Quase que me sinto um criminoso pelo facto do meu blog ser dos poucos que ainda não falaram do ex-ministro Manuel Pinho e da sua majestosa actuação naquele antro de palhaçadas a que chamam Assembleia da República. Mas o que me preocupa não foi o gesto do Pinho; o que me deixa pensativo são as companhias do ex-ministro. Um dia depois do Pinho ter sido apanhado com um lindo par de chifres, vem o Berardo dizer (para toda a gente ouvir) que ofereceu a presidência da sua fundação ao viking do Governo. Nada mais justo se tivermos em conta que foi o Pinho que ofereceu um balúrdio pela Colecção Berardo, dando muito mais do que aquilo que ela realmente valia, desgraçando ainda mais o Estado mas fazendo o seu amigo feliz. E o mais importante neste mundo são as amizades. Por isso, até fica bem ao Berardo demonstrar toda a sua gratidão. Costuma-se dizer que amor com amor se paga. Estranho é o facto do Berardo dizer que deu a notícia em primeira mão à esposa do Pinho, mesmo antes de falar com o próprio. Desculpas à parte do Pinho estar ocupado, esta não é uma boa altura para se ter conhecimento de que há homens que falam com a esposa do Pinho sem ele saber de nada. Tinha de ser logo a seguir àquele gesto? Acho que ele já andava desconfiado de alguma coisa. Se ele fosse comunista até se entendia, afinal eles têm de partilhar tudo... Agora, num governo socialista não fica bem. As preocupações sociais não servem de desculpa. Pinho irá ser sempre lembrado como o ministro da "cabritinha". Em poucos meses, as imagens mais marcantes que passaram no mundo sobre Portugal foram o apertar do pescoço de um diabo ao árbitro auxiliar e agora os galhos do Pinho. É esta a imagem que queremos do país? Os políticos andam a denegrir perigosamente a imagem do nosso Portugal. Primeiro diziam que andavamos de tanga. Agora, já metem cornos ao barulho. Cornos, de tanga e mão de obra barata. Começo a desconfiar de que somos todos umas prostitutas de rua...
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