sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Bellum,pax rursum...

Guerra, e novamente a paz! Agora que já estava todo o país empolgado com uma verdadeira cena de filmes americanos, um assalto a um banco com direito a reféns e tudo, eis que a cena termina num àpice. Interromperam tanto tempo as novelas durante o dia para mostrarem apenas uns milésimos de segundo de acção. Ao menos acabou tudo bem, como nos filmes. Mortos os maus e salvos os bons. Esperem aí! Os reféns trabalhavam no banco? Então não há bonzinhos na história, é tudo vilão...
Por outro lado, há coisas que também não se fazem, mesmo a ladrões. Quer dizer, anda um grupo de gatunos a desperdiçar muito do seu valioso tempo a determinar qual o banco que vão assaltar para depois lá chegarem e repararem que o único dinheiro que por lá havia estava na carteira dos funcionários. Não se faz a ninguém. É preciso ter azar! Tanto banco por aí a explorar o "pobão" e eles escolhem um que não tem dinheiro. Não se pode mesmo confiar num banco. Já nem é seguro que tenham dinheiro. Era como assaltar uma gasolineira em que o único dinheiro que havia no local estaria naquelas máquinas automáticas de café. Não tem lógica e o gatuno sai claramente prejudicado. Há uma alteração substancial dos factos que prejudica o arguido, logo isto é inadmissível!
Uma coisa engraçada de ver foi um vídeo que um canal televisivo mostrou sobre uma anterior situação com reféns, onde aparecia a figura mitológica do negociador em plena acção. Então, dava para ouvir perfeitamente a técnica utilizada pelo negociador que noutra situação qualquer seria do mais cómico possível. Quer dizer, mesmo naquela situação foi bem cómica, diverti-me à brava a ouvir a repetição. O típico negociador à portuguesa. Falar calmo, tranquilo, voz de locutor do "Oceano Pacífico"... E de repente lá surgia um "Eh,pá!". Destas expressões não tem eles lá na América. Qual Horatio Caine, qual quê! E dava gosto atentar no carinho e na intimidade entre negociador e gatuno que, de tão mal educado, nunca respondeu. Nem depois de morto... Tanta má-educação numa só pessoa... Então era o negociador a dizer coisas do género :"Ó Bruno, porque eu sei que a vida é difícil e complicada para todos, que isto não é fácil..." Confesso que durante momentos já nem sabia se estava a ouvir um negociador ou um catequista...

1 comentário:

Anónimo disse...

looooooooooooooooooool...o meu primo anda mt inspirado;)
beijos da prima