2011 começa com campanhas. Ou melhor, deveria começar com campanhas. Contudo, aquilo a que temos assistido nos últimos dias é mais digno de um espectáculo circense do que propriamente com campanhas eleitorais. Na luta pela cadeira do poder, a palavra mais utilizada é "banco". Denota-se, desde logo, um claro retrocesso ao nível do mobiliário político. Há candidatos que são acusados de pertencerem ao gang do BPN; outros são acusados de pertencerem ao gang do BPP; e há ainda outros que são acusados de extremismo político. Dá a sensação de que no dia 23 não iremos eleger o próximo Presidente da República; parece, isso sim, é que vamos dar poderes ao próximo Vito Corleone de Portugal. Não irá ganhar, com certeza, o mais inocente nestas histórias todas mas antes ganhará o menos culpado. Se não é o candidato madeirense a trazer algum humor a esta campanha, este país ficaria ainda mais monótono. Simpatizo com o homem e até acho que deveria ganhar já que tem um argumento muito forte a seu favor: não esconde que é palhaço, ao contrário dos outros candidatos que tentam parecer sérios. Nenhum dos candidatos merece ganhar e a única pessoa que poderia tomar conta do país não se quis candidatar: o director do jardim zoológico de Lisboa. De todas as pessoas deste país, acho que é a única com capacidade e experiência para liderar esta bicharada toda que anda por aí. Se o país está entregue à bicharada, porque continuamos a ostracizar as únicas pessoas competentes? Deixemos os "tachos" para os cozinheiros e não os entreguemos a economistas ou poetas. Não conheço um economista ou um poeta que saiba cozinhar bem. Os primeiros, porque cortam demasiado nos ingredientes e nas quantidades; os segundos, porque enquanto declamam um poema, deixam queimar o refugado.
E agora falemos de quem merece. Mourinho ganhou o prémio de melhor treinador do mundo de 2010. Nada mais justo. Ainda para mais ganhando a dois espanhóis. Arrogante, provocador, polémico. Mas o melhor. Temos o melhor treinador do mundo, um dos melhores jogadores do mundo e o melhor empresário de jogadores do mundo. Por que raio continuamos a sentir-nos pequenos?
Para terminar faço uma pergunta: onde é que o Mourinho costuma estar durante os jogos? Pois é, no banco. Como vemos, todas as notícias explosivas deste novo ano andam sempre relacionadas com "bancos". Não há maneira de eles nos largarem.
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