Desengane-se quem pensa que a Troika é o nosso barco da salvação. Antes o fosse. A Troika não é mais do que uma prostituta de luxo vinda do Leste e que veio para cá fazer o mesmo que todas as outras: trocar prazer pelo dinheiro. Se de dia temos reuniões durante horas e horas com o FMI, à noite o país fica envolvido por essa emigrante que nos prende na sua teia de sedução com falinhas mansas. No fundo, a Troika veio para Portugal satisfazer as necessidades do país em troca de um alto preço a pagar, como toda a prostituta que se preze o faz. E foi muito fácil seduzir o país. Basta chegar cá com largo decote financeiro que mostra muita coisa que nos espera no futuro, um ventre liso como os nossos bolsos, um sedutor jogo de cintura macroeconómica que nos hipnotiza desde o primeiro momento, um bom pacote de medidas à boa maneira brasileira e um par de pernas que reflecte abertura para negociações económicas. E com isto o povo ilude-se, deixando que ela nos “sugue” até ao tutano financeiro. E deve ser bem jeitosa porque toda a gente se quer reunir com ela. Menos os do Bloco porque estão drogados e os comunistas porque tinham de a partilhar. A Troika chega aos encontros com os representantes do país e nem lhes dá tempo para dois piropos… começa logo a falar de dinheiro, por quanto ficará aquela brincadeira… não está lá para falar mas para satisfazer. Se querem falar, arranjem uma namorada financeira. Por cada serviço será X, por cada 15 dias será X… e lá vamos nós ficando cada vez mais endividados. Mas tenhamos razões para sorrir! A Troika é uma prostituta bastante exigente. Não se mete com qualquer coisa. Antes de entrar em Portugal, a Troika espreitou a Espanha mas viu que o tamanho da deles ainda não era suficientemente grande para as suas pretensões, nem demasiado consistente. E quando viu a nossa, deliciou-se. Tesos como andamos, fizemos com que ela perdesse a cabeça e se estabelecesse por cá. Dificilmente a Troika verá coisa maior e mais escura por esse mundo fora. A nossa dívida pública é mesmo assim, suas gulosas.
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