
Já cheira a 2010. Um Grande 2010 para todos, inclusivé para o Carlos Queiroz e companhia que nos hão-de dar muitas alegrias este ano. Beijos e abraços.
E se um soutien também fosse capaz de servir de máscara de protecção contra a Gripe A? Bem sei que a ideia parece parva mas nos E.U.A., Japão, China e Índia a palavra "parva" deve ser das mais utilizadas. Desta vez, nos E.U.A., uma médica que nasceu e cresceu na Ucrânia e cujos pesadelos envolvem sempre o desastre de Chernobyl, resolveu transformar esse objecto de culto masculino na mais recente arma contra a propagação da epidemia. Com apenas dois ou três movimentos, consegue-se transformar um soutien em duas potentes máscaras. E não são umas máscaras quaisquer. Ficamos com duas máscaras de renda preta ou vermelha. Muito fashion. Não sei se a medida irá ser eficaz mas uma coisa é certa: vai ser a alegria de muitos tarados sexuais cujo fetiche consiste em meter o nariz em soutiens, sobretudo usados. Longe vão os tempos em que o vestuário servia apenas para que o ser humano não andasse nu por aí. Agora até a peça mais básica terá forçosamente de ocultar outra funcionalidade. Soutiens e Gripe A são uma mistura explosiva realmente. Vai passar a ser normal vermos as mulheres a tirarem o soutien em espaços públicos sempre que ouvirem um espirro. Se esta moda pegar, com a quantidade de mulheres que temos na Assembleia da República, quando alguma pobre alma espirrar ou assoar o nariz em plenário, vamos ter um verdadeiro espectáculo de soutiens a serem desapertados e aquele lugar nobre parecerá uma casa de strip. Mais ainda... Parece que já estou a ver a Manelinha a desapertar o soutien de forma extremamente sexy... Va, não consigo imaginar tal horror. Esta medida só traz um problema. O crime de abuso sexual terá aqui uma atenuante. Quando estivermos numa disco, com todos aqueles decotes a rodear a fraca carne do homem, se alguém espirrar e nós colocarmos as mãos nas mamas das "moças" isso já não será considerado abuso sexual porque poderemos sempre alegar que nos queríamos proteger da Gripe A e a jovem possuia o único meio necessário existente nas proximidades para a referida protecção. Passamos a ter direito de abusar. Para seduzirem um homem elas já não precisarão de andar decotadas. Basta chegarem perto deles e perguntar-lhes se querem brincar com a "sua máscara de protecção". Só grandes invenções. O que virá a seguir? Fio dental que se transforma em cinto de segurança?
Uma das coisas mais tristes que pode acontecer é faltar a electricidade. A verdade é que já quase ninguém passa sem esse elemento de comodidade e felicidade. Basta estarmos uns minutos sem electricidade e quase que se gera o pânico na população. E só nesses momentos é que nos damos conta da enorme dependência da electricidade. Sobretudo quando ela falta durante a noite. Quando estamos às escuras, completamente desorientados, a primeira coisa que fazemos é tentar acender a luz. É mais forte que nós. Sabemos perfeitamente que não há electricidade mas mesmo assim parece que a nossa mão ganha vida própria e vai carregar no interruptor. Para nos sentirmos mais parvos ainda. Mas as cenas tristes não se ficam por aí. O mundo parece completamente parado e não sabemos o que havemos de fazer. Surge uma ideia: vamos ver um DVD. Olhamos para a televisão e logo começamos a auto-flagelação de insultos. Já que não dá, vamos para o computador. Outro estalo na cara. Vamos colocar o telemóvel a carregar. Mais um insulto. Não estamos preparados para estar muito tempo sem electricidade. Quando ela falta parecemos umas baratas tontas. Claro que há excepções. Há alturas em que se não houver electricidade até não nos importamos. Mas, regra geral, bastam dez minutos sem conseguirmos ligar a televisão para entrarmos em pré-depressão. Uma coisa que nunca acontece é faltar a electricidade quando precisamos que ela falte. Quantas vezes faltou a luz durante os exames? Nem uma vez. Quantas vezes faltou a electricidade quando estamos a tomar conta de putos terrivelmente melgas e eles nos estão a dar uma tareia na PlayStation? Nem uma. Se não a desligarmos muito discretamente ainda estamos sujeitos a passar maiores vergonhas. Isto tudo resume-se a uma conclusão: já não sabemos viver sem electricidade. Há quem diga que radical é escalar montanhas, fazer Rappel ou Bungee Jumping. Mas o que é mesmo radical é tentar urinar às escuras. Podemos ter alguns pontos de referência mas é sempre uma aventura "mudar a água às azeitonas" quando não vemos o alvo. Podemos arranjar sempre a solução da luz do telemóvel. Mas ela não é eterna e apaga-se de repente... E o pânico que daí advém pode conjurar um desastre natural. Com a aflição de acendermos novamente a luz, é quase certo que haverão danos colaterais.











