Falar de outras pessoas é algo perfeitamente normal no comportamento humano, sobretudo nos latinos. Falar mal de outras pessoas, então, é o pão nosso de cada dia. Mas estas coisas são inevitáveis. Por muito que alguém se esforce por não comentar certa e determinada pessoa, é quase garantido que mais tarde ou mais cedo o fará. E tal facto por vezes tem de ser entendido até como uma clara demonstração de inteligência e imaginação dada a quantidade exorbitante de elementos fictícios que se vão acrescentando à história. É um bom exercício para revitalizar o cérebro. E quando nessas histórias vemos colocado o cunho profissional da comunicação social temos algo bombástico. Mas, como refiro, tudo isto é uma questão natural e cultural. O alheio, a curiosidade e o mistério são elementos muito sedutores. E escrevi tudo isto apenas para justificar o interesse humano no que o rodeia. E é neste contexto que surge a notícia (escandalosa, por sinal) de que o nosso querido e estimado ex-Primeiro-Ministro e quase engenheiro Sócrates ameaça processar todos aqueles que invocarem o seu nome. Se for para criticar de forma muito negativa, claro está. E aqui nos é apresentada outra faceta de Sócrates que até agora desconhecia: o lado divino. À semelhança do que acontece com o Criador, Sócrates não admite que invoquem em vão o seu abençoado nome. Que é um ser inatingível já todos tínhamos reparado. Que possui uma sapiência e uma reputação intocáveis é que são elementos novos. Mas o ser humano está sempre a aprender. Essa é a beleza da vida. Contudo, e apesar de até ser agradável saber que o quase engenheiro continua a falar com tanta veemência, toda essa estratégia de intimidação não passará do mais puro bluff. Processar os difamadores é uma actividade engraçada, uma boa forma de ocupar o tempo e entreter os tribunais com questões menores mas este senhor deve querer tudo menos entrar em tribunais nos próximos anos. Por uma questão de superstição… Quanto mais longe do tribunal, melhor. Fica só a ameaça para amedrontar alguma alma mais distraída. Até porque processar alguém por invocar o nome em vão levanta outras questões mais profundas. Tendo por base um mandamento, teria de se invocar o direito canónico certamente. E para alguém com tantas mentiras no currículo, isso seria um procedimento muito perigoso. O que retiro desta história é apenas o seguinte: dizem que Sócrates teve muita dificuldade em Inglês Técnico, que o projecto final não era seu e agora ainda se diverte a plagiar mandamentos. Um caminho arriscado.
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