Pensem bem antes de sair de casa para ir às compras. Só o simples facto de atravessarmos a porta de casa em direcção à rua consubstancia uma perigosa aventura rumo ao desconhecido. Uma pessoa nunca sabe o que pode acontecer fora de portas. Que o diga uma escocesa de nome Kay Ure. A infeliz saiu de casa para comprar um perú e só voltou um mês depois. E demorou um mês devido às fortes tempestades que a impediram de regressar a casa, segundo ela. Não sei onde é que esta escocesa foi comprar o perú. Provavelmente, e dado o tempo que demorou a regressar a casa, ela deve ter procurado o perú no país com o mesmo nome. E deve ter ido a nado. Não sei é se o marido vai acreditar nesta desculpa... Tanto tempo sem ir a casa... Vamos lá ver se a escocesa não matou o perú com umas "facadinhas" no matrimónio. Se bem que, com tanto tempo fora de casa, não se possa falar propriamente em "facadinha"; um mês fora de casa deu para um brutal "esfaqueamento" no casamento. As mulheres estão cada vez menos sérias. Se ela morasse em Portugal e a desculpa para demorar um mês a voltar a casa tivesse sido a espera por uma consulta num posto médico, até acreditava. Mas demorar por ter ido comprar um perú já é uma desculpa muito batida. Já ninguém acredita em tal coisa. Posto isto, das duas uma: ou a escocesa se perdeu nos saldos (o que é perfeitamente natural nelas); ou então o whisky escocês é mesmo o melhor do mundo. Dá uma bebedeira de um mês. Aquilo bate mesmo.
P.S.: Com esta história dos casamentos homossexuais, quando voltar a ouvir o Emplastro dizer que o Pinto da Costa é o pai dele e o Vítor Baía é a mãe, eu já não me vou rir. Já vou olhar com uma certa desconfiança para ambos. Ai são um casalinho? Cuidado. É que se eles podem ter um filho, todos terão o mesmo direito.
(Lua de mel?)