sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Loquuntur vulgo...

A quadra natalícia é, no mínimo, peculiar. Toda a gente fala do Natal da mesma forma que as candidatas a Miss Mundo falam daquilo que farão se ganharem. Só se fala em ajudar os mais necessitados, da alegria e paz no Mundo; fala-se e diz-se muita coisa que se traduz apenas nisso mesmo: algo dito da boca para fora. Sim, porque depois fazemos tudo ao contrário. Esta é uma época para as crianças, essencialmente. E o que fazem os adultos? Enganam as crianças. A essência do Natal assenta numa mentira: o Pai Natal não desce pela chaminé. Isso é ridículo. Ele entra pela porta como toda a gente. Então, porque é que continuamos a dizer à criançada que o balofo vem pela chaminé? Serão fantasias com buracos escuros, apertados e quentinhos? Ou vão agora dizer que um sujeito que visita todas as casas do Mundo apenas numa noite não consegue abrir uma simples porta ou janela? Enganar crianças e oferecer-lhes presentes. Há pessoas que vão presas por causa disso. Parem de mentir. O Pai Natal não merece tal desrespeito. Até porque a coisa que mais trabalho deve dar nesta altura é fazer embrulhos. Passamos minutos a fio a tentar fazer uma obra de arte com o embrulho, atendendo a todos os pormenores e formas físicas da prenda, e depois todo esse trabalho não é reconhecido porque as pessoas rasgam essa nossa obra de arte em apenas dois segundos e atiram a nossa "tela" para o lixo. Aí, sentimo-nos um bocado parvos. Tanto trabalho e dedicação que acaba por servir para muito pouco. Acho que só tem um trabalho pior quem faz os rolos de papel higiénico. Agora, imaginem a angústia do Pai Natal e de toda a sua equipa quando têm de embrulhar todos aqueles presentes e depois é tratado por velho gordo e pachorrento. Não queiram ser Pai Natal. Mas as mentiras às crianças não se ficam por aqui. Que história é aquela de se dizer que é Deus que está a "ralhar" connosco quanto está trovoada? Se é verdade, Deus tem uma voz que não é muito agradável e acho que não seguia em frente no Ídolos. E como costuma chover logo após o trovão, as crianças acabam por ficar a pensar que Deus se baba todo a falar, tal e qual um velhinho no lar. Deus deve ter mais que fazer do que mandar perdigotos cá para baixo. Dizemos que não se deve mentir porque caiem os dentes aos mentirosos. E nós é que estamos a mentir. Cair os dentes aos mentirosos? Só se for com a tareia que levam alguns mentirosos quando se descobrem as verdades. Não mintam. Para mentiras já chegam as campanhas políticas.

1 comentário:

Anónimo disse...

tu sabias q o ps exigiu disciplina de voto no casamento homosexual?!!!! grande democracia esta nossa. Não ao referendo e toca a votarem todos no q eu quero, enfim.

Votem nele, votem!!!!

Pronto hoje tou assim, refilona:)

Beijo, C