Há reportagens que dizem mais que um milhão de palavras. E reportagens sobre mães adolescentes dizem ainda mais algumas. Miúdas de 12 e 13 anos a dizer que queriam engravidar já é algo suficientemente preocupante. Não há ninguém que lhes diga que as bonecas dão menos trabalho? Esta juventude não perde tempo. Chegam ao sétimo ano e ficam possuídos. Quando tinha 12 anos jogava ao esconde e ao apanha. Agora, eles também jogam ao apanha. A diferença é que, antigamente, elas fugiam. Actualmente, ou não fogem ou são elas que correm atrás deles. E depois aparecem grávidas.
Nos intervalos da escola as conversas evoluíram bastante. Naquelas famosas tertúlias em que se juntam muitos seres do sexo feminino, elas perguntam umas às outras o que vão fazer no fim-de-semana. Umas dizem que vão andar de patins, outras dizem que vão ao cinema, outras vão jogar PlayStation... Mas há uma que diz:"Olha, este fim-de-semana vou engravidar. Apetece-me." A ideia de sexo seguro nesta idade passa por ter relações em Dezembro porque nessa época não há cegonhas para trazerem bebés. Podiam jogar ao pião, ao berlinde, tocar às campainhas e fugir, fumar umas drogas... Mas não! Vão engravidar! Por outro lado, também se poupa algum dinheiro em festas, porque elas quando vão à comunhão solene aproveitam para baptizar a criança. Mas claro que a culpa não é só delas. Apesar de nessa idade elas terem mais maturidade que eles, isso não é desculpa para eles pensarem que a sua arma de chumbos só serve para assustar e não para aleijar... Ou de que em vez de balas só têm fulminantes... Depois elas acontecem e passam a ter de comprar dois ActionMan: um para eles e outro para o filho.
Como se isto não fosse já suficientemente mau, ainda há casos em que elas não têm a certeza de quem é o pai da criança. Palavras para quê...
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