segunda-feira, 14 de março de 2011

Gerações...

Todas as gerações ambicionam ser apelidadas por algo bonito, algo que as faça serem reconhecidas no futuro. E nomes bonitos não faltam. É uma questão de criatividade. No entanto, a minha geração vai ficar para sempre designada como a "Geração à Rasca". Não é nada bonito. Fica-se com a ideia de que se trata de uma geração à procura de uma casa de banho e não de um emprego. Que alegria teremos nós em dizer aos nossos netos que um dia pertencemos à "Geração à Rasca"? Preferia que nos chamassem de "Geração Recibos Verdes". Não é tão agressivo e fica na memória das pessoas. Isto não está fácil para quem é jovem. Ou melhor, não está bom para ninguém. Se isto continua a piorar, chegaremos a um ponto em que já não iremos pedir a ajuda do FMI mas sim a ajuda da AMI. Manifestações como a do passado sábado são bonitas. O problema é que normalmente não servem para nada. E quando alguma tem hipóteses de mudar alguma coisa, a manifestação é abafada por puras manobras de diversão. Vendo que os jovens se preparavam para tomar de assalto o país, Sócrates decide desviar as atenções para o outro lado do planeta, provocando uma onde de dez metros no Japão. Não há dúvidas de que Sócrates escolheu bem a sua equipa. Até S. Pedro contratou. Fazem de tudo para abafar manifestações. E se pensavamos que os japoneses é que estavam tramados com o tsunami, muito enganados estavamos, sem dúvida. Enquanto que os japoneses andam a fazer surf em ondas de dez metros, nós somos inundados com mais medidas de austeridade. O PEC em Portugal já tem mais sequelas que os famosos filmes do Rocky. Em termos de argumento até se tratam de temas iguais: baseiam-se em assaltos. Assaltos de boxe contra assaltos aos bolsos. Depois de tantos PEC's, acho que os governos deveriam ser como os códigos dos cartões multibanco: têm três tentativas para acertar ou então ficam bloqueados. Era tudo muito mais simples. Já era tempo de um tsunami levar Sócrates para longe daqui. Contudo, Sócrates não tem medo absolutamente nenhum que tal possa acontecer pois não existe fenómeno metereológico que possa envolver mais àgua do que aquela que envolve as políticas do Primeiro-Minsitro. Dessa morte está ele salvo.

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