sexta-feira, 22 de maio de 2009

Magister morum...

Se num dia defendemos que devia existir a disciplina de educação sexual nas escolas, no dia seguinte estamos a criticar uma simples professora só porque foi uma grande ordinarona na aula! Não entendo. Os portugueses não são capazes de se decidir. Vamos falar de sexo ou não vamos falar de sexo? Ou melhor, não é de sexo. É de sexualidade. Mais giro e menos agressivo. Estamos a ser demasiado sérios, demasiado puritanos. Que mal tem fazer umas perguntas sobre factos do passado das raparigas numa aula de História? Não é esse o fundamento da disciplina? Provavelmente a professora queria tomar como exemplo a perda da virgindade das alunas para explicar o processo da perda da independência de Portugal: a ambição de uma das partes leva à produção de factos que enfraquecem a parte contrária de modo a sujeitá-la às suas pretensões e ao seu domínio. E como estas questões de lutas normalmente envolvem derramamento de sangue... E quando questionou os rapazes acerca do estado em que encontravam a roupa interior quando acordavam, tudo isso estaria relacionado com a explicação sobre as nossas pretensões ultramarinas no tempo do Estado Novo: o sonho estava lá, a ambição era muita mas o objectivo ficava para lá da nossa imaginação. Resultado: tinhamos os cofres cheios mas o povo passava fome...
Tudo bem que não são os melhores exemplos que a professora poderia ter utilizado para explicar as matérias. Mas, como em todas as profissões, temos bons e maus profissionais.
Depois, lá vem a senhora Ministra da Educação com aquela imagem de dona de casa desesperada, dizendo que aquilo que se passou na aula não é normal. É uma boa maneira de dizer que foi algo grave. É quase a mesma coisa. Ela diria que foi algo grave se a professora tivesse falado mal dela. Mas como a professora só foi uma grande ordinarona, faltando ao respeito aos alunos e aos pais, então isso não é grave mas é apenas algo que não é normal. Fiquei mais descansado. Se ela não tem dito que é algo que não é normal, ficaria a pensar que todos os professores são uns grandes malucos...

3 comentários:

Anónimo disse...

"- ó professora mas quem disse que ja nao sou virgem?!?!?
- hahaha, inda é virgem, nos vamos ter uma conversinha la fora!!" ou ainda,
" olha minha menina eu sou licenciada e mestrada a tua maezinha para chegar aos meus pes tem que crescer mais de 1,70m!!"

digo eu que a faculdade lhe mostrou uns determinados psicotropicos que ela nunca mais conseguiu largar e agora esta a afectar-lhe o discernimento :/

a verdade e que se a muida nao tivesse gravado a aula ninguem acredtiaria nos alunos... era simplesmente demasiado surreal...

Mas o que eu mais gosto é estarem a pensar sujeitar a muida que gravou a aula a processo disciplinar escolar.. tudo bem que e proibido gravar aulas sem autorizaçao mas este conflito de direitos e deveres de parte a parte tem uma soluçao que a mim me parece de facil decisao.. aquela senhora tem mais e que ser proibida de dar aulas...

Ju***

Anónimo disse...

Ainda só li a primeira frase do post e já me está a apetecer dizer...ah seu ordinário:)))))))))) E ainda há quem te chame diamante...parece impossível looooooooool

Vou continuar a leitura

Anónimo disse...

Retiro o q disse no post anterior!
O nosso menino é tão culto:)))

E que inspiração...exemplos magnificos.

Tenho dito

Beijos

Não assino pq com toda a certeza sabes quem escreveu....mas na eventualidade de estares num estado de loirice total dou-te uma pista...a pen n trazia nenhum virus;)