"Mi amigo José Sócrates..." A frase só poderia ser dita por alguém que mora do outro lado do Atlântico e que faz da censura à oposição a sua principal arma política. A prova de que Hugo Chávez é mesmo um mau político e um péssimo gestor de recursos económicos do seu país foi revelada com a visita a Portugal. Só alguém parvo e sem cultura económica é capaz de vir até cá e investir qualquer coisa como 1100 milhões de euros sem ser nos casinos. Aliás, se esse dinheiro fosse gasto em casinos a probabilidade de a Venezuela receber alguma contrapartida seria bem maior do que com a compra de "Magallanes". Mas se, por um lado, Chávez não percebe nada de Economia, a verdade é que o líder venezuelano se encontra perfeitamente enquadrado com a realidade automobilística do país. Tanto assim é que a primeira coisa que Chávez fez quando saiu do avião foi mandar sair o motorista da carrinha que o transportaria até Viana do Castelo e conduziu ele próprio. As notícias dos acidentes nas estradas portuguesas e os hábitos de condução dos lusitanos chegam já até à Venezuela, está visto. Contudo, há algo de que ninguém poderá acusar Chávez, que é o facto de não ser um bom e fiél amigo. Costuma dizer o povo que é nas alturas de necessidade e aperto que se vêem os verdadeiros amigos. E estes trocos venezuelanos chegam em óptima altura para Sócrates. Chávez disponibilizou-se a "dar as duas mãos" a Portugal. O problema é que as suas duas mãos irão custar-nos os olhos da cara. E esta permuta anatómica deixará o país ainda mais na ruína, a menos que passemos a acreditar que a Venezuela anda a meter aqui dinheiro a fundo perdido. Perdidos estamos nós. Engraçada esta expressão de "custar os olhos da cara". Era necessário referir que os olhos são da cara? Que outros olhos terão os seres humanos? Ai, ai... Este povo é tão ordinário... Dada a actual situação sócio-económica do país, se calhar até nem iremos pagar com os olhos da cara...
Em vez de andar a negociar directamente com o PSD o Orçamento de Estado, José Sócrates anda por aí em passeios românticos e a tomar chã com Hugo Chávez. Lá diz o povo:"uma mão lava a outra... e as duas juntas lavam a roupa". O que me custa mais é ver Sócrates numa tentativa disparatada de falar castelhano. Bem sei que o castelhano é das línguas mais utilizadas em filmes pornográficos e que esses filmes para adultos reflectem em grande parte aquilo que o Primeiro-Ministro nos anda a fazer. Mas mesmo assim era escusado. Falar em português é das poucas coisas em que ainda não se cobra imposto. Até ao dia...
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