sexta-feira, 24 de junho de 2011

O vício…

Os carros de patrulha da PSP não funcionam por falta de peças, situação provocada pela falta de financiamento. Os polícias queixam-se de que não há condições para trabalhar e as patrulhas ficarão limitadas a algumas dezenas de metros ao redor das esquadras. E isto é uma situação perigosa. Para os próprios polícias, entenda-se. Como eles não estão habituados a andar a pé e com as altas temperaturas que estão previstas para os próximos dias, é bem provável que o número de desmaios em horário laboral dispare. Há testemunhas que comprovam que há agentes da PSP a mendigar por um pouco de óleo para os motores das viaturas. Passear de carro para os PSP’s origina a mesma satisfação que uma dose de cocaína a um toxicodependente. A satisfação e o mesmo grau de viciação. Só isso pode explicar o porquê de eles se rebaixarem ao ponto de pedir óleo. E em vez de ouvirmos a já famosa expressão do “Desenrasca-me uns trocos”, vamos passar a ouvir um “Desenrasca-me uns pingos”. Da maneira como isto anda, será mais perigoso parar o carro numa operação Stop do que parar para ajudar um desconhecido que aparente ter problemas mecânicos no automóvel. Paramos a viatura, o agente pede-nos para sair do automóvel e estamos sujeitos a que eles fujam nele. Só para não andarem a pé. Antigamente, os agentes das várias forças de segurança tapavam os olhos às infracções dos automobilistas caso lhes deixassem um “donativo”. Hoje em dia, perdoarão as nossas ofensas ao Código da Estrada se lhes deixarmos dar uma voltinha na viatura. Para matar o vício. Não sei porque é que exigem que os agentes tenham de efetuar com sucesso determinadas provas físicas para depois passarem toda uma carreira a passear de automóvel de um lado para o outro. Deveriam ser selecionados aqueles que conseguissem passar mais horas sentados num veículo. Tenho a certeza de que se esses veículos tivessem casa de banho integrada, alguns nunca mais sairiam de lá de dentro. Se as viaturas fossem amarelas, não faltariam Noddy’s por aí.

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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Post aberto...

"Caro B.O.A.:

Chegar a casa para almoçar e ver-te a participar num dos programas da manhã da televisão pública é algo que me inspira para mais uma tarde de trabalho. Convidam-te para fazeres parte de programas onde só vão pessoas doentes e desequilibradas. É fantástico ver até que ponto vão os directores desses programas só para que não te sintas diferente entre as pessoas. Admira-me essa tua incontinência verbal relativamente a temas tão importantes para a tua Ordem como os copianços no CEJ ou a prisão preventiva de jovens delinquentes. E mostras toda a tua sabedoria ao não desperdiçares nem um pouco do teu latim com temas como o aumento dos emolumentos para os estagiários ou a retirada do exame de repetição. Eu bem gostaria de falar contigo sobre estes temas que não têm interesse absolutamente nenhum para a instituiçao que representas e por isso é que se apresenta quase impossível estabelecer contacto através da Ordem. Mas tenho sido muito parvo, confesso. Afinal, para falar directamente contigo basta ligar para o programa da Júlia, também com a vantagem de poder ganhar algum dinheiro no jogo da Glória. Surpreende-me essa tua contínua tentativa de descredibilização da minha licenciatura e da minha universidade. Eu sei que não tirei o curso na melhor universidade de direito do mundo, mas pelo menos terminei a licenciatura sabendo o que é o princípio da não retroactividade. Que, por acaso, é um princípio de que se fala em praticamente todas as cadeiras do curso. Pelos vistos, deves ter faltado às aulas em que explicaram no que consiste esse princípio. Mas também só pode falar de princípios quem os tem. Na minha licenciatura de treta, também tive de passar à cadeira de Obrigações, matéria que já deu para ver que não é o teu ponto forte. Com essas alterações unilaterais dos contratos, era garantida a reprovação com os meus professores. Fica a ideia que os teus eram mais liberais ou então utilizaste a famosa técnica dos futuros magistrados do CEJ para passares à cadeira. Criticas tudo e todos, à boa maneira portuguesa. Para ti, os juízes são todos uns corruptos, os magistrados do MP são corruptos, os políticos são corruptos... Fico contente por ver que neste país de criminosos és a única pessoa honesta e idónea a exercer as suas funções de acordo com a ética e a deontologia profissional. Apesar de o dever de urbanidade não significar nada para ti. Dizes precisamente o mesmo que me diz a minha avó com 84 anos. Curiosamente, e apesar da diferença de idade, ela também é analfabeta. Acusas e não provas nada. Andas a denegrir outras classes e outras pessoas e não és capaz de mostrar algo em concreto que sustente essas afirmações. O que me faz duvidar dos teus conhecimentos de processo civil e penal. E já começam a ser muitas as áreas em que os teus conhecimentos são, digamos assim, duvidosos. Mas esta canalhada nova é que não percebe nada de Direito. Aludes às dificuldades dos portugueses, defendias que ninguém deveria ficar arredado da advocacia por insuficiência económica. No fundo, és um fofo. No entanto, e pela calada, fazes um assalto às expectativas de milhares de estagiários que pagam para trabalhar. Comparado com a tua cara de pau, o pinóquio era feito de carne e osso. Podes até ser B.O.A., mas já se viu que não és boa coisa.

Um abraço apertadinho."

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Uma senhora vaca...

Depois de alguns produtores de gado terem chocado o mundo ao apresentarem uma vaca que ri, surge na Argentina uma vaca que dará leite praticamente igual ao humano. Seria muito fácil dizer que em Portugal também há muita vaquinha que dá leite humano e por isso não o vou dizer. Bastou alterarem o ADN da bovina com dois genes humanos e a bicha até dá leite como gente grande. A má notícia é que os recém-nascidos ainda teimam em surgir no mundo com bocas demasiado pequenas para sugarem na teta do animal. A solução é alterar o ADN dos humanos e acrescentar dois genes dos hipopótamos. Passaremos a comprar uma vaca para cada casa onde haja uma criança em fase de amamentação, o que ficará mais barato que contratar uma baby sitter. Bastam umas ervas em casa e uns vizinhos surdos. Mas, por outro lado, poderão surgir certos mal-entendidos entre familiares que poderão até terminar em tragédia. Imaginem a conversa entre o pai da criança e o seu sogro. Já viram o que aconteceria se o pai da criança dissesse algo do género:"Bem, agora vou para casa ver se o raio da vaca já deu de mamar ao puto". Se a compra da vaca não tiver sido comunicada à família, o mais provável era o sogro dar-lhe logo um tiro. Coisas de família, portanto. As preocupações de Paulo Portas com a agricultura já começaram a produzir os seus efeitos e, neste caso, aliadas ao choque tecnológico tão aclamado por José Sócrates. Em época de grave crise no reino vegetal, volta o mundo animal a dar-nos uma alegria. Deixamos de comer saladas mas poderemos, muito em breve, começar a comer queijo feito de leite praticamente humano... A ideia não é muito apelativa, de facto. Iogurtes de leite humano... Dão azo a muito mais trocadilhos e equívocos. E se forem com um ligeiro aroma a banana, ainda pior. Cuidado com essas alterações no código genético das vacas. Se elas calham de ficar com o dom da fala das mulheres será o verdadeiro pandemónio. Não haverá boi que as ature. Ou o dom das compras, do cabeleireiro... A cotação do leite nos mercados mundiais iria aumentar exponencialmente. E na Argentina tentaram baptizar esta bicha com o nome da presidente da República. Que bonita homenagem... Darem o nome da pessoa mais importante do país a uma vaca... Claro que a senhora teve de recusar tão "prestigiante" homenagem. Se não gostam dela que votem nos outros candidatos. Mas não lhe chamem vaca.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Déjà vu...

Ás vezes lemos uma notícia e ficamos com a impressão de que esse facto já não é totalmente novo para nós. Foi o que aconteceu quando me deparei com a surpreendente notícia do Correio da Manhã que dizia o seguinte: "Pinto da Costa leva namorada ao Vaticano". Um Papa levar a namorada a casa para a apresentar à família não será propriamente nada de invulgar. O problema é que toda a gente sabe o que aconteceu à primeira. Em 2003, Pinto da Costa levou Carolina Salgado ao Vaticano. E aquela que era uma mulher honrada e séria, passou a ser uma reles "alternadeira" depois de ter beijado o anel do pescador. Oito anos depois, Pinto da Costa leva a sua namorada brasileira, mais nova que ele 48 anos, ao mesmo local. Depois admiram-se das pessoas acreditarem cada vez menos na religião. Já viram como aquele local anda a ser frequentado? Mas a verdade é que Papa por Papa, sempre prefiro um que pape mulheres. E assim também se vai vendo como é que Pinto da Costa consegue aceder à presença do Papa do Vaticano. Basta ele pedir uma audiência para abençoar fruta. E, no fundo, até nem foge muito à verdade. Dá sempre para abençoar uns pares de melões. E para aqueles que dizem que a Igreja parou no tempo, que ainda vive na Idade Média, aí está a prova da sua evolução. Há 2000 anos atrás, Maria Madalena foi apedrejada e só Jesus Cristo a pode salvar. Mas, hoje em dia, elas já entram no Vaticano como se fossem da família. Diz a referida notícia que "Fernanda e Pinto da Costa viram o Papa na audiência geral semanal" mas que "o líder dos azuis e brancos, apurou o CM, terá ainda pedido autorização para uma sessão mais privada". Sessão mais privada? Mas estamos a falar do Vaticano ou do Elefante Branco? Já estou a imaginar o Pinto da Costa a dizer:"Vou pedir uma sessão privada". E como elas são muito inteligentes, a resposta seria:" Ó Jorge Nuno, mas hoje não me apetece trabalhar...viemos de férias". Há fantasias e fantasias. A de Pinto da Costa é levar as companheiras ao Vaticano. Vá lá saber-se porquê. Mas tenho a certeza que Freud terá uma explicação para tudo isto.