos bons e maus profissionais.
Depois, lá vem a senhora Ministra da Educação com aquela imagem de dona de casa desesperada, dizendo que aquilo que se passou na aula não é normal. É uma boa maneira de dizer que foi algo grave. É quase a mesma coisa. Ela diria que foi algo grave se a professora tivesse falado mal dela. Mas como a professora só foi uma grande ordinarona, faltando ao respeito aos alunos e aos pais, então isso não é grave mas é apenas algo que não é normal. Fiquei mais descansado. Se ela não tem dito que é algo que não é normal, ficaria a pensar que todos os professores são uns grandes malucos...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Laterem lavas...

Há semanas que demoram a passar. Semanas que parecem ter não 7 mas 30 dias; em que cada um desses dias parece ter 36 horas... Temos semanas em que quando chegamos a quarta-feira já mal nos lembrámos do que fizemos na segunda e que o domingo parece ser daquelas datas especiais que nunca mais chegam. Bom, mas a Semana da Queima não é uma dessas. Uma pessoa entra pela primeira vez no Queimódromo e quando nos parece que terminou a primeira noite, o que acaba mesmo por terminar é toda essa semana. Embora subsista todo este sentimento de nostalgia e de pesar pela Queima já ter passado, a verdade é que para o bem da Nação as Queimas não podem ultrapassar os 7 dias. Mais que isso e a saúde pública estaria a correr um grande perigo devido à elevada concentração de urina por metro quadrado. E é a urina que acaba por servir de desculpa para os estudantes beberem como se não houvesse amanhã. Só mesmo estando ébrios é que se consegue suportar aquele cheiro. Ébrio... Quem será que teve a infeliz ideia de inventar este sinónimo para bêbado? Até soa a elogio. Tenho a certeza de que se dissessem à maior parte das pessoas que conheço que tinham passado por mim no Porto e que estava ébrio, tenho a certeza que elas iriam pensar:"Ahh! Finalmente ganhou juízo aquele rapaz. Estava ébrio em plena Queima!".
Agora, parece que temos outra espécie de gripe na moda. A gripe A! Diga-se de passagem que é um grande nome para uma gripe. Melhor, só se fosse gripe U. Para dizermos aos mexicanos:"Tens gripe? Uhhhh...!" Piada fraquita como o Benfica. Falando ainda da gripe, é triste ver que até a gripe A sofre no nosso país com esse grande trauma luso que são os acidentes rodoviários. A nossa capacidade inata de provocar confusões com veículos contagiou a própria gripe. Todos os dias aparecem notícias nos jornais sobre novas situações de despistagem de eventuais casos de gripe A. Até a gripe se despista. Não tarda nada e também desata a andar em contramão por aí.
Pior que esta gripe que dizem ser porca, só o facto de um benfiquista fazer anos no dia em que o Porto celebra o Tetra. Obrigado Quique por mais essa prenda...







sexta-feira, 1 de maio de 2009

Inanium inania consilia...

Dia dos Trabalhadores. Já que se queixam tanto da falta de produtividade dos trabalhadores, nada melhor que no dia deles não se trabalhar. Mais uma dia para as grandes manifestações. Barulho, convívio e sedentarismo! 3 palavras mágicas para os portugueses. É neste quadro laboral que surgem mais fantásticas decisões dos nossos estupendos e formidáveis deputados da Assembleia da República. Estes seres maravilhosos resolveram aprovar uma alteração à lei do financiamento partidário, aumentando o valor que os partidos poderão receber de particulares para o dobro. E tudo em nome da transparência... Que deputados tão fofinhos que temos! Se não conhecesse alguns até iria pensar que são mesmo altruístas. Pior que isso! Poderia até chegar a pensar que eles são boas pessoas!!! Mas sei bem que isso é uma ideia parva. Eles vão passar a ser menos corruptos porque podem declarar o dobro dos valores...! Há coisas fantásticas não há? Parece que já estou a ver o Alberto Martins, o Paulo Rangel e o Nuno Melo, de vestidinhos curtos, a dizerem essa frase no anúncio da TvCabo... E assim se engana bem os portugueses... Fiquei foi muito admirado de eles terem admitido que afinal há algo de obscuro no financiamento dos partidos. Já não se perde tudo.
Como uma boa medida nunca vem só, ficou-se também a saber que nas eleições europeias os partidos concorrentes vão receber do Estado a mísera quantia de 4,5 milhões de euros, a dividir por todos... Crise? Qual crise? Mas quem é que está em crise? Vivam as eleições! Vivam as campanhas! A Segurança Social está à beira da falência e por isso mesmo é que temos de seguir o exemplo do nosso Governo e passar a investir! E não é um investimento qualquer. É um investimento de qualidade, um investimento em grandes jantaradas para os políticos, e sempre para os mesmos...; investimentos em cartazes e lonas com as caras dos candidatos e com as frases parvas que proclamam; investimento em bandeiras, canetas e isqueiros; e, sobretudo, um forte investimento em cartas para manter o pessoal distraído a jogar. Quem nunca jogou cartas com a cara do Presidente da Câmara? Seja lá qual for a Câmara do país. Toda a gente já jogou! Isto sim, é dinheiro bem gasto. Famalicense que é famalicense já jogou à sueca com os "Armindinhos", esse nome carinhoso pelo qual se denominam as cartas com a cara do mui nobre Presidente. E como não estamos em crise, vamos ser confrontados com resmas e resmas de "mindinhos"... São inúteis os conselhos dos levianos...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Hic inter nos...

Em tempos de crise económica, nada melhor que um milagre financeiro para animar a malta. Podemos ser muito cépticos em relação a estas coisas, mas a verdade é que esses milagres acontecem, esses sinais de fé afinal ainda não passaram de moda. Estamos perante a versão mais recente do mistério das aparições da Virgem aos pastorinhos. Falando em concreto, temos em Portugal um clube de futebol na 1ª Liga que não paga os salários aos jogadores praticamente desde o ínicio da época. Nem paga aos jogadores, nem paga aos demais credores. Nada de anormal até aqui. Se dissesse apenas isto ninguém iria identificar o clube, com tanto salário em atraso que há por aí. Bom, mas esse clube é o Estrela da Amadora (se bem que a esta hora até a estrela deve estar penhorada...). O Estrela precisava de pagar uma dívida para poder realizar um jogo contra o Porto. E não é que apareceu mesmo dinheiro?? Até os jogadores ficaram estupefactos. E há motivos para tal. Isto é um verdadeiro milagre, comparável em tudo às aparições marianas. Vejamos: em primeiro lugar, surge uma divindade misteriosa que fala com gente simples e sem instrução (dirigentes do Estrela), tal como eram os pastorinhos. A diferença é que esta divindade trazia dinheiro, enquanto a Virgem Maria apenas falou em fracções (tipo terços...); em segundo lugar, apenas essa gente simples e sem instruções consegue ver a tal divindade e, mais importante ainda, também são as únicas que conseguem ver o dinheiro; em terceiro lugar, essas divindades desaparecem tão depressa como aparecem, tal como o dinheiro...; por último, só pode acreditar nestas coisas quem também tiver muita fé e for bastante crente. Tal como na história original dos pastorinhos, também esta envolve segredos. Se o 3º segredo de Fátima ainda se mantém numa densa névoa misteriosa, também ficaram em segredo quais as contrapartidas que o clube vai ter decorrentes do tal empréstimo. A menos que alguém acredite que, hoje em dia, ainda se dá dinheiro a alguém sem esperar nada em troca... Isso sim, era um dogma.
Já em Santa Comba Dão passa-se algo que não tem nada a ver com divindades misteriosas mas apenas com a mais pura estupidez presente no ser humano. Nas comemorações do feriado de 25 de Abril, a Câmara Municipal vai inaugurar a praça Oliveira Salazar... Ridículo? Também... Mas é mais que isso. Roça a provocação. Será que em Auschwitz, na comemoração de mais um aniversário da libertação dos judeus do campo de concentração, os polacos irão inaugurar a Praça Hitler? Não me parece... Mas aqui tudo é possível. O Presidente da Câmara de Santa Comba Dão ainda se atreveu a dizer que não tinha reparado na coincidência das datas... Um caso em que se aplica o provérbio do "preso por ter cão e preso por não ter"... Porque ele ou é estúpido por saber ou é estúpido por não saber... O calendário por vezes apanha as pessoas desprevenidas... Esse demónio do calendário... Amaldiçoados sejam, tal como as cadeiras!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

2ª Semana da Juventude...


E foi nesta bela semana de chuva que se deu início à Semana da Juventude mais esperada do país. Actividades para todos os gostos. Saibam mais em http://semana-da-juventude.blogspot.com . E participem...

terça-feira, 31 de março de 2009

Gens egregia...

Parece que a Organização Mundial de Saúde anda preocupada com a fácil propagação de uma doença em território português. Segundo os dados da Organização, trata-se de um vírus "inteligente", que ataca sobretudo bancários e banqueiros, provocando-lhes graves crises de amnésia. O estudo começou quando se iniciaram as investigações sobre os possíveis desvios de dinheiro por parte de bancários para paraísos fiscais. A frase mais escutada nos interrogatórios foi: "Não me lembro...". São confrontados com documentos que contêm as suas assinaturas e o que eles dizem é: "Realmente, é a minha assinatura mas não me recordo de ter assinado isso". Cuidado! Se isto for contagioso, um dia destes vamos a uma qualquer caixa de multibanco para levantar dinheiro, somos atacados pelo vírus e desataremos a fazer transferências bancárias para paraísos fiscais... Mas tudo isto sem termos consciência do que estaremos a fazer.
Por outro lado, o BBC Vida Selvagem passou um episódio sobre migrações. Como não tinha nada para fazer, perdi um bocado de tempo a ver o episódio. Então, começaram a falar das andorinhas, esse belo animal que procura os países mais quentes, partindo em bando para outras regiões do planeta... E o animal de que falaram a seguir foi:... o presidente de junta de freguesia! Parece que este animal também procura as zonas mais quentes para fugir à crise. Quando se sentem apertados pelos predadores, eles levantam voo, atravessam o oceano, para nidificarem do outro lado do Atlântico. É um fenómeno cada vez mais vulgar. E ninguém faz nada... Eu, como ser iluminado, tive acesso à verdadeira carta de despedida de um presidente de junta aos seus concidadãos. Ei-la:
"(A verdadeira) Carta aberta de Francisco Esperto (Xico Esperto para os amigos), presidente da junta de freguesia de Fal Catrua:
Caros Falcatruenses:
É com todo o prazer, orgulho e satisfação que me dirijo a vocês daqui onde estou, algures no Brasil. Prazer, porque estou muito bem instalado à sombra, à beira-mar, tomando uma àgua de côco, com Jucyneide espalhando-me bronzeador pelo corpo todo; orgulho, porque vos passei a perna a todos, conseguindo trazer uma verdadeira fortuna, deixando as vossas finanças ao nível dos golos da Selecção, ou seja, a zero; e tristeza, porque com a precipitação da minha viagem acabei por me esquecer da Mimi, a minha cadelinha, nesse vosso fim do mundo... Coitadinha.
Apesar de ter dito que a viagem fora precipitada, não pensem que não foi nada planeado de modo a suspeitarem de que pratiquei algum tipo de crime. Nada disso. Esta viagem já estava a ser planeada há muito tempo, com muita antecedência. Foram várias as noites em que sonhei acordado com este momento. Só não sabia era quando é que tinha de partir. Mas quem tem amigos tem um tesouro, como dizia o santo meu pai, e quando recebi uma chamada do Ezequiel, o da PJ, a dizer que era melhor viajar dentro das três horas seguintes, nem pensei duas vezes. Percebi logo que o Ezequiel tinha sido abençoado com uma visão! Porque passadas 3 horas lá estava a PJ a arrombar-me a porta. Vinham para me assaltar! Mas, graças ao Ezequiel, hoje estou bem e de saúde.
Um dia estava a ver televisão quando surgiu um anúncio publicitário que dizia: "Se eu não gostar de mim, quem gostará?". E a partir desse momento algo mudou em mim. Durante dias esta frase bonita não me saiu da cabeça. Ora, como isto não me saía da cabeça, houve algo que teve de vos sair dos bolsos... Passei a pensar mais em mim, a gostar mais de mim. E quanto mais tempo passava, mais eu gostava de mim e mais aumentava o saldo da minha conta nas Ilhas Caimão.
Não pensem que esta é uma viagem sem retorno. Nada disso! Apenas vim procurar mais formação para, quando voltar, vos poder servir melhor. Amanhã, por exemplo, vou ter 3 horas de formação com a Fátima Felgueiras, que me vai explicar como fazer desaparecer dinheiro e conseguir com que as pessoas nos adorem.
Para verem como não páro de pensar um segundo em vocês, a partir da próxima semana assumirei o cargo de Prefeito de Vila Jerupiga, aqui no Brasil, e a primeira coisa que farei será mudar o nome desta terriola para Fal Catrua, de modo a poder homenagear-vos e mostrar toda a minha gratidão e carinho à terra que fez de mim o que sou hoje.
Investirei fortemente em infra-estruturas públicas aqui, para que não possam dizer que em Fal Catrua não se constrói nada. Porque esta irá ter tudo do bom e do melhor.
Só fiquei extremamente desiludido com esses boatos maldosos que espalharam por Fal Catrua, insinuando que utilizava os trabalhadores da junta para fazer obras lá em casa. Que grande calúnia! Esses senhores apenas me deram uma mãozinha numas coisas que tinha de fazer em casa. Mas tudo como amigos! Porque eles são meus amigos! E não podem os amigos ajudarem-se uns aos outros num momento de necessidade? Tudo bem que esses trabalhos foram efectuados de segunda a sexta, das 8 da manhã às 6 da tarde. Mas é que depois dessa hora e durante os fins de semana costumavamos ter aquelas discussões normais entre pessoas e deixavamos de ser amigos. Mas à segunda feira, às 8 da manhã, lá faziamos as pazes.
Despeço-me, com todo o carinho, de todos vocês falcatruenses, com a promessa de que um dia voltarei. Sim, porque quero trazer a minha Mimi para junto de mim. Até lá, espero que o Zé Quintas trate bem dela senão um dos meus novos capangas irá "bater um papo" com ele.
Cumprimentos ao nosso pessoal."

terça-feira, 24 de março de 2009

Fallendi ars...

Tanto barulho, tanta confusão, tanto pandemónio por causa de uma "cerveja no Algarve" que até não se deu a devida importância à chegada da Primavera. Começam a chegar os dias de Sol, dias mais longos e noites mais curtas, as andorinhas que chegam e fazem os ninhos, deixando tudo sujo...
Mas nem tudo são rosas! A Primavera também tem os seus espinhos. O pólen já anda por aí espalhado! Contudo, além do pólen, há outras coisas preocupantes que ameaçam a paz, segurança e a integridade física de todos nós. Aparecem, nesta época, umas criaturas vindas dos países de Norte, especialmente da Noruega, criaturas essas que são extremamente silenciosas, que atacam pela calada da noite, apanhando as pessoas totalmente desprevenidas. Estes seres atacam essencialmente os espécimes masculinos, sugando-os à traição. Aproveitam-se do momento em que os homens estão a repousar, a dormitar, completamente vulneráveis, para os despirem da cintura para baixo e explorarem os seus corpos indefesos, desonrando-os. O primeiro caso conhecido de um ataque da chamada "bifa norueguesa" ocorreu precisamente à quatro anos atrás, em Abril de 2005, quando um desconhecido de 31 anos acordou, tendo reparado que uma dessas criaturas estava com "a boca na botija", sugando violentamente a "mangueira do jardim". Mas o lesado conseguiu identificar a agressora e acabou por ganhar em tribunal, queixando-se de violação. Agora sim, começo a acreditar que a igualdade de sexos já não é uma realidade muito utópica. Como se costuma dizer, aqui em Portugal, há muita gente que paga para ser atacado desta forma. E na Noruega eles são atacados e ainda ganham dinheiro com isso. Fantástico. Homens, tenham cuidado! Fechem as janelas e se por acaso forem acampar levem o cinto de castidade... Pelo seguro. Depois de uma notícia destas, deixamos de dormir tão descansados... Porque os potugueses passaram a esperar ansiosamente pela norueguesa.
Mudando de assunto, e porque a vida não é apenas doce mas por vezes também é salgada, fomos informados de que a Assembleia da República está a debater a regulamentação da quantidade de sal no pão. Mais um grande golpe do tio Sócrates! Este homem é um génio. Quer limitar o teor de sal no pão a um máximo de 0,014 gramas de sal por quilo de pão. Ora, o pão português, um dos melhores do mundo, tem em média entre 0,005 e 0,012 gramas por quilo. Ou seja, esta regulamentação serve para absolutamente nada. É só para "encher pneus". Com tanta coisa importante para debater, com tantas soluções que são necessárias encontrar para enfrentar a crise, e estão os deputados na Assembleia a falar de pão. Sócrates "atira o pão" para a Assembleia para ir distraindo a oposição e os portugueses dos verdadeiros problemas do país. Estamos perante uma moderníssima versão do "Pão e Circo", que foi criada pelos romanos para tirarem a liberdade do povo, distraindo-o e fazendo-o esquecer os conflitos. Sócrates está a fazer o mesmo. "Lançou o pão" para o "circo" que vai na Assembleia... E os portugueses a verem... É a arte de enganar...


sexta-feira, 13 de março de 2009

Est modus in rebus...

Lei da Paridade. Depois de me ter aparecido este tema, há uns anos atrás, numa frequência de Constitucional, eis que no presente dia fui novamente bombardeado com tal assunto.
Para aqueles (muito) poucos que não sabem a que se destina esta lei, basicamente resume-se à obrigatoriedade de todas as listas de candidatura à Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as autarquias locais, terem a representação mínima de 33,3% de cada um dos sexos na referida lista. Ou seja, cada uma destas listas deverá conter pelo menos 1/3 de homens e 1/3 de mulheres.
Uma grande asneira que se está aqui a cometer, na minha muito humilde opinião, claro está. Vamos estar a privilegiar o sexo da pessoa em vez da competência, em alguns casos. Imaginemos uma lista de 9 pessoas, sendo 7 homens e 2 mulheres. O que vai acontecer com esta aprovação? Um dos homens terá de ser retirado da lista para se incluir forçosamente uma mulher, não por ser competente mas porque não há outra solução. E no caso contrário também, no caso de uma lista com 7 mulheres e 2 homens. O requisito da competência, o mais importante na minha opinião, passará para segundo plano pois as regras da paridade terão de necessariamente ser observadas. Não concordo. Uma pessoa quando cria uma lista deve rodear-se de pessoas competentes e não de ter de optar por um homem em vez de uma mulher ou vice-versa apenas porque os iluminados deputados assim decidiram. Significa que, porventura, teremos de retirar duma nossa lista uma pessoa da nossa confiança para incluir outra pessoa com quem não tenhamos a mínima garantia de confiança e competência para que a mesma lista possa respeitar os requisitos necessários. Isto nem tem nada a ver com igualdades, como tanto se apregoou. O famoso artigo 13º da Constituição diz que ninguém pode ser prejudicado em razão do sexo; mas também diz que ninguém pode ser privilegiado. E, nesta situação, haverá muita gente a sair beneficiada pelo simples facto de ser do sexo oposto. Sexo acima da competência! Um bom slogan de campanha...
Bom, esta foi a parte séria e a parte em que 90% daquilo que penso sobre este tema foi dito. Agora vem a parte dos 10% que faltam. Aviso já aqueles seres facilmente irritáveis, vulgo mulheres, de que não devem ler mais que isto. O aviso está dado, depois não quero reclamações.
Bem, continuando na linha de raciocínio sobre a lei da paridade, isto só mostra que aqueles personagens da Assembleia da República são mesmo uns mulherengos do pior. De facto, o que todos os homens querem é ter no local de trabalho o maior número possível de mulheres. É normal. Está na nossa natureza. Assim sendo, e dado que dos 230 deputados apenas 64 são mulheres, nada melhor que promulgar uma lei para as colocar na Assembleia. Como os grupos parlamentares teimam em colocar a pouca competência que há neste país em vez de olhar a sexos, os deputados lá arranjaram uma forma de embelezar a Assembleia. Assim os debates até tem mais interesse. Não pelo que se dirá, mas pelo que se poderá ver. Agora estamos num mínimo de 1/3. Mas não deve demorar muito a estar em metade-metade. Até as deputadas com mandato neste momento votaram a favor. É que havendo mais mulheres por lá, também aumentarão de forma exponencial as probabilidades de grandes cusquices de bastidores. Elas gostam de se juntar e falar mal umas das outras. Ambos ficam contentes. Mas aquilo vai dar para o torto na Assembleia...
Tudo tem limites... Ou não.

sexta-feira, 6 de março de 2009

De bonis asportatis...

Às vezes tenho dificuldade em saber se estou a ver um episódio do Telerural ou se estou a ouvir as últimas notícias cá da freguesia, aldeia ou lá como isto se designa. Depois dos assaltos à ourivesaria (sim, porque só temos uma...), do tiroteio em pleno centro da "cidade" e dos incêndios em fábricas, agora temos um novo tipo de crime que, segundo os especialistas, poderá proliferar na primeira metade do século XXI, naquela que se pensava ser a mais segura aldeia de Portugal. Fui informado há pouco tempo, de fonte completamente segura e fidedigna, que se registou o primeiro caso de "Bikejacking". Já houve "burrojacking", "carjacking", "dogjacking" e até mesmo "catjacking", mas "bikejacking" é algo que ainda não tinha ocorrido. Nota-se claramente que esta gatunagem de hoje em dia é claramente mais inteligente e evoluída do que aquela que existia há coisa de dez dias atrás. Verifica-se um enorme progresso.
Os habitantes da aldeia (bairrenses, para quem não sabe...) já começaram a desconfiar de todos os edifícios que tenham alguma luz acesa depois da meia-noite. No passado, dissemos piadas sobre a oficina que tinha as luzes acesas às duas da manhã e passada uma semana estava lá a P.J., essa malta incoveniente que aparece sem ser convidada e sobretudo sem avisar. É falta de educação. Dessa vez foi encontrado por cá o jipe do Derlei. Agora, talvez se encontrem por lá as bicicletas da equipa de ciclismo do Glorioso. Aquelas que desapareceram misteriosamente. Ou foram os bikejackers de Bairro ou foram os donos...
Bem, o fundamental é informar os conterrâneos de que andam a desaparecer bicicletas. Temos testemunhas que apanharam o gatuno em flagrantíssimo delito. Algumas dizem que o selim ainda nem tinha arrefecido do uso anterior. Não vou colocar nomes devido ao segredo de justiça, mas o suspeito tem cerca de 1,65 metros, é magro e costuma passar todas as noites, por volta da uma da manhã, na principal rua de Bairro (a minha...), falando sozinho, a tocar harmónica e a dizer que é melhor que o Tony Carreira. Não tenho problemas com o que aqui descrevi porque o referido gatuno não sabe ler, além de que ainda encaixa um razoàvel número de pessoas nesta descrição. Por isso, guardem as bicicletas. Já não se anda seguro em lado nenhum.


terça-feira, 3 de março de 2009

Caedere aut caedi...

Aceitam-se esmolas. Qualquer coisita serve, nem que seja um tostão, um simples tostão. E para quê? Para ajudarmos a reconstruir a Faixa de Gaza. Ou seja, é para deitar dinheiro fora. Será que alguém no seu perfeito juízo mandaria dinheiro para construirem novos alvos lá para as brincadeiras entre israelitas e palestinianos? Talvez. Há pessoas para tudo. Só não percebo o porquê da União Europeia ajudar financeiramente. Acho que esse dinheiro fazia mais falta aqui na Europa, investido em empresas para se recuperar da famosa crise. Em vez disso, vamos mandar o dinheiro para financiar uma guerra. Porque enquanto houver alguma coisa por lá para destruir, eles não param. Não devem gostar muito de arquitectos e de engenheiros civis. Às vezes até os entendo. No fundo, aqueles seres não querem paz. Eles nem devem saber o que isso é. Já nascem armados até ao pescoço e com o instinto natural de disparar sobre tudo o que mexe. O que nem sempre é má ideia. Alguns deviam nascer cá. Podia ser que alguns políticos ganhassem medo e vergonha na cara.
Ajudamos a reconstruir um hospital. No dia seguinte, mais um bombardeamento e só ficavam as janelas. Era a chamada cura rápida para os doentes. E depois lá ia mais dinheiro para reconstruirem (mais uma vez) o hospital. Assim não lhes custa. Gostava era que a União Europeia me pagasse o almoço sempre que o tento cozinhar e acabo por deixar queimar tudo. Mas para isso já não mandam eles o dinheiro. Parece que gostam de estourar literalmente o dinheiro. Deve ser um fetiche qualquer. Há fantasias para tudo.
Vamos deixar aquela malta em paz. Ou melhor, vamos ignorá-los, porque paz eles não tem muita. Quanto menos eles se virarem para estes lados melhor será. Tentar acordos de paz entre eles é como tentar tirar o Pinto da Costa do poder. São coisas impossíveis e que não estão destinadas a acontecer. Se os deixarmos sozinhos, eles vão acabar por tomar a única medida que poderá trazer tréguas àquela região do planeta: matam-se uns aos outros e assim também acaba a guerra. De outra forma, deve ser complicado. Na mentalidade deles, é matar ou morrer...


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Baccho temulentior...

Il Carnevale… A quadra dos foliões. Anda toda a gente a foliar. Eu folio, tu folias, o Cavaco folia, o padre folia…Só o Sócrates não folia porque também tem de haver cabeçudos nos desfiles. A crise pode afastar tudo, menos o Carnaval. E agora começamos a confundir o Carnaval com samba. Já acabamos de vez com a tão famosa tradição portuguesa do Entrudo, que faleceu, coitado… E agora temos os desfiles carnavalescos. Começamos a perder alguma da identidade típica desta quadra. Já não existe tanta sátira. E quando existe, vem o Ministério Público e acaba com ela. Quer dizer, não se pode ter imagens de nus num Magalhães porque isso é atentado ao pudor. Mas depois já podem andar elas praticamente despidas a dançar como se não houvesse amanhã. Ou seja, se for imagens, nem pensar nisso! Mas se for ao vivo, em carne e osso, aí já vale tudo. Atenção! Eu não sou contra isso. Acho muito bem. Deve ser das poucas coisas em condições que o Ministério Público fez nos últimos tempos. É pena é que se tenha deixado de dar valor à melhor máscara para passarmos a dar valor à melhor “desmascarada”… Deixamos também de ouvir música pimba nos cortejos para passarmos a ouvir o “sambinha”… Nisso concordo, sempre é mais animado. Porque quando havia música pimba passavamos o tempo a beber vinho tinto e cerveja… Agora que há samba, passamos a beber cerveja e vinho tinto… E caipirinhas também. Grandes mudanças.
Por outro lado, continuamos especialistas em acidentes “diferentes”… Para não dizer parvos e únicos. Até carros alegóricos atropelam pessoas! Quando li a notícia confesso que fiquei na dúvida. Pensei que esse carro alegórico estivesse a satirizar o elevado número de acidentes rodoviários em Portugal. Mas afinal aquilo era mesmo verdade. Nem a foliar estamos seguros. Pode vir um parolo disfarçado de assassino ao volante e que nos obriga a disfarçar de gatos que adormecem no meio das estradas. E olhem que a esses nem as sete vidas os safam. Na Soalheira andavam disfarçados à boa maneira do Carmageddon. Por isso é que defendo que só deveríamos jogar copas nos computadores.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A dextris et a sinistris...

Saias masculinas e casamentos homossexuais. Dois temas que tem servido para produzirem minutos eternos de reportagens, sendo compensados com grandes tempos de antena nos telejornais. Podem dizer que os dois temas não estão relacionados... mas para mim estão. Passo a explicar.
Digamos que, no que concerne à homossexualidade, pelo menos na parte masculina, convém distinguir entre homossexuais em sentido estrito e os chamados maricas. Os primeiros são pessoas que à primeira vista parecerão completamente normais, são pessoas que pagam os seus impostos, que fazem a sua vida de igual modo ao mais comum dos mortais; são pessoas discretas, que evitam as luzes da ribalta. Pelo contrário, o maricas é um sujeito parvo, é um homem que se veste de mulher, que fala como uma mulher e que acima de tudo procura dar nas vistas e chamar as atenções para si; são parasitas da sociedade, que não fazem nada, e cujas vidas se resumem a uma tentativa frustrada de serem palhaços do circo. Tipo Castelo Branco. Bom, quanto aos maricas, só tenho a dizer que o Criador também deve apanhar umas valentes bebedeiras de vez em quando, para permitir que tais personagens cheguem a nascer... O tio Sócrates é que já fez questão de emendar em parte esse erro ao despenalizar o aborto. Não digo que sem maricas este mundo era melhor, pois se os maricas não existissem também não tinhamos com quem gozar. Relativamente aos homossexuais em sentido estrito a questão é totalmente diferente. Ao contrário das "bichonas", estes homossexuais até tem todo o direito de casar. Não me assusta. Só entendo que não devem poder adoptar crianças. E porquê? Porque nascemos ou com pénis ou com vaginas. E para quê? Para nos reproduzirmos. Se o "barbinhas" fosse adepto da homossexualidade tinha criado seres humanos hermafroditas. Mas não fez. As "pilinhas" e as "pombinhas" existem para assegurarmos a sobrevivência da espécie. Isto é que é normal. Ora, se um homem gosta de um homem ou uma mulher gosta de uma mulher, isso não é normal. E, para mim, o que não é normal é...anormal. Acho isto lógico. Por isso, eles não se devem melindrar tanto por dizermos que eles não são normais ou que são anormais, como preferirem. Assim sendo, se quiserem casar que casem, não querem casar não casem, desde que não possam adoptar crianças para mim é indiferente. Porque a permitir a adopção, íamos estar a incentivar algo que não é normal.
Quanto aos maricas, é devido a eles que agora temos estes movimentos "modernos" para a proliferação da saia masculina. Começo a dar razão à minha avó quando diz que este mundo está mesmo maluco. Homens de saia. Já imaginaram como ia ser? Será que as saias iriam ter abertura na parte da frente? Era bom que sim. Senão lá se ia a nossa dignidade enquanto homens. Como é que poderiamos utilizar os urinóis? Não podiamos utilizar? Íamos ter de urinar sentados? Vai-se esfumar essa grande diferença entre homens e mulheres que é o facto de urinarmos de pé?? Lá se vai a dignidade.
Cada vez menos portugueses tem bigode. Se agora passarem a andar de saia, estaremos no princípio do fim.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Zonam perdidit...

Depois de algum tempo de descanso, de alguns anos de férias da vida activa social, eis que as vacas voltam à ribalta. E logo pela boca do prof.Carlos Queiroz. Antes de Scolari, os prazeres terrenos e mundanos dominavam as conversas no balneário. Com Scolari, passaram a falar de virgens, mas com respeito... Agora que Scolari já cá não está, voltamos às ordinarices. Vejo conferências de imprensa de antevisão de um jogo de Portugal e estão a falar de quê? Pois é... de vacas! E a dizer o quê? Que temos de alimentar a vaca, dar-lhe de comer, cuidar dela. Muito bem visto pelo nosso seleccionador. Sim, porque não é só contratá-las para elas fazerem companhia aos jogadores nos hotéis onde estão concentrados. Se bem que eles lá estão tudo menos concentrados e a única altura em que pensam na Finlândia ou mesmo na Suécia é quando têm de escolher o tipo de companhia que desejam no quarto. Agora, vir a público falar disso é que acho muito mal. Era preferível que isso ficasse em segredo. Há coisas que devem ficar fechadas no balneário... ou no quarto de hotel. Vacas, leite e comer... Mais ordinário era impossível. Foi uma conferência de imprensa extremamente pornográfica, de segredos íntimos dos jogadores. Acho que eles não vão gostar muito da brincadeira. "Há que ter as mãos no presente e os olhos mais à frente", diz Queiroz. Nem vou falar da qualidade da rima que é excelente, mas parece-me que quando se referiu ao "presente" estava não a falar de "presente" em termos temporais, mas de "presente" sinónimo de prenda, de oferta, de prémio... Ou seja, um bom sinónimo para vaca.
Não aprendemos com os erros. Depois do famoso caso "Paula" voltamos a ligar a palavra "vaca" à palavra "Selecção". Um exagero. "Frutinha da época" e "café com leite" sempre são nomes mais agradáveis.
Por falar em vacas, a seguir à Cornélia a mais conhecida é a Mimosa, a da manteiga. Engraçado. E curioso também. Há uma que é mais internacional e tem um nome parecido.
Vamos todos para Angola.


sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Verbo ad verbum...

Algo de ridículo se passa em Portugal. Acho eu. Quer dizer, desconfio. De repente, esquceram-se as tréguas que a sociedade tinha para com esses seres estranhos vulgarmente designados por árbitros. De um momento para o outro até mudos passaram a falar mal dos árbitros. Mas até aqui nada de muito estranho. Já está perfeitamente enraizado na cultura dos portugueses o palavrão, o impropério dirigido ao senhor do apito. Até porque eles se sentem mal quando terminam um jogo sem terem recebido qualquer ofensa por parte do público. Por mínimo que seja esse miminho calunioso. Sim, porque eles não querem ser normais. Hão-de querer sempre ser discriminados. No fundo, são uns pobres coitados... cheios de dinheiro.
Bem, mas numa altura destas, que faz com que a Faixa de Gaza pareça um simples jardim de infância, um grupo de terroristas portugueses decidiu aplicar um castigo a um jogador do Benfica por ter dito que o árbitro lhes tirou 2 pontos num jogo já muito debatido. Comparado com o que se tem dito, as palavras do Katsouranis até soam a elogio. Contudo, porque será que apenas foi castigado este jogador? Por ser do Benfica e ser o jogador em melhor forma neste momento? Também... Mas ele foi castigado essencialmente porque é grego! E nós ainda não recuperamos da tareia que levamos em nossa própria casa. E já é a segunda vez que perseguem o grego. A União Europeia ainda nos processa por xenofobismo. Depois admiram-se que ele esteja sempre a dizer que quer ir embora. Até eu queria. Temos de ultrapassar este trauma dos gregos.
No meio desta embrulhada toda, fico contente por ver que o Conselho de Disciplina afinal até percebe inglês (porque o Katso falou em inglês...). O que já não é mau. São juristas que não percebem nada de Direito, fazem confusão com o "Goal Average", mas afinal até percebem umas coisitas de inglês.
Com esta macacada, e pelo ridículo que foi a suspensão de um jogo do Katsouranis, vou fazer uma promessa que tentarei cumprir, não fosse este um ano de eleições. Até ao final do campeonato vou tentar não falar mais sobre futebol. Não gosto de falar de coisas podres. Ainda bem que a suspensão veio nesta semana e não na próxima... Mas aí já era muito mais descarado, não ia dar para disfarçar a brincadeira. Há treinadores a incitarem à violência sobre os árbitros, outros a dizerem que só podem ser campeões na PlayStation porque os árbitros não tem qualidade e são fracos, presidentes a falarem em roubos e a apresentarem queixas-crime... Mas quem é castigado é o grego. Estão a fazer aquilo que se fazia na Grécia Antiga: ostracismo. É para ele se sentir em casa? Ridículo.
Sorte a minha que não nasci na Grécia.