quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O buraco do Jardim…

É ponto assente que Jardim tem buraco. Acho que nunca ninguém neste país teve dúvidas e já nem a Troika coloca tal facto em causa. Normal também se torna o facto de o Alberto pretender esconder o seu buraco. Vivemos num país de brandos costumes, um país ainda com mentalidade conservadora e onde é escândalo tudo o que seja mais depravado. Por isso, muito bem fez o Tio Alberto em esconder o seu buraco. Andar por aí a mostrar o seu buraco como se mostrasse a cara é algo digno do mais puro repúdio da sociedade portuguesa. O homem, e bem, decide esconder o buraco e é atacado da mesma vil forma. Preso por ter cão e preso por não ter. Além disso, e não obstante o cariz depravado da coisa, esta omissão do buraco foi útil para preparar os portugueses para a bomba que daí adviria. Se já era escandaloso ver um buraco, mais censurável é observarmos a dimensão e o feitio do mesmo. Jardim tem um grande buraco. E além de grande, é obscuro, de ramificações cabeludas e de contornos que cheiraram muito mal à Troika. Desse buraco não sai boa coisa e não temos a perfeita noção de quão profundo é o mesmo. O estado do buraco do Jardim é o mais fiel reflexo de tudo o que aquela região tem ingerido do continente e das atividades sodomitas que levaram ao alargamento do dito cujo. Numa região tão conhecida pelo tamanho diminuto desse fruto de nome banana, deparamo-nos com uma abissal dimensão de um buraco. O que significa que a banana não conseguirá preencher esse buraco e outras soluções terão obrigatoriamente de ser encontradas. Com essas bananinhas não vão lá. Talvez com umas garrafas de vinho a coisa se componha. Fica a ideia de que a Madeira não precisa de apoio monetário nem de nenhum resgaste da Troika; precisa, isso sim, de um toque rectal orçamental e de um clister financeiro. Mas não crucifiquem o homem na praça pública. Escondeu o buraco, é verdade. Mas não fazemos todos o mesmo?

alberto-joao

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