Este é oficialmente o último post de 2008. Encontramo-nos em 2009. A todos um Grande, Enorme Ano Novo, que 2009 tenha para aí 500 dias... Sendo que 250 são feriados. Até ao próximo ano!!!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Satis verborum est...
Crise! Sempre a crise! Esta palavra parece que começa a deixar de ser uma simples constipação para os portugueses e já a vemos como uma doença crónica. Mas este virús terrível que se instala na sociedade não faz vítimas apenas em Portugal (aliás, em Portugal até dá ideia de que não há crise nenhuma, basta ver os milhões que foram gastos agora na época de Natal...). Um tal de Abramovich, um russo que não pode entrar na Rússia vá lá saber-se porquê, está a passar enormes dificuldades económicas, sendo que até a festa de passagem de ano está em risco de não acontecer. Dos 16700 milhões de euros do património desse senhor, dizem fontes maldosas que ele apenas terá neste momento 2300 milhões de euros. Ou seja, em cerca de 5 anos, gastou 14400 milhões de euros, dinheiro que dava para construir, por exemplo, 7 novas pontes sobre o rio Tejo. No fundo, um valor aproximado ao que a maioria dos portugueses gastou em prendas neste Natal (eu próprio gastei cerca d 7321 milhões de euros...). Coitado do Abramovich. E já só ter 2300 milhões de euros é uma tristeza. Ter de alimentar uma família com esse salário mínimo vai ser complicado. A Segurança Social deveria ajudar o senhor Abramovich porque esse senhor também já ajudou uns clubes aqui em Portugal. Estava aqui a pensar que lhe poderíamos oferecer um dos cabazes que fizemos para ajudar as famílias carenciadas... É isso tudo. Depois passamos lá no iate para lhe entregar.
De resto, continua tudo na mesma. O Presidente da República continua a mostrar que é uma figura perfeitamente dispensável e que não serve para nada. Se mesmo quando veta um diploma pode ser mais tarde obrigado a promulgá-lo porque na Assembleia da República assim decidiram, então para que serve esse "tacho"? Se não serve de "travão" às decisões da Assembleia da República, para que continuamos nós a eleger um Presidente da República? Para lhe pagar um bom salário e ele andar sempre em almoços e jantares com políticos de outros países? Temos ali não a principal figura do Estado, mas um mero diplomata. Porque não se altera a Constituição, acabando com a figura do Presidente da República, introduzindo votações para Presidente da Assembleia da República, aumentando-lhe os poderes e a independência? Estaria todos os dias no centro de decisões do país, poderia controlar os deputados e todas as matérias aprovadas por eles... Sei que dá trabalho e não estou a ver ninguém a fazer isso. Mas sempre é mais uma ideia parva.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Ruit calem...
Sócrates afinal não é mesmo engenheiro. Sócrates é, tal como o seu homónimo, um verdadeiro filósofo. O nosso Primeiro considera que a vida é uma experiência... Que frase bonita! E é com base nesta ideia que o tio Sócrates pretende aumentar o período de experiência no campo laboral. Já vamos em 6 meses à experiência. Quando acabar o curso, já devemos estar nos 3 anos à experiência. Tudo isto com o objectivo de tornar a vida profissional apenas uma experiência. Vamos andar sempre à experiência, mesmo com anos de trabalho na mesma empresa. Já estou farto de escrever "experiência"... Para os patrões nos poderem despachar com um simples "Até um dia!"... Bonito. É uma boa prenda para 2009.
No fim de tudo isto, mudei de canal. Estava farto de ver o Canal Panda. Sem querer, mudei para o Extreme Sports Channel. Estava a dar um Zé qualquer a atirar sapatos a um palhaço. Que desporto divertido. E a ver os reflexos do palhaço até fiquei com a ideia de que estava a ver o Matrix. Aqueles reflexos demonstram claramente muitos anos de treino intenso. O Bush (ou palhaço, em português...) mostrou uma rapidez de reflexos fantástica, de meter inveja ao próprio Neo. Senti nesse momento que a Oráculo se enganou e que afinal o Escolhido era o Bush. Já o estava a imaginar vestido de preto, de óculos escuros. Um momento parvo, confesso. Desde logo também se viu a fraca qualidade dos sapatos iraquianos. Se tivesse atirado a famosa "soca" portuguesa, com aquela forma aerodinâmica que reduz o atrito e aumenta a velocidade, a esta hora estaríamos a falar da grande pontaria do iraquiano. Acho bem que o condenem agora a 15 anos de cadeia. Porque se o Bush é atingido e sangra, iria provocar-se um dano ambiental irreparável e seria um grande perigo para a saúde da população iraquiana ter um esgoto a céu aberto. Estive à conversa com uma pessoa que trabalha na Casa Branca e parece que os americanos preparam uma nova ofensiva contra o Iraque. Depois de serem atacadas todas as pseudo-centrais nucleares e químicas, desta vez irão atacar todas as fábricas que produzem essas armas exponencialmente perigosas que são os sapatos. Tudo o que é fábrica de calçado será destruído! Bush não brinca.
Voltei a mudar de canal. BenficaTv... E vejo a conferência de imprensa do Quique das Flores... O quê??? Não acredita que o Benfica seja capaz de ganhar por 8 a 0??? Ainda por cima a uma equipa chamada Metalist Kharkiv??? O mundo está perdido... Se me dizem agora que o Pai Natal não existe e que estamos em recessão económica, eu desligo a televisão.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Quantum placet...
Vagas de frio. Coisas chatas que nos faz arrepiar até o esqueleto. Aparecem sem aviso e trazem com elas todos os tipos de espirros conhecidos e, por vezes, uma ou outra espécie até então desconhecida. Pior que os pés gelados, mãos frias, pescoço congelado e nariz em ferida, só aquela sensação de ter o cérebro em pré-hibernação, muito preocupante se pensar que em dias normais ele já não funciona muito bem. Ora, o facto de o cérebro não funcionar a 100% leva o ser humano a fazer coisas impensáveis, absurdas, sem lógica. Mais grave ainda é o facto de não nos apercebermos disso. Hoje, estava eu a ouvir rádio, muito sossegado devido ao frio que me impossibilitava de mexer, quando, embalado pela música e pela temperatura, o meu cérebro reduz consideravelmente a velocidade de processamento. Não sei quanto tempo assim estive, mas quando voltei à realidade estava a passar uma música na rádio que me provocou uma ligeira irritação nas unhas do pé direito. Estava a ouvir a famosa música do José Cid intitulada de "Como o macaco gosta de bananas"... Então, o elaboradíssimo refrão desta música é assim :"Como o macaco gosta de bananas eu gosto de ti/ Escondi um cacho debaixo da cama e comi, comi..." Duas lágrimas me apareceram no canto do olho... Snif, snif... Puro romantismo presente nesta letra. Que coisa bonita! Daquelas baladas que nos fazem lembrar uma pessoa especial! Uma letra que deve ter sido inspirada na tratadora dos macacos no zoo ou na dona da frutaria onde José Cid comprou o tal cacho de bananas. Uma pessoa ouve uma música com esta letra e como é que pode ficar a gostar de música portuguesa? Camões já deve parecer uma ventoinha de tanto dar voltas no túmulo com este tipo de poesia. A editora que se atreveu a lançar essa música no mercado devia ser processada por atentado à língua portuguesa.
Ao menos, que José Cid escrevesse a letra em inglês. Aí já era capaz de fazer sucesso. Porque por muito rasca que seja a letra, se for em inglês é logo considerada um êxito e toda a gente saberia a letra. Estava aqui a pensar em músicas em inglês com letras pirosas e só me vem à cabeça uma música da Beyoncé e da Shakira, vá lá saber-se porquê... Uma música em cujo videoclipe elas aparecem vestidas da mesma forma e onde se abanam como gelatinas. A música chama-se Beatiful Liar, ou, como dizem os espanhóis, "Lo guapo mentiroso". A letra da música é do mais rasca possível, fala de duas mulheres que partilham o mesmo homem e que tem conhecimento uma da outra. Mas como é em inglês e com duas "tomba-lobos" a mexer as ancas, fez grande sucesso e passava frequentemente nas rádios. Se pegarmos nesta letra e compararmos com aquela da Mónica Sintra, a do "Afinal havia outra", vemos que as diferenças são mínimas. No entanto, uma é considerada música pimba e a outra é considerada música comercial. Se em vez da Beyoncé e da Shakira entrassem a Mónica Sintra e a Àgata a abanar os ossos, ninguém falaria na música. A não ser, claro, um determinado grupo de delinquentes que conheço que a cantaria de certeza no karaoke.
Vamos lá então começar a ouvir música a sério... Primeiro passo: desligar os rádios.
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