Fiquei emocionado neste fim-de-semana a ver a qualidade de um filme que estava a passar nas televisões deste país. Vi um homem a quem todos criticam e apontam o dedo; um homem a quem todos atacam. Vi um homem justo, honesto, coerente e imparcial. Vi a história desse homem e as infames calúnias daqueles que tentam ferir o seu espírito de morte. Vi um povo agradecido a esse homem, um povo emocionado e que emocionou o seu líder! Vi manifestações de carinho e de profunda admiração por esse homem especial, capaz de trazer a felicidade e o bem-estar aos seus. Vi um homem injustiçado, amargurado pelos maquiavélicos ataques de que foi vítima, mas piedoso e capaz de perdoar os seus inimigos. Vi um país feliz e próspero, onde tudo corria bem. Por momentos, julguei ver um profeta capaz de arrebatar a sociedade e dar ao filme um final feliz. Depois olhei melhor para a televisão e disse: "Caralho! Afinal é o Sócrates!" Quase que me iludia o bandido... No entanto, continuo a achá-lo um profeta... mas daqueles que trazem as pragas do Egipto. E lá se foi o encanto. A expressão emocionada de Sócrates era afinal tão verdadeira quanto o monstro do Loch Ness. O discurso por diversas vezes repetido de Sócrates faz-me pensar no quanto antigo eu sou. Ainda sou do tempo em que era o Governo a governar o país, imagine-se. Hoje em dia, e pelo discurso inflamado de Sócrates, chego à conclusão de que quem governa são os partidos da oposição. Muita coisa mudou desde a última vez em que votei para as legislativas. Cheguei a pertencer às gerações que votavam no partido que deveria governar o país, no seu entender. Actualmente, parece que se vota num partido para o ilibar de qualquer responsabilidade no fracasso das suas políticas. Dantes, o partido com mais votos era convidado a formar governo, chegando ao ponto de governar o país, inclusivamente. Mas nas últimas legislativas, muita gente votou no PS para que Sócrates fosse desresponsabilizado daquilo que tem feito a Portugal. Os portugueses gostam de pobres coitados, seja no Big Brother, na Casa dos Segredos ou até mesmo em São Bento. E Sócrates já se apercebeu disso. Se convidar a Júlia Pinheiro para Presidente da Assembleia da República, não iria estranhar.
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