Os carros de patrulha da PSP não funcionam por falta de peças, situação provocada pela falta de financiamento. Os polícias queixam-se de que não há condições para trabalhar e as patrulhas ficarão limitadas a algumas dezenas de metros ao redor das esquadras. E isto é uma situação perigosa. Para os próprios polícias, entenda-se. Como eles não estão habituados a andar a pé e com as altas temperaturas que estão previstas para os próximos dias, é bem provável que o número de desmaios em horário laboral dispare. Há testemunhas que comprovam que há agentes da PSP a mendigar por um pouco de óleo para os motores das viaturas. Passear de carro para os PSP’s origina a mesma satisfação que uma dose de cocaína a um toxicodependente. A satisfação e o mesmo grau de viciação. Só isso pode explicar o porquê de eles se rebaixarem ao ponto de pedir óleo. E em vez de ouvirmos a já famosa expressão do “Desenrasca-me uns trocos”, vamos passar a ouvir um “Desenrasca-me uns pingos”. Da maneira como isto anda, será mais perigoso parar o carro numa operação Stop do que parar para ajudar um desconhecido que aparente ter problemas mecânicos no automóvel. Paramos a viatura, o agente pede-nos para sair do automóvel e estamos sujeitos a que eles fujam nele. Só para não andarem a pé. Antigamente, os agentes das várias forças de segurança tapavam os olhos às infracções dos automobilistas caso lhes deixassem um “donativo”. Hoje em dia, perdoarão as nossas ofensas ao Código da Estrada se lhes deixarmos dar uma voltinha na viatura. Para matar o vício. Não sei porque é que exigem que os agentes tenham de efetuar com sucesso determinadas provas físicas para depois passarem toda uma carreira a passear de automóvel de um lado para o outro. Deveriam ser selecionados aqueles que conseguissem passar mais horas sentados num veículo. Tenho a certeza de que se esses veículos tivessem casa de banho integrada, alguns nunca mais sairiam de lá de dentro. Se as viaturas fossem amarelas, não faltariam Noddy’s por aí.
Sem comentários:
Enviar um comentário