quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Motins…

Londres está “on fire” literalmente. E invejosos como somos, lá tinha de vir um tuga a público dizer que aquele ambiente inflamado poderá estender-se ao nosso país. Só para não ficarmos atrás dos ingleses. Acho que tais declarações são tão erradas como pouco acertadas. Dificilmente se passará em Portugal o que se passa em Inglaterra e por vários motivos. O primeiro motivo, e talvez o mais óbvio, é o de que os ingleses são parvos. Os cérebros dessa cambada que anda por lá a incendiar tudo o que apareça pela frente são absolutamente limitados devido à quantidade de drogas que os seus pais consumiram e que resultaram nisto. Em Portugal, nunca tive conhecimento de que os bolinhos de bacalhau e o tinto carrascão prejudicassem a capacidade de raciocínio. Depois, diz o nosso especialista, que a maior parte dos jovens que participam nos motins estão em situação de desemprego e sem qualificações, o que torna o ambiente cada vez mais explosivo. Mais um critério que não se pode aplicar à realidade do nosso país. A maior parte dos jovens que estão no desemprego é absolutamente qualificada. São jovens que concluíram os seus percursos na universidade e que, quando receberam a triste notícia de que terminaram o curso, depararam-se com as portas fechadas do mercado de trabalho. Enquanto os qualificados andam nos centros de emprego, os desqualificados dirigem o nosso país. Por isso, não serão os pouco qualificados a organizar motins porque terão de trabalhar; nem serão os qualificados, pois esses estarão nas filas de espera para serem atendidos nos centros de emprego. Mesmo que os jovens portugueses se lembrassem algum dia de organizar um motim e incendiar tudo, iam deparar-se com a extrema dificuldade dessa empreitada. Neste país, já há muita pouca coisa para incendiar. Até nisso os mais velhos prejudicam os mais novos. Explodir apartamentos, destruir automóveis, maltratar jornalistas… São tudo atividades do jet set nacional. Um jovem teria manifesta incapacidade em poder rivalizar com o nível de destruição provocado pelas figuras públicas. Aqui neste cantinho estamos seguros. Só temos algo parecido com motins quando as mulheres vão aos saldos. Mas como estamos em crise, nem isso nos incomoda.

guerra

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