Surgem as primeiras manifestações feministas que tentam quebrar e extinguir a bela tradição do piropo masculino. Aos poucos, elas andam a tentar modificar tudo o que o homem tem de verdadeiramente masculino. Elas querem homens que tomem banho, que se depilem e que não mandem piropos. Parece que elas andam à procura de uma Barbie e não de um homem. Claro que esta iniciativa só poderia surgir de algum país anglo-saxónico, dado que a inteligência não abunda por lá. E a britânica Vicky Simister é um bom exemplo do que acabo de referir. Para ela, é difícil distinguir entre homens que se limitam aos assobios e os que podem evoluir para a violência sexual. Por isso é que pretende acabar de vez com os piropos. Realmente, esta é das melhores medidas que poderiam ser tomadas para evitar mais violações no futuro. Toda a gente sabe que esses violadores ressabiados que por aí andam, mandam sempre um piropo antes de atacarem as suas vítimas. O seu código deontológico obriga à declamação de um piropo ou a uma assobiadela só por cortesia e para quebrar o gelo da relação. Quem pretender enveredar pelo mundo das violações não poderá ser mudo. E acabar com o piropo português, então é algo que eu acho extremamente desumano. Que extingam os linces ibéricos à-vontade. Mas preserve-se o piropo. Caso contrário, é certo que os trabalhadores da construção civil irão entrar em greve por manifesta insuficiência motivacional para a laboração. E não há nada mais triste que o chamado "trolha" desmotivado. Queixam-se elas de serem apreciadas. E também se queixam quando ninguém lhes liga. Quem as entender merece um Nobel, de facto. E logo estas inglesas que mal arranjam uns dias de férias voam imediatamente para Portugal para serem devidamente bajuladas pelos tugas. E agora atraiçoam-nos desta forma. Durante todo o ano é um corrupio de inglesas a dançar, todas malucas e semi-nuas, nos bares algarvios; limpar varões como elas o fazem é algo dificilmente visto por mulheres de outras nacionalidades. No entanto, têm um medo de morte de um piropo. Open minds... and mouth shut.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quinta-feira, 17 de março de 2011
Hole in one...
Numa altura em que o Estado pretende aferir da qualidade de vida e dos hábitos quotidianos da população portuguesa através dos famosos censos, penso que deveriam ser incluídas duas perguntas muito simples nos mesmos: 1) Já jogou golfe?; 2) Se nunca jogou, já entrou nalgum campo de golfe?. Parecem-me perguntas importantes e bastante pertinentes já que o governo decidiu baixar o IVA do golfe de 23% para 6%. Será um incentivo à prática do golfe? Deve ser a única explicação possível. Nada melhor que passar horas a fio em amplos espaços verdes para esquecer que estamos prestes a declarar a falência do país. O único problema desta medida é o facto de não produzir quaisquer efeitos para 99,9% da população portuguesa. E os 0,1% da população que serão beneficiados correspondem a pessoas de vastos recursos económicos. Quem quiser ir a um ginásio paga 23%; para jogar golfe bastam 6%. A quantidade de clientes de um só ginásio deve equivaler a todos os portugueses que praticam golfe no norte do país. E não é com ordenados mínimos que se pode jogar golfe. Cortam-se reformas mas baixa-se a tributação numa actividade reservada a gente de vastas posses e turistas endinheirados. Para eles, o IVA do golfe até poderia ser de 50% que nem se importariam com isso. No entanto, tinhamos de o baixar. Onde está a austeridade? Foram estas medidas que acordaram em Bruxelas? Esses caralhos da União Europeia querem vir para cá jogar golfe quase de graça? Era tão bonito recebê-los à tacada. Ou atirar-lhes bolas de golfe, moda que teve grande adesão em Portugal. No golfe, ganha quem conseguir meter a bola no buraco com o menor número de pancadas. Sócrates tem feito algo mais difícil: com apenas uma pancada meteu um país no buraco. Um fantástico "hole in one" para o Zézinho. Mas que Sócrates não se ache um Messias. As condições para tal resultado tornaram tudo mais fácil: ventos de desgraça na direcção do buraco, inclinação acentuada do país no sentido descendente e tamanho do buraco anormalmente dilatado. Mesmo assim, com tantas facilidades, alguns teriam falhado. Mas não José Sócrates.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Gerações...
Todas as gerações ambicionam ser apelidadas por algo bonito, algo que as faça serem reconhecidas no futuro. E nomes bonitos não faltam. É uma questão de criatividade. No entanto, a minha geração vai ficar para sempre designada como a "Geração à Rasca". Não é nada bonito. Fica-se com a ideia de que se trata de uma geração à procura de uma casa de banho e não de um emprego. Que alegria teremos nós em dizer aos nossos netos que um dia pertencemos à "Geração à Rasca"? Preferia que nos chamassem de "Geração Recibos Verdes". Não é tão agressivo e fica na memória das pessoas. Isto não está fácil para quem é jovem. Ou melhor, não está bom para ninguém. Se isto continua a piorar, chegaremos a um ponto em que já não iremos pedir a ajuda do FMI mas sim a ajuda da AMI. Manifestações como a do passado sábado são bonitas. O problema é que normalmente não servem para nada. E quando alguma tem hipóteses de mudar alguma coisa, a manifestação é abafada por puras manobras de diversão. Vendo que os jovens se preparavam para tomar de assalto o país, Sócrates decide desviar as atenções para o outro lado do planeta, provocando uma onde de dez metros no Japão. Não há dúvidas de que Sócrates escolheu bem a sua equipa. Até S. Pedro contratou. Fazem de tudo para abafar manifestações. E se pensavamos que os japoneses é que estavam tramados com o tsunami, muito enganados estavamos, sem dúvida. Enquanto que os japoneses andam a fazer surf em ondas de dez metros, nós somos inundados com mais medidas de austeridade. O PEC em Portugal já tem mais sequelas que os famosos filmes do Rocky. Em termos de argumento até se tratam de temas iguais: baseiam-se em assaltos. Assaltos de boxe contra assaltos aos bolsos. Depois de tantos PEC's, acho que os governos deveriam ser como os códigos dos cartões multibanco: têm três tentativas para acertar ou então ficam bloqueados. Era tudo muito mais simples. Já era tempo de um tsunami levar Sócrates para longe daqui. Contudo, Sócrates não tem medo absolutamente nenhum que tal possa acontecer pois não existe fenómeno metereológico que possa envolver mais àgua do que aquela que envolve as políticas do Primeiro-Minsitro. Dessa morte está ele salvo.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Há beatas no petróleo...
Na próxima quinta-feira, e aproveitando o ambiente carnavalesco que se vive em Portugal por estes dias, o Bloco de Esquerda irá apresentar a sua famosa moção de censura. Nesse mesmo dia, Kadhafi poderá já não estar no poder na Líbia. De facto, estamos numa era muito complicada para pseudo-tiranos. As coisas não andam nada fáceis para quem pensa que os seus poderes lhe foram delegados por uma entidade superior. O mundo islâmico está em ebulição; Portugal está em banho-maria. Sempre fomos um povo mais brando. Uma coisa é inegável: a história de Kadhafi e Sócrates parece estar interligada e não parece augurar nada de bom para o futuro dos dois. As semelhanças entre ambos são imensas. Podemos começar pelo medo do Bicho Papão estrangeiro. Kadhafi receia ver o seu país invadido pelos americanos, que têm tanto interesse pelos direitos dos líbios como eu tenho pela qualidade das minhocas utilizadas na pesca desportiva. Por seu lado, Sócrates tem pesadelos com a cada vez mais inevitável invasão do FMI. As noites não devem ser muito sossegadas. Outra coisa que os aproxima é o facto de evitarem a todo o custo sair do poder com dignidade, mesmo quando já repararam que pouco poder ostentam. Já parecem o Frodo agarrado ao anel. Contudo, quando estão desesperados, tratam muito bem das revoltas contra as suas governações. Ficamos a saber no dia de ontem que a Universidade de Cartum, no Sudão, pretende retirar o título de doutor honoris causa a Kadhafi. Até nisto são parecidos. José Sócrates será eternamente confrontado com a sua possível "não-licenciatura" e a Kadhafi irão tirar o doutoramento. Nem a vida académica corre bem a estes senhores. Só faltava ficar a saber-se que o doutoramento de Kadhafi ocorreu ao domingo. Mas não deve ter sido porque no Sudão há pessoas sérias. Kadhafi padece de outra maleita muito grave: não há unanimidade em relação à forma como se pronuncia o seu nome. Para uns é Kadhafi, enquanto que para outros poderá ser Gadhafi, al-Khaddafi ou al-Qadhafi. E como vimos na última campanha para as legislativas, existem militantes do PS com altos cargos no partido que também não sabem ao certo o nome do mestre: pode ser Sócrates, Socrates, Sócratas, Socras ou simplesmento Socas. Na escola, Kadhafi destacou-se na Matemática, na Literatura e na Geografia. Matérias relativamente às quais Sócrates tem tido muito dificuldade: tem um Ministro das Finanças que não percebe nada de Matemática; escolhe Ministras da Educação que, na Literatura, enveredam pelos policiais; e teve um Ministro das Obras Públicas que afirmava que a margem sul é um deserto, o que mostrava toda a sua ignorância no que respeita a conhecimentos geográficos. E termino com a maior semelhança entre estas duas personagens: ambos passaram vários anos da sua vida a abominar o Socialismo. Kadhafi abominou o Socialismo aproximadamente até 2005. Por seu turno, Sócrates tem abominado o Socialismo desde que se tornou Primeiro-Ministro. Eles até podem ter petróleo mas nós temos o tinto carrascão. E é fácil de ver qual de entre estas duas coisas mais falta fará ao mundo civilizado.
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