domingo, 22 de fevereiro de 2009

Baccho temulentior...

Il Carnevale… A quadra dos foliões. Anda toda a gente a foliar. Eu folio, tu folias, o Cavaco folia, o padre folia…Só o Sócrates não folia porque também tem de haver cabeçudos nos desfiles. A crise pode afastar tudo, menos o Carnaval. E agora começamos a confundir o Carnaval com samba. Já acabamos de vez com a tão famosa tradição portuguesa do Entrudo, que faleceu, coitado… E agora temos os desfiles carnavalescos. Começamos a perder alguma da identidade típica desta quadra. Já não existe tanta sátira. E quando existe, vem o Ministério Público e acaba com ela. Quer dizer, não se pode ter imagens de nus num Magalhães porque isso é atentado ao pudor. Mas depois já podem andar elas praticamente despidas a dançar como se não houvesse amanhã. Ou seja, se for imagens, nem pensar nisso! Mas se for ao vivo, em carne e osso, aí já vale tudo. Atenção! Eu não sou contra isso. Acho muito bem. Deve ser das poucas coisas em condições que o Ministério Público fez nos últimos tempos. É pena é que se tenha deixado de dar valor à melhor máscara para passarmos a dar valor à melhor “desmascarada”… Deixamos também de ouvir música pimba nos cortejos para passarmos a ouvir o “sambinha”… Nisso concordo, sempre é mais animado. Porque quando havia música pimba passavamos o tempo a beber vinho tinto e cerveja… Agora que há samba, passamos a beber cerveja e vinho tinto… E caipirinhas também. Grandes mudanças.
Por outro lado, continuamos especialistas em acidentes “diferentes”… Para não dizer parvos e únicos. Até carros alegóricos atropelam pessoas! Quando li a notícia confesso que fiquei na dúvida. Pensei que esse carro alegórico estivesse a satirizar o elevado número de acidentes rodoviários em Portugal. Mas afinal aquilo era mesmo verdade. Nem a foliar estamos seguros. Pode vir um parolo disfarçado de assassino ao volante e que nos obriga a disfarçar de gatos que adormecem no meio das estradas. E olhem que a esses nem as sete vidas os safam. Na Soalheira andavam disfarçados à boa maneira do Carmageddon. Por isso é que defendo que só deveríamos jogar copas nos computadores.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A dextris et a sinistris...

Saias masculinas e casamentos homossexuais. Dois temas que tem servido para produzirem minutos eternos de reportagens, sendo compensados com grandes tempos de antena nos telejornais. Podem dizer que os dois temas não estão relacionados... mas para mim estão. Passo a explicar.
Digamos que, no que concerne à homossexualidade, pelo menos na parte masculina, convém distinguir entre homossexuais em sentido estrito e os chamados maricas. Os primeiros são pessoas que à primeira vista parecerão completamente normais, são pessoas que pagam os seus impostos, que fazem a sua vida de igual modo ao mais comum dos mortais; são pessoas discretas, que evitam as luzes da ribalta. Pelo contrário, o maricas é um sujeito parvo, é um homem que se veste de mulher, que fala como uma mulher e que acima de tudo procura dar nas vistas e chamar as atenções para si; são parasitas da sociedade, que não fazem nada, e cujas vidas se resumem a uma tentativa frustrada de serem palhaços do circo. Tipo Castelo Branco. Bom, quanto aos maricas, só tenho a dizer que o Criador também deve apanhar umas valentes bebedeiras de vez em quando, para permitir que tais personagens cheguem a nascer... O tio Sócrates é que já fez questão de emendar em parte esse erro ao despenalizar o aborto. Não digo que sem maricas este mundo era melhor, pois se os maricas não existissem também não tinhamos com quem gozar. Relativamente aos homossexuais em sentido estrito a questão é totalmente diferente. Ao contrário das "bichonas", estes homossexuais até tem todo o direito de casar. Não me assusta. Só entendo que não devem poder adoptar crianças. E porquê? Porque nascemos ou com pénis ou com vaginas. E para quê? Para nos reproduzirmos. Se o "barbinhas" fosse adepto da homossexualidade tinha criado seres humanos hermafroditas. Mas não fez. As "pilinhas" e as "pombinhas" existem para assegurarmos a sobrevivência da espécie. Isto é que é normal. Ora, se um homem gosta de um homem ou uma mulher gosta de uma mulher, isso não é normal. E, para mim, o que não é normal é...anormal. Acho isto lógico. Por isso, eles não se devem melindrar tanto por dizermos que eles não são normais ou que são anormais, como preferirem. Assim sendo, se quiserem casar que casem, não querem casar não casem, desde que não possam adoptar crianças para mim é indiferente. Porque a permitir a adopção, íamos estar a incentivar algo que não é normal.
Quanto aos maricas, é devido a eles que agora temos estes movimentos "modernos" para a proliferação da saia masculina. Começo a dar razão à minha avó quando diz que este mundo está mesmo maluco. Homens de saia. Já imaginaram como ia ser? Será que as saias iriam ter abertura na parte da frente? Era bom que sim. Senão lá se ia a nossa dignidade enquanto homens. Como é que poderiamos utilizar os urinóis? Não podiamos utilizar? Íamos ter de urinar sentados? Vai-se esfumar essa grande diferença entre homens e mulheres que é o facto de urinarmos de pé?? Lá se vai a dignidade.
Cada vez menos portugueses tem bigode. Se agora passarem a andar de saia, estaremos no princípio do fim.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Zonam perdidit...

Depois de algum tempo de descanso, de alguns anos de férias da vida activa social, eis que as vacas voltam à ribalta. E logo pela boca do prof.Carlos Queiroz. Antes de Scolari, os prazeres terrenos e mundanos dominavam as conversas no balneário. Com Scolari, passaram a falar de virgens, mas com respeito... Agora que Scolari já cá não está, voltamos às ordinarices. Vejo conferências de imprensa de antevisão de um jogo de Portugal e estão a falar de quê? Pois é... de vacas! E a dizer o quê? Que temos de alimentar a vaca, dar-lhe de comer, cuidar dela. Muito bem visto pelo nosso seleccionador. Sim, porque não é só contratá-las para elas fazerem companhia aos jogadores nos hotéis onde estão concentrados. Se bem que eles lá estão tudo menos concentrados e a única altura em que pensam na Finlândia ou mesmo na Suécia é quando têm de escolher o tipo de companhia que desejam no quarto. Agora, vir a público falar disso é que acho muito mal. Era preferível que isso ficasse em segredo. Há coisas que devem ficar fechadas no balneário... ou no quarto de hotel. Vacas, leite e comer... Mais ordinário era impossível. Foi uma conferência de imprensa extremamente pornográfica, de segredos íntimos dos jogadores. Acho que eles não vão gostar muito da brincadeira. "Há que ter as mãos no presente e os olhos mais à frente", diz Queiroz. Nem vou falar da qualidade da rima que é excelente, mas parece-me que quando se referiu ao "presente" estava não a falar de "presente" em termos temporais, mas de "presente" sinónimo de prenda, de oferta, de prémio... Ou seja, um bom sinónimo para vaca.
Não aprendemos com os erros. Depois do famoso caso "Paula" voltamos a ligar a palavra "vaca" à palavra "Selecção". Um exagero. "Frutinha da época" e "café com leite" sempre são nomes mais agradáveis.
Por falar em vacas, a seguir à Cornélia a mais conhecida é a Mimosa, a da manteiga. Engraçado. E curioso também. Há uma que é mais internacional e tem um nome parecido.
Vamos todos para Angola.